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O Senhor do Tempo

Por:   •  14/3/2018  •  1.879 Palavras (8 Páginas)  •  303 Visualizações

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Esta estratégia tem sido usada muito no meio do povo de Deus sem que muitos percebam. Quando nosso adversário não consegue nos tirar da igreja, não consegue nos levar para fora do arraial, ele tenta nos neutralizar ali mesmo, nos incentivando a fazer mil e uma atividades de maneira a perder o foco da razão de tudo o que fazemos, nos impedindo de ter tempo para pensar, respirar, estar em comunhão com Deus e com nossos irmãos. Não sobra tempo para adorarmos a Deus, meditar na sua Palavra, ministrarmos uns aos outros; não sobra tempo para sermos Igreja do Senhor. O tempo não muda, é o mesmo e igual para todos, mas a maneira como o aproveitamos é que determina se teremos uma vida de vitória ou não, porque nossas atividades se expandem de maneira a preencher todo nosso tempo. Estamos sempre ocupados, sempre com pressa, sempre correndo atrás; e quem corre atrás nunca será o vencedor.

Faço menção de I João 2:7 que diz: “Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes deste o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes.” Tomemos cuidado de observar a palavra que já recebemos. Diz a Palavra do Senhor, no livro de Romanos, capítulo 10 e versículo 11 que aquele que crê no Senhor não será confundido. Vivemos dias maus, e isto requer sabedoria no uso do tempo como está escrito em Efésios 5 versículos 15 e 16: “vede diligentemente como andais, não como néscios mas como sábios, aproveitando cada oportunidade porquanto os dias são maus”. Que significa dizer que devemos aproveitar as oportunidades? Pessoas morrem todos os dias sem conhecerem a Cristo, e por isso estão condenadas a uma eternidade terrível de sofrimento e morte eterna. Que temos feito nós, Igreja eleita do Senhor? Deus nos tirou das trevas para o seu Reino de maravilhosa luz a fim de darmos continuidade no ministério de Jesus, o ministério do amor.

Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, não fez nada além de amar a toda a humanidade. Foi por causa do seu amor que Ele cumpriu com a missão que o Pai o confiou, de dar a sua vida em favor de nós. O Pai tanto nos amou que não se conformou com nossa perdição e bolou um plano para nos salvar: resolveu dar o seu único Filho para que, através dele, nós também nos tornássemos seus filhos e tivéssemos a chance de viver a eternidade com o Criador, agora como Pai. E o Pai só confiou esta missão ao Filho porque sabia que o amor do Filho era o mesmo. Dizemos que amamos ao próximo, mas será que nós amamos as pessoas que são o nosso próximo a ponto de desejar a salvação delas? Porque o resumo da lei e dos profetas é este: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Jesus resumiu tudo em apenas dois mandamentos. Parece simples, e de fato é, mas a aplicação prática não é tão simples assim. Se não vejamos: aquilo que é mais importante, que tem a primazia e que vem antes de tudo, deve ter maior dedicação do nosso tempo, ou em quantidade ou em qualidade de tempo. Uma vida saudável requer, dentre outras coisas, uma alimentação saudável, e para uma alimentação ser saudável ela deve ser feita dentro de uma periodicidade regular, por isso existe café da manhã, almoço e janta. Pelo menos estes três devem existir, e se não respeitamos esta regrinha simples nossa saúde será afetada. Por isso organizamos nossa vida e nossas atividades em torno das principais refeições, e mesmo não dedicando a maior parte do nosso tempo para comer, a primazia do tempo é dada a esta necessidade, por se tratar de algo importante e vital. Isso é dedicação de qualidade de tempo. Qual a qualidade do tempo que temos dedicado ao Senhor, ao seu Reino, aos pertencentes a este Reino e para a expansão deste Reino?

O tempo não muda, a quantidade disponível é sempre vinte e quatro horas diárias, e fazendo mais ou menos coisas o nosso tempo será todo preenchido, tomado de atividades. Se nós esperamos ter tempo livre para que façamos alguma coisa, perdemos nosso tempo. Vamos passar por esta Terra, nossa vida acabará e não faremos nada. Nunca teremos tempo “livre”, muito menos “disponível”. O que precisamos ter é disciplina e sabedoria para usar bem o tempo que nos é concedido. Disciplina porque somos como barcos que navegam contra a correnteza e contra o vento, e a disciplina é o que nos mantem aprumados com a rota que nos levará ao destino certo. Sabedoria porque precisamos saber qual é o destino certo e qual a melhor rota para chegar lá. A sabedoria Deus nos dá, pois está escrito na Palavra de Deus que aquele que tem falta de sabedoria deve pedir a Deus que a todos dá liberalmente (Tiago 1:5), mas a disciplina é a nossa contribuição no processo, é o nosso esforço e a nossa vontade de fazer o que deve ser feito, usando o livre arbítrio e nosso entendimento no serviço a Deus, fazendo Sua vontade não como robôs e muito menos como escravos, mas como filhos obedientes que amam o Pai.

Nem a ociosidade nem o ativismo, nem a displicência nem a religiosidade fria agradam ao Senhor e contribuem para uma vida feliz. Nos dois extremos encontraremos a infelicidade por não estarmos realizando nossa real missão na Terra, permitindo que o Senhor cumpra em nós a vontade dele. Não fazer nada é não participar do Reino, é não sentar-se à mesa no banquete do Senhor e alimentar-se apenas das migalhas que caem, como os cães. Querer abraçar o mundo é fadigar-se com coisas desnecessárias, é tirar a oportunidade de

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