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O pereguino do Senhor

Por:   •  3/1/2018  •  3.166 Palavras (13 Páginas)  •  340 Visualizações

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O problema tornava-se maior na hora do lanche. D. Ana chamava o Divaldo para lanchar e este chamava o amigo insistindo para que ele lanchasse também. E Jaguaraçu é claro nunca aceitava e ia embora, despedindo-se antes. D. Ana ficava assombrada com tudo isso, inclusive quando o menino Di dava um abraço de despedida no amigo abrindo-lhe a porta, nessa hora D. Ana até se benzia, porque não via o invisível amigo de seu filho.

Divaldo e Jaguaraçu, o Espirito brincaram juntos, até a época em que Divaldo completou 12 anos de idade. Ai então Jaguaraçu aparece um tanto triste se despedindo do amigo, dizendo que iria encarnar. Depois de 25 anos, quando Divaldo já homem feito, com a mediunidade bem desenvolvida e em plena tarefa espírita, reencontra o amigo índio reencarnado na Terra.

O INICIO NO ESPIRITISMO - AS REUNIÕES ESPIRITAS ERAM NAS RESIDENCIAS

Divaldo desde pequeno se preocupava e se empenhava em ajudar e orientar os necessitados, a exemplo do Mestre Jesus e seus apóstolos. Por isso foi convidado para participar das reuniões espíritas do um pequeno grupo, na residência da família Sá Roriz (do Sr. Celso e D. Eunice Sá Roriz), essas reuniões atraiam muitas pessoas, enfermos, necessitados e vários outros, até que em pouco tempo, tornou-se impossível atendimento naquele local então, tiveram que mudar para um outro ambiente maior.

Ocorre que uma entidade muito dócil e generosa, que se denominava de “Espirito Amigo”, aproximou-se de Divaldo e o recomendou para que ele estudasse o Espiritismo, começando pelas obras básicas de Allan Kardec, especialmente pelo Livro dos Espíritos. Divaldo assim o fez, procurou conhecer e ler todas as obras básicas. Leu e releu por várias vezes, fazendo disso um forte hábito em sua vida.

PRIMEIRA CONFERÊNCIA ESPÍRITA – UNIÃO ESPIRITA SERGIPANA

Divaldo havia sido aprovado no concurso público do IPASE (Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado da Bahia), já trabalhava algum tempo. Por ocasião de suas férias, resolveu viajar e passear em Aracaju, quando teve a oportunidade de conhecer o então Presidente da União Espírita Sergipana, que o convidou para fazer palestra na Sede da União Espírita e Divaldo muito contente aceitou o convite e se preparou, usando a essência de uma página de Humberto de Campos, psicografia de Chico Xavier, denominada “A Lenda da Guerra”.

Mas, na hora da palestra, ao se levantar para falar, deu-lhe um branco total e ele esqueceu tudo... voltou-se a sentar. Aí, então, apareceu-lhe um Espirito que lhe disse:

Eu sou Humberto de Campos. Levanta-te! Todo aquele que pretende servir ao Cristo deve estar sempre de pé! Fala! Eu falarei contigo e por ti!

Divaldo ergueu-se, pensou em Jesus, pediu ajuda e, confiantemente, abriu a boca, começando a falar, fazendo uma bonita e bem estruturada palestra que a todos encantou. Foi assim, a sua iniciação na fala da Mensagem Espirita. Essa foi a primeira palestra pública de Divaldo Franco, há 40 anos atrás.

Uma Senhora que estava assistindo, muito emocionada contou a Divaldo que, quando ele estava falando, ela viu chegar um enorme cisne que puxando uma carruagem de vime com rosas multicoloridas, trazendo várias crianças alegres a jogar pétalas de rosas pelo caminho. A vidente, perguntou às crianças, qual era a razão de toda aquela alegria e, elas responderam que era porque “O tio Divaldo será o Peregrino da Esperança, o pai das crianças deserdadas. ”

Mas, tudo já estava programado no Plano Espiritual. Ele seria realmente o Peregrino da Esperança.

1ª FASE DA MANSÃO DO CAMINHO – GIGANTESCA OBRA ASSISTENCIAL - 1952

Essa obra assistencial nasceu de uma visão que Divaldo teve e que assim descreveu: “Ele se viu bem velhinho, numa área verde com muitas árvores frutíferas e jardins com várias flores, cercado por um punhado de crianças que o amavam e as quais ele também estimava muito e amparava. ”

Da visão para a realidade foi um pulo. Surgiu então a “Mansão do Caminho”, no início era num casarão elegante da época do Brasil Colônia, situado na cidade baixa de Salvador, onde funcionou durante vários anos.

2ª FASE DA MANSÃO DO CAMINHO

Algum tempo depois, Divaldo tornava real a visão, adquirindo uma enorme área verde, comprada por ele e sua equipe, onde inicialmente construíram algumas casas residenciais, depois, no decorrer do tempo, foram ampliando os empreendimentos e hoje transformou-se numa pequena cidade. Dizem que era o dedo de Deus movimentando a mão do jovem baiano.

Funciona na Mansão do Caminho: cozinha e lavanderia geral, panificadora, pronto socorro médico-dentário, jardim da infância, escola primária, ginásio, datilografia, marcenaria, oficina mecânica, artesanato, sala de artes, gráfica, editora, livraria espírita, pronto socorro espiritual, casa de oração e centro espírita da comunidade.

Dentro da própria Mansão, foi montada uma respeitável creche, com capacidade para duzentas crianças.

E como se tudo não bastasse em realizações, um belo dia, o Espirito Mentor de Divaldo – Joanna de Angelis, apareceu e lhe disse: Meu filho, há muita forme por aí afora. A Mansão precisa fazer alguma coisa!

De imediato, Divaldo com fé coragem e dinamismo, criou a casa da sopa, oferecendo diariamente cem pratos aos pobres da vizinhança, logo esse número subiu para quatrocentos e, como o pobre também leva a sopa para o jantar, o número de pratos passou rapidamente para oitocentos e bem cheios.

OBSERVAÇÃO - Como se vê no mapa, a Mansão do Caminho é uma pequena cidade, uma obra moderna, com várias casas chamadas de unidades-lares, com varandas, jardins, gramados bem cuidados e ruas asfaltadas. Moram crianças, jovens e adultos, sendo que os adultos são responsáveis com um regime da mais legítima fraternidade cristã. E hoje como será que está?

EXPERIÊNCIA MEDIÚNICA - “INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA”

Divaldo nos diz que o médium no exercício de sua tarefa mediúnica, deve tomar muito cuidado e ser fiel ao máximo às instruções dos espíritos, ou seja, se ele quiser acrescentar algo, deve fazê-lo apenas como sua opinião pessoal e particular, assumindo a responsabilidade que, não deve ser do espirito comunicante orientador.

Entre várias lições vividas, Divaldo nos conta que, foi visitar uma Senhor que estava

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