A CORRELAÇÃO ENTRE A EXPANSÃO DE CRÉDITO, O ENDIVIDAMENTO FAMILIAR E A INFLAÇÃO

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Logo, a função da moeda é o de ser um denominador comum para as obrigações e direitos, não importando se esse valor é de 1.000, 1 milhão ou 100 milhões, uma vez que a única diferença será a base utilizada e, no último caso, os preços e salários serão apresentados por uma maior quantia de unidades monetárias.

As consequências inflacionárias para uma sociedade possuem duas raízes principais, que são o valor do dinheiro no tempo, o qual é benéfico para os devedores, porém prejudicial para os credores, uma vez que vende-se um bem ou serviço a um preço subestimado, pagando-se o valor real (atualizado pelo valor da inflação) da matéria prima e/ou investimentos, e a intensidade com que os diferentes segmentos do mercado percebem e sofrem com essa mudança, além de existir uma variação temporal (delta t) para a atualização dos preços de venda, na qual algum elo da cadeia econômica estará sempre perdendo.

Algumas escolas econômicas defendem a existência de uma inflação controlada, com a justificativa de ser uma ferramenta capaz de favorecer os mais pobres às custas dos mais ricos, porém isso não é verdade, tendo em vista que nos dias de hoje aqueles que possuem um maior poder econômico, de maneira geral, realizou diversos investimentos em indústrias, propriedades e ações, tornando-se o devedor e não o credor, pois agora quem assume esse papel é a população com menos recursos financeiros, através de suas aplicações em poupanças e do dinheiro guardado na previdência social.

2.2) Endividamento familiar

A expansão de crédito é a criação de novos dinheiros. Uma pessoa quando quer um empréstimo bancário, vai até o banco, consegue o empréstimo, e o banco para cumprir com a sua obrigação cria dígitos e cobra juros em cima. Segundo ROQUE (2014): “Todo o processo de expansão de crédito nada mais é do que um mecanismo que aumenta a quantidade de dinheiro na economia.”

Toda essa expansão traz a ilusão de prosperidade. Há aumento na economia, consumo, demanda, emprego, entre outros, mas com o tempo isso também ocasiona inflação dos preços e consequentemente o endividamento.

E foi e é o que vem acontecendo no Brasil nesses últimos anos, AMORIN (2010) afirma que “a expansão do crédito à pessoa física no Brasil, em suas diversas formas, fez com que o ritmo do endividamento familiar crescesse mais do que a massa de salários”, e com isso houve um aumento no consumo das famílias.

A maior parte das dividas adquiridas por essas famílias vem através do cartão de crédito, cheques pré-datado e especial, carnês de loja, empréstimo pessoas e prestação do seguro, do carro e da casa

Em uma reportagem publica pelo Jornal Valor Econômico (2015) os dados são totalmente interessantes, pois mostra que houve um aumento na divida de famílias que recebem mais de 10 salários mínimos, cerca de 56%. Em contrapartida famílias que recebem menos de 10 salários mínimos obtiveram uma queda de 0,1%. Os dados referentes ao tempo de atraso é de 62,5 dias, mas a partir de 90 dias a pessoa já é considerada inadimplente. Houve também um aumento de 0,2% por parte das famílias que se declararam sem condições de pagar suas dividas.

- Metodologia

Para o desenvolvimento do presente trabalho de pesquisa quantitativa será utilizado o método hipotético-dedutivo, bem como o teste de hipóteses e análises de causa de efeito, através do isolamento e controle do maior número possível de variáveis da função.

Para a coleta de informações será utilizado o banco de dados da empresa Serasa Experian, do Banco Central do Brasil (Bacen) e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip).

- Cronograma

O tempo estimado para essa pesquisa quantitativa é de cinco meses, dividido entre diferentes atividades conforme mostra tabela a baixo:

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- Referências:

SCIARRETTA, Toni. Brasileiro usa cartão e parcela 70% das compras. Disponívem em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/30175-brasileiro-usa-cartao-e-parcela-70-das-compras.shtml>. Acesso em: 23/06/2016

MISES, Ludwig Von. Intervencionismo - Uma análise econômica. Disponível em: http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=252>. Acesso em: 23/06/2016

G1-GLOBO. Ante hiperinflação, Zimbábue troca moeda: 175 quadrilhões valem US$ 5. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/ante-hiperinflacao-zimbabue-troca-moeda-175-quadrilhoes-valem-us-5.html>. Acesso em: 23/06/2016

ROQUE, Leandro. O que houve com a economia brasileira?. Disponível em: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943>. Acesso em: 23/06/2016.

AMORIM, Guilherme. Crédito e endividamento familiar. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/bol_32_1c.pdf>. Acesso em:23/06/2016

VALOR ECONÔMICO. Endividamento volta a subir e chega a mais de 60% das famílias. Disponível em: