LIDERANÇA CRISTÃ SEGUNDO O MODELO DE CRISTO
Por: eduardamaia17 • 30/10/2018 • 1.487 Palavras (6 Páginas) • 363 Visualizações
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4.Se desnuda das vaidades e se cobre com as vestes da humildade: “Tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois deitou água na bacia e passou a lavar os pés dos discípulos” (Jo 13.4-5). Lavar os pés de um convidado era o serviço de um escravo. Foi isso o que Jesus fez, deixando os discípulos embasbacados, atônitos! Aprendemos que o líder precisa ser uma pessoa humilde. Fico incomodado quando alguém exalta um líder por ele ser “humilde”. Ora, ser humilde deveria ser uma característica comum a todo líder cristão, sobretudo os pastores, que têm a obrigação de serem mais amadurecidos! Se alguém é considerado diferente por ser humilde, então há alguma coisa muito errada na coletividade. Lembro-me que lá no início do meu ministério pastoral, com tenros 21 anos de idade, ouvi uma frase de um velho pastor presbiteriano que levo comigo para o resto da vida: “Paulinho, ninguém perde por ser humilde”. E o que é ser humilde? Ser humilde é não inflar com os elogios, se perder com o sucesso, se “embriagar” com a unção, subir no pedestal. Ser humilde é não ter mania de grandeza, querer ser tratado como pop star religioso. Enquanto alguns líderes que conheço lavam a mão com álcool depois que tocam o povo, Jesus com uma bacia lava os pés empoeirados e cheios de estrume dos discípulos. Ser humilde vai além – é ter a disposição de valorizar mais os outros do que a si mesmo, aprender com a experiência dos outros, reconhecer seus erros, saber pedir desculpas, pedir perdão quando errar. Como dizia o saudoso pastor Isaltino Gomes Coelho, “acata-se mais uma pessoa que mostra sua face humana que uma que vive no pedestal. A igreja não pode ser uma feira de vaidades – e há muitos conflitos oriundos de vaidade pessoal. A igreja não pode ser uma passarela onde os líderes expõem sua mania de grandeza. O Senhor da igreja cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos discípulos numa bacia. A humildade é o pórtico da honra. Um líder nunca é tão grande como quando se cobre com as vestes da humildade.”.
5.Imprime seu discipulado mediante o discurso associado à prática, a ortodoxia à ortopraxia, o dizer ao fazer: “Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.12-15). Diz o provérbio que “palavras ensinam, mas exemplos arrastam”. Não existe liderança eficaz sem que o líder seja e dê exemplo. O líder de verdade faz diferença na vida dos liderados, é alguém que vive o que ensina e ensina o que vive; é alguém que ensina o caminho aos liderados e ensina-os no caminho. É por meio do exemplo que se tem a maneira mais eficaz de liderar. Precisamos de líderes que sejam modelo para os liderados, que tenham “a moral”, a “ousadia” de dizer como Jesus Cristo de Nazaré: “Façam o que estão me vendo fazer”, e não o famoso “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
Concluo este artigo-reflexão dizendo que nunca existiu nem jamais existirá um líder como Jesus Cristo, mas cada um de nós líderes cristãos somos desafiados a ser como Ele. Embora viver o Seu estilo de vida e de liderança seja viver num padrão muito elevado, louvado seja Deus pelo Espírito Santo que nos capacita e pelo amor a Ele que deve nos constranger. Se o amor for a fonte propulsora e a substância da alma de cada líder enquanto discípulo, seguir os passos de Jesus Cristo se tornará algo natural.
*Paulo Rufino é pastor, conferencista internacional e escritor de mais de 10 livros, sendo alguns de grande sucesso como “Videntes - Homens que Viram almas e entregaram-se por esta visão” e “A Igreja que Perdeu Deus”.
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