A Verdade sobre o Dízimo
Por: Sara • 23/10/2018 • 8.219 Palavras (33 Páginas) • 393 Visualizações
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È importante o conhecimento do dízimo a Luz da Bíblia, pois a incompreensão do mesmo tem causado grandes prejuízos para a igreja, incluindo até o absurdo de se lê (Malaquias 3:8) e dizer: que o dízimo é graça, é um ato de adoração a Deus, é dez por cento de tudo que você ganha, se não der o dízimo está roubando a Deus.
Esse ensinamento está em quase todas as igrejas do mundo, o que não deve ser ensinada como uma doutrina bíblica para os cristãos, após o estudo tema deste trabalho, a conclusão é que analisada no prisma da Nova Aliança, não passa de mera opinião de seus autores.
Muitos afirmam que quem estuda Teologia esfria na fé e se desvia da Igreja. De fato, o que ocorre é que, ao estudar Teologia, muitos têm uma grande decepção ao perceberem, no estudo da Bíblia, que algumas doutrinas ensinadas como verdade absoluta não passam de mais pobre falácia construída sobre tradições humanas, falta de conhecimento bíblico ou interesses escusos. Estes ensinos encontram solo fértil nos líderes que não se aprofundam no conhecimento das Sagradas Escrituras. Sem o conhecimento, como o líder pode aferir se uma doutrina é bíblica? (Vieira, João Bosco Costa, 2015).
É licito ensinar algo aparentemente bom e lógico mesmo que ele não seja bíblico?
Deus aprova a condução de um cristão a uma pratica que não é ensinada na bíblia mesmo que ela traga recursos financeiros para a obra e que seja entendida por este cristão como um ato de gratidão?
Você continuaria a misturar o ensino de alianças distintas mesmo depois de compreender na palavra de Deus que esta pratica é errada?
Através dos estudos conheceremos o verdadeiro sentido do dízimo, como: O dízimo antes da Lei Mosaica, o dízimo instituído pela Lei Mosaica, o conhecimento bíblico sobre o dar na Nova Aliança, o sustendo da obra sobre as origens do dízimo pregado atualmente.
- Dízimo
- O Dízimo antes da Lei Mosaica
A entrega do dízimo é compreendida por muitos cristãos como um princípio eterno, ou seja, um fundamento que sempre existiu, uma verdade que não precisa ser questionada e sim aceita como uma ordem de Deus.
A maioria dos cristãos considera dizimar (um ato de entregar a igreja dez por cento de todo o seu rendimento) como sendo um princípio eterno, pelo fato de haver menção do dízimo antes da promulgação da Lei Mosaica.
O Dízimo dado por Abraão é o primeiro mencionado na bíblia, veja:
Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. (Genesis 14: 18-20).
Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dentre os melhores despojos (Hebreus 7:4).
A segunda passagem do dízimo foi de Jacó: Fez também Jacó um voto, dizendo:
Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (Genesis 28:20-22).
As pessoas que ensinam que devemos dar o dízimo, ensinam sobre esta base. Uma vez que o dízimo era antes de Moises, uma vez que Abraão e Jacó dizimaram antes da Lei Mosaica, o dizimo era antes de Moises, era antes da Lei, ele é portanto para ser depois da Lei.
O dízimo de Abraão está bem definido nesta conclusão sobre este assunto:
Portanto, a entrega de um dízimo por Abraão está diretamente conectada com o seu voto a Deus de que ele não iria ficar com nenhum dos despojos e ele a fez nos moldes da cultura local. Não existe evidência que Abraão foi ordenado a entregar o dizimo, nem há evidência de que Abraão dizimou consistentemente, em vez disso ele deu voluntariamente e nunca é descrito nas Escrituras que ele deu o dízimo do aumento de suas posses. (CROTEAU, 2010, p.90, tradução nossa).
O dízimo de Jacó é uma tentativa de barganha com Deus, como pode fazer um voto de algo que já pertencia a Deus. Deus já tinha feito uma aliança com Abraão e seus descendentes e não cobrou o dízimo. Neste voto Jacó impõe as condições e não Deus, o dízimo só seria entregue se Deus o abençoa-se.
Na aliança de Deus com Abraão, Isaque e Jacó não há absolutamente nenhum sentido em qualquer dízimo, oferta, ou o sacrifício feitos pelos homens para obter os benefícios e as bênçãos recebidas. Deus veio até eles e fez promessas que cobriram todas as áreas de suas vidas e não requereu nada deles, apenas a fé. (NARRAMORE, 2004, P. 35).
- O Dízimo durante a Lei Mosaica
Existe no Pentateuco a menção de três dízimos ordenados na Lei Mosaica. A primeira passagem encontra – se em Levítico:
Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao Senhor. Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos, acrescentar-lhe-á a quinta parte. Quanto a todo dízimo do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo da vara, esse dízimo será santo ao Senhor. Não se examinará se é bom ou mau, nem se trocará; mas se, com efeito, se trocar, tanto um como o outro será santo; não serão remidos. São esses os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai. (Levítico 27:30-34).
È importante observar que todos os itens sujeitos ao dizimo está relacionado a terra, não há menção de que esse dízimo pudesse ser em dinheiro.
A descrição do que é o primeiro dízimo requerido na Lei está escrito em Números:
Depois disse o Senhor a Arão: Tu e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis a iniqüidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis a iniqüidade do vosso sacerdócio. Faze, pois, chegar contigo também teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do testemunho. Eles cumprirão as tuas ordens,
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