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RESUMO DEI VERBUM

Por:   •  29/3/2018  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  1.515 Visualizações

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Compete ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus, interpretar autenticamente a Escritura e a Tradição. O Magistério não é superior a Palavra de Deus, e sim está ao seu serviço.

Portanto, a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja, segundo o plano de Deus, colaboram de forma eficaz para a salvação das almas.

- CAPÍTULO III – A INSPIRAÇÃO DIVINA E A INTERPRETAÇÃO DA SAGRADA ESCRITURA

A Sagrada Escritura foi escrita por mãos humanas, mas todas as coisas nela contidas foram inspiradas pelo Espírito Santo, sendo assim, seu autor final é o próprio Deus. Ele escolheu e serviu-se de homens e por meio deles, pela ação do Espírito Santo, revelou por escrito tudo o que Ele quis.

A interpretação da Bíblia requer que seja analisado cuidadosamente o que os hagiógrafos quiseram falar, o que Deus quis realmente manifestar. Por isso, deve-se considerar, muitos aspectos que a cercam, entre eles, a cultura do povo, a mentalidade, os idiomas, os gêneros, as circunstâncias em que foram escritos, entre outros. Tudo isso, sem deixar de considerar que toda a interpretação deve estar de acordo com o Magistério da Igreja. (conf. Dei Verbum 12) e sem esquecer que se trata da Palavra de Deus.

Portanto, “as Palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornam-se intimamente semelhantes à linguagem humana, como outrora o Verbo do Eterno Pai, tomando a fraqueza da carne humana, se tornou semelhante aos homens. ” (Dei Verbum 13)

- CAPÍTULO IV – O ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento é a Palavra de Deus, que planejando e preparando a salvação humana escolheu um povo a quem confiou suas promessas. Assim, estabeleceu aliança com Abraão e com o povo de Israel por meio de Moisés, revelando-se ao povo escolhido, como único Deus verdadeiro. Assim, por meio do Antigo Testamento, Deus prepara e anuncia profeticamente a vinda de Jesus Cristo.

Os livros do Antigo Testamento, manifestam a todos o conhecimento de Deus e o modo com que Deus, justo e misericordioso, trata os homens. Neles se encontram sublimes doutrinas a respeito de Deus, bem como orações e súplicas, nas quais se esconde o mistério de nossa salvação.

Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos, quis de forma sábia, que o Novo Testamento estivesse escondido no Antigo Testamento e este, se tornasse explícito, no Novo Testamento, acolhendo a Revelação na pessoa de Jesus Cristo.

- CAPÍTULO V – O NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento, é o cumprimento em Jesus Cristo, daquilo que o Antigo Testamento ensinava. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Cristo estabeleceu o Reino de Deus na Terra, manifestou com obras e palavras o Pai e sua própria pessoa e levou até o fim, sua missão, com a morte, ressurreição e gloriosa Ascenção e finalmente, com a missão do Espírito Santo.

Os Evangelhos são as principais testemunhas da vida e doutrina de Jesus e a origem apostólica dos Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João, foi e é defendida pela Igreja, porque contém uma interpretação segundo a fé e inspirada pelo Espírito da vida, palavras e missão de Jesus Cristo.

- CAPÍTULO VI – A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DA IGREJA

A Igreja teve sempre grande veneração a Sagrada Escritura, de igual forma, como fez com o próprio corpo do Senhor. É o pão da palavra (Sagrada Escritura) e o pão da vida (Eucaristia).

Nos Livros Sagrados, o Pai que está nos céus vem de forma amorosa ao encontro de seus filhos e conversa com eles. A força e a virtude da Palavra de Deus é tão grande, que se torna a base da Igreja, a solidez da fé, o alimento da alma e a fonte pura e eterna da vida espiritual.

É preciso que todos os fiéis tenham acesso a Sagrada Escritura. Ela deverá estar ao alcance de todos.

A Igreja, guiada pelo Espírito Santo, esforça-se por conseguir a mais profunda inteligência da Sagrada Escritura para poder transmití-la aos seus filhos. O sagrado Concílio exorta e encoraja os filhos da Igreja, que cultivam as ciências bíblicas, para que redobrem seus esforços, estudem, expliquem para que a Palavra de Deus e o alimento que surge dela, possa ser transmitido ao seu povo em maior número.

É necessário, por isso, que católicos, sacerdotes, diáconos, catequistas e todos aqueles comprometidos com a evangelização mantenham um íntimo contato com as Escrituras, mediante a leitura e o estudo da Palavra, a fim de que não se tornem um “pregador vão” que não ouve em seu interior a voz de Deus.

Do mesmo modo, o sagrado Concílio pede que todos os fiéis insistam na “ciência de Jesus Cristo” (Fl 3,8) com leituras frequentes das Escrituras Sagradas para que não se tornem ignorantes na palavra e em Cristo. Esse é um convite ao aprofundamento da Palavra de Deus.

Compete aos sagrados pastores “depositários da doutrina apostólica” ensinar os fiéis que lhe foram confiados e usarem retamente os livros divinos, sobretudo no ensino dos Evangelhos. (conf. Dei Verbum 25).

- CONCLUSÃO

É um documento bastante simples, mas que concentra um ensinamento profundo e belo e que recolocou no justo caminho, a Bíblia e a Tradição, pois ambas são os modos de transmissão da revelação de Deus.

Sua importância está na eficácia de suas intenções. A Igreja orienta sobre o conteúdo da revelação, bem como a relação que o ser humano estabelece com ela na Palavra de Deus. A partir da Dei Verbum foi reavaliada de forma profunda a importância principal da palavra de Deus na vida da Igreja. O documento

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