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Monografia no Livro de Cantares

Por:   •  23/3/2018  •  3.777 Palavras (16 Páginas)  •  413 Visualizações

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EXEGÉTICO

I - A Sulamita retribui os elogios recebidos do amado e o compara ao nardo e um saquitel de mirra. (vs. 12-14)

a) Comparando-o ao nardo (v. 12)

b) Comparando-o ao saquitel de mirra (v. 13)

II - O rei elogia agora além da beleza também o caráter da Sulamita (v. 15)

a). Comparando-a com a beleza da pomba (v. 15)

b). Comparando-a com paz e serenidade transmitida pela pomba (v. 15)

III - Ela descreve o ambiente onde eles estavam e o que queria ter com seu marido, e fala da sua beleza. O rei a elogia e destaca a beleza dela entre as donzelas (vs. 1:16-2:2)

a) Onde estavam e como era a casa que queria ter com seu amado (vs. 16-17)

b) Ela compara a sua beleza com as flores. (v. 2, 1)

c) Ele a elogia destaca a beleza dela entre as donzelas. (v. 2)

IV- A amada o compara com a macieira que se destaca das outras arvores e apaixonada expressa o quanto se sente segura e protegida ao lado do rei. (v. 3)

a) Demonstrando a sua diferença e destaque com relação aos outros jovens (v.3).

b) A amada apaixonada expressa a segurança e proteção de estar ao lado do rei (v. 3)

V – Ela demonstra a alegria porque todos já sabem que eles se amam (v.4)

a) Ela está feliz porque todos já sabem que eles se amam. (v.4)

b) O amor deles se torna publico e visível por todos (v.4)

COMENTÁRIO

(Ct. 1:12-2:4)

Introdução do comentário

Depois de ter sido elogiada por Salomão, a Sulamita começa no verso 12 a recitar palavras que expressam admiração intensa. Quando se lê os versos 12, 13 e 14 percebe-se claramente uma resposta aos versos 8, 9 e 10. Alguns dos comentaristas tratam esses versos como uma unidade, e Deere se justifica dizendo que nos três versos “a Amada fala e as referências dela para o rei são todas na terceira pessoa” . De fato, tanto NATAN (dar) quanto YLYN (pernoitar) estão na terceira pessoa, masculino do singular . Quando a moça expressa o conteúdo desses versos, ela usa símbolos sensuais, que serão comentados a seguir.

VERSO 12

“Enquanto o rei estava em seus aposentos, o meu nardo espalhou sua fragrância”.

Não sabemos ao certo onde essa cena se passou, possivelmente, aconteceu no palácio real. Talvez o rei estivesse no palácio, assentado a mesa , literalmente pode ser traduzido por “uma coisa redonda” ou simplesmente uma mesa redonda , o que pode indicar um lugar onde se faz as refeições o qual estava preparado para uma festa, como também, pode sugerir um lugar de intimidade do rei, seus aposentos, sua cama.

O nardo era ungüento muito fragrante, obtido de uma planta da parte oriental da Índia, da família das valerianas, e é dotada de raízes fibrosa perfumadas. Os nardos cresciam de uma única raiz que produzia cachos de flores rosa, os galhos eram cobertos de pelos, dando-lhes uma aparência lanosa (semelhante a lã), eram usados em ocasiões especiais e também para ungir convidados.

Nada impede que o uso desse nardo seja literal, pois naqueles dias era muito comum as damas se perfumarem com essa fragrância. Mas, como nesse livro há uma grande quantidade de metáforas, provavelmente essa expressão tenha um outro significado. No verso 3, a Sulamita compara o nome do rei a um perfume derramado. Isso sugere que esse nardo também seja o próprio rei, como comentado por Deere (apostila pág. 08), e discutido em sala de aula, isso revela um sentimento de possessão intensa nas palavras da moça, pois se no verso 3 o perfume derramado exalava seu cheiro agradável para muitos, agora passa a ser o perfume próprio dela. Talvez a idéia que ela queria deixar clara era que o amado é muito valioso para ela, muito mais do que um valioso nardo. visto que ela o trata de “meu nardo”. Esse é um sentimento de alguém bem intimo que está próximo de se casar.

VERSO 13

“O meu amado é para mim como uma pequenina bolsa de mirra que passa a noite entre os meus seios”.

Mirra é uma gengiva aromática que aparece do corte da árvore Balsamod-endorn Myrra e era principalmente usado para a fabricação de incenso de perfume. A mirra é extraída da casca de uma árvore balsâmica que cresce na Arábia e na Índia, a árvore que se extrai a mirra possui flores brancas e frutos semelhantes à ameixa, tem um alto valor comercial, um ingrediente do óleo da sagrada unção (Ex. 30:23), usada como perfume nos ritos de purificação das mulheres (Et 2;12).

Sulamita usava mirra dentro de um saquinho pendurado ao pescoço, como muitas mulheres faziam para ficar perfumadas. Literalmente, enquanto Salomão estava com a amada, podia sentir esse perfume agradável a noite toda.

A mirra tinha um perfume muito marcante. Quando a Sulamita diz que a bolsinha de mirra ficava entre os seios dela a noite toda, aparentemente ela passou a idéia de algo agradável que permanecia com ela durante muito tempo. Deere comenta a possibilidade de ser o rei de forma bem presente e agradável nos pensamentos dela .

Mas observando esse versículo, e percebendo que foi usado uma metáfora, entendo que essa figura (mirra) é uma continuação do que ela havia dito acima no verso anterior, ou seja, a Sulamita está dizendo que assim como ela carrega em seu vestuário um saquitel de mirra que exala uma excelente fragrância, assim é o amado dela, que fica junto dela a noite toda trazendo pensamentos muito agradáveis, como o saquitel de mirra que era uma companhia desejada, necessária e indispensável.

VERSO 14

“O meu amado é para mim um ramalhete de flores de hena das vinhas de En-Gedi.”

A hena era uma planta usada para produzir preciosa tintura laranja-avermelhada, crescia dois a três metros de altura e produzia flores brancas fragrantes. A rena também era usada como um cosmético para varias partes do corpo e também no colorir de roupas e seu perfume era muito agradável.

En-Gedi no hebraico quer dizer (fonte do cabrito), era um

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