VISÃO SISTÊMICA

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O pensamento sistêmico é considerado como a quinta disciplina, como uma forma de compreender o todo, sendo um quadro referencial para ver inter-relacionamento, ao invés de eventos; para ver os padrões de mudança, em vez de “fotos e instantâneos”. É também um conjunto de ferramentas e técnicas específicas originárias de duas linhas de pensamento: a dos conceitos de feedback da cibernética e a da teoria de “servo-mecanicismo”. Essas ferramentas foram utilizadas para compreender uma ampla variedade de sistemas empresariais, urbanos, regionais e econômicos.

ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS

Em termos gerais, o interesse da teoria dos sistemas se dirige aos problemas de relações, de estrutura e de interdependência e não aos atributos constantes dos objetos. O enfoque na ligação entre os objetos representa uma preocupação que extrapola unicamente a composição de um dado conjunto, passando a enfocar a sua dinâmica.

No que se relacionam com os seres vivos, os sistemas vivos integram organismos individuais, partes de organismos e comunidades de organismo da mesma forma que um sistema social e ecossistemas, isso afirma que cada uma dessas partes possui propriedades e princípios comuns de organização e a ecologia, o campo onde se inserem os seres viventes, tem uma série de princípios, os quais são:

- Interdependência: todos os membros de um ecossistema são interconectados por uma teia de relacionamentos, onde todos os processos vitais dependem uns dos outros;

- Ciclos ecológicos: a interdependência dos membros de um ecossistema envolve a troca de energia e recursos em ciclos contínuos;

- Fluxo de energia: a energia solar, transformada em energia química pela fotossíntese de plantas verdes, dirige o ciclo ecológico;

- Parceria: os seres vivos de um ecossistema estão engajados numa sutil interação de cooperação e competição que envolve inumeráveis formas de parcerias;

- Flexibilidade: os ciclos ecológicos possuem a tendência de manter-se num estado flexível, caracterizado por flutuações interdependentes de suas variáveis;

- Diversidade: a estabilidade de um ecossistema depende do grau de complexidade de sua rede de relacionamento (diversidade do ecossistema).

- Evolução conjunta: a maioria das espécies num ecossistema se desenvolve conjuntamente num intercâmbio de criações e adaptações mútuas;

- Sustentabilidade: a sobrevivência a longo prazo de cada espécie em um ecossistema depende de limitados recursos básicos. Por sua vez, os ecossistemas organizam-se de acordo com os princípios relacionados acima até atingir sua máxima sustentabilidade.

Num sentido genérico, a retroação denota uma parte de saída do sistema que, na forma de energia ou informação, volta à entrada. Um sistema dispõe de dispositivos de retroação quando produz uma ação em resposta a determinada entrada de informação, a qual inclui o resultado da própria ação desta informação a partir do qual o comportamento interno do sistema é modificado.

Os sistemas são um conjunto de componentes inter-relacionados, que também podem ser outros sistemas, trabalhando juntos em busca de objetivos comuns.

O comportamento individual dos componentes influencia o comportamento do conjunto do sistema e cada possível parte do sistema possui essas características, sendo que elas não podem ser divididas em partes independentes.

Sistemas possuem limites, tudo que se encontra fora deste limite é considerado o meio ambiente, o qual não é isolado do sistema, existindo uma troca de energia e informação entre sistema e meio ambiente.

CONTRIBUIÇAO DA ABORDAGEM SISTÊMICA

A importante teoria do sistema seu conceito central de feedback, onde todo o comportamento em busca de um objetivo é modificado com base nos desvios que ele apresenta de um estado desejável.

Para as organizações, o enfoque sistêmico representa uma forma de analisar o meio ambiente e definir cenários prováveis de longo prazo, com base nos objetivos institucionais, sendo que estratégias devem ser utilizadas para alçá-los. Posteriormente são identificados os processos sistêmicos fundamentais para alcançar esses objetivos, após identificá-los, são criadas condições que permitam o estabelecimento/revisão da configuração organizacional, recursos humanos e outros elementos demandados para o alcance dos objetivos estratégicos. A etapa seguinte envolve a identificação de tecnologias da informação que servirão como suporte a estrutura organizacional.

- Quais os pontos relevantes na preparação da implementação da NBR ISO 14001?

Um plano de implantação da ISO 14001 necessita ser estruturado com base em uma abordagem diferenciada para empresas de pequeno a médio porte. Isto é importante, principalmente quando se considera a relativa maior simplicidade de empresas com este perfil e o menor numero de funcionários, o que influencia drasticamente o número e a diversidade de treinamento a serem realizados.

Assim, é necessário estabelecer um plano de implantação em um período não muito longo, de modo que a empresa não perca uma noção de horizonte, nem muito curto, impossibilitando assim que o sistema em implantação tenha tempo hábil para consolidar a integração de seus subsistemas. Todavia, as características de um plano de implantação podem variar: em função do ramo de atividade da empresa, perfil de capacitação de seu quadro funcional, nível de impacto ambiental dos processos envolvidos, características especificas de seus processos e a existência de passivos ambientais. De modo geral, um plano de implantação para empresas de pequeno a médio porte pode variar de oito a 12 meses. Contudo, o ritmo de implantação, na prática, só pode ser determinado pela própria organização.

Existem três cenários que devem ser considerados na implantação da ISO 14000:

- A empresa já é certificada pela ISO 9001 e deseja receber o da ISO 14001;

- A empresa deseja implantar as duas normas conjuntamente;

- A empresa está interessada em implantar apenas a ISO 14001.

O plano de implantação do modelo básico nas empresas-piloto foi de um ano com pequenas variações, em virtude de necessidades estratégicas especificas de cada uma.

Implantação