O QUE É A VERDADE
Por: Lidieisa • 14/1/2018 • 2.762 Palavras (12 Páginas) • 407 Visualizações
...
A verdade em a teoria do “mundo das ideias” de Platão
Platão em sua teoria nos mostra que existem pessoas desde sempre em suas gerações, acorrentadas no fundo de uma caverna olhando apenas sombras projetadas por outras pessoas (já fanáticas pela caverna), que manipulam as sombras que dão segurança, satisfação e uma falsa realidade as pessoas que vivem nas sombras da caverna, ou seja, se contentam, se “realizam” com o mundo dos sentidos, o mundo sensível, precisando libertar-se deste mundo das sombras na qual Platão diz que não é verdadeiro.
A visão da verdade em Platão nos mostra que ela está fora da caverna e se ficarmos passivos e encararmos as coisas através dos sentidos e apenas as aparências das coisas, morreremos sem reconhecer o conhecimento, ou achando que somos donos da verdade, quando conhecemos apenas a superfície escura daquilo que aparenta; Para conhecer a verdade (temporária) das coisas, é necessário reconhecer a falsidade das sombras da caverna e tomar atitudes, se movimentar, agir, caminhar, se esforçar e buscar conhecimento ainda que lá fora da caverna, onde está a luz do conhecimento e das ideias, cause impacto devido a sua claridade. Como explicar o porquê existem pessoas na caverna e a sua verdade está dentro da caverna, ou seja, não querem sair para a luz do conhecimento das ideias e enxergar? Para essas pessoas que não saem da caverna, as sombras são toda a verdade.
Segundo Platão as pessoas que vivem através dos sentidos, vivem no senso comum, ou seja, no mundo material, individual, das sensações (que não constroem a verdade segundo Platão), seus sentidos recebem as diversas sensações, deixando-as presas a elas, se conformam com a “verdade” na configuração em que vivem no fundo da caverna, achando que as opiniões são a verdade. Portando a verdade e a essência só é buscada através do pensamento, pois as sombras projetadas no interior da caverna, mudam constantemente, porém são ilusórias porque as sensações mudam o tempo todo e não passam de uma sombra do mundo fora da caverna, o mundo verdadeiro, no mundo real, mundo das ideias, o indivíduo deve sair da caverna e buscar conhecimento neste mundo real e para isso precisa mover-se em direção ao conhecimento mais amplo desse mundo, da vida, da realidade, da essência. Segundo Platão este conhecimento não é conhecer, e sim reconhecer pois ele já está na alma humana que já conhece as ideias gerais, precisando apenas relembrá-las o tempo todo através da filosofia. No mundo fora da caverna, se a verdade é relativa estando no mundo das ideias, é bem possível que algumas verdades anteriores, sejam menos verdade do que as atuais, tais verdades anteriores frente a um conhecimento mais amplo se mostram sombrias, talvez daí a questão da dialética, na verdade de Platão.
Quando se conquista uma verdade se conquista um conhecer mais abrangente e atual e para isto a pessoa precisa reconhecer que é necessário se mover em direção a essa amplitude, a essa luz do mundo das ideias e da atualidade. Sem o reconhecer, o esforço, e o movimento (para sair da acomodação das sombras da caverna) as verdades “viciadas”, falsas se tornam concretas, inquestionáveis e definitivas.
Conceito da Verdade: Aristóteles
Considerado um dos principais filósofos gregos, como também, um dos fundadores da filosofia ocidental, investigou diversas áreas do conhecimento, como política, lógica, psicologia, biologia, pedagogia, teologia, entre outras.
No conjunto de obras denominada Metafísica, Aristóteles aborda princípios lógicos. O princípio da identidade determina que uma proposição é sempre igual a ela. O princípio da não contradição estabelece que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. O princípio do terceiro excluído afirma que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não há uma terceira opção. Segundo esses princípios, são essas as condições necessárias para assegurar a realidade das coisas.
Além desses princípios, estabeleceu quatro causas fundamentais que também são necessárias para a existência das coisas, que são: Material: A matéria da qual é feita as coisas. Formal: refere-se à forma do objeto. Eficiente: É aquela que explica como o objeto recebeu determinada forma. Final: É aquela que determina a finalidade do objeto existir e ser dessa forma.
Este sábio filósofo pregava a inteligência humana como única forma de se atingir a verdade. Em seus pensamentos filosóficos, utilizava-se da verdade como correspondência, ou seja, a concepção que é a verdade que garante a realidade.
“Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. (Aristóteles - Metafísica, IV, 7, 1011 b 26ss.)
Segundo esse entendimento, a verdade está no pensamento ou na linguagem, não no objeto. A verdade, portanto, está dentro de nós, em nosso pensamento ou naquilo que falamos.
Nesse conceito, a verdade é uma relação ou correspondência entre o objeto e o nosso pensamento. No dicionário Aurélio encontra-se as definições: Conformidade da ideia com o objeto, do dito com o feito, do discurso com a realidade. Expressão fiel da natureza, de um modelo, etc.
Dessa concepção, podemos aferir que, a verdade para Aristóteles é uma relação entre duas entidades: portador (pessoa) e objeto. Essa relação é identificada quando o portador expressa ou representa o objeto ou fato, e que o portador é verdadeiro quando o objeto ocorre ou é real, ou seja, a verdade é a adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que está na mente.
Conceito da Verdade: Rene Descartes
Considerado um dos fundadores da filosofia moderna, Rene Descartes é um dos iniciadores da modernidade entre (1596-1650), ao ver que os fundamentos filosóficos tradicionais estavam ultrapassados, por conter erros e imperfeições, havendo a necessidade de buscar um conhecimento puro, imprescindível e sólido.
Assim rejeitando tudo o que foi aprendido com a tradição e procura erguer um novo fundamento. Criando um método, capaz de alcançar as bases inabaláveis que tanto busca.
Para encontrar a verdade absoluta é preciso estabelecer o que é a verdade. Descartes sugere que devemos duvidar de tudo encontrando a verdade através de razão. O conhecimento não deve ser construído a partir das certezas externas, constantemente falíveis, mas sim da única certeza exata. Para ele a certeza inicial de sujeito pensante, nela descobre Deus como uma ideia inata, concluindo
...