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Resumo dos Répteis Ameaçados de extinção

Por:   •  31/12/2017  •  3.880 Palavras (16 Páginas)  •  296 Visualizações

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A lista brasileira de repteis ameaçados:

Para a nova lista de espécies ameaçadas, houve uma revisão dos répteis brasileiros, que teve como ponto de partida listas de todas as espécies de cada grupo (lagartos, anfisbenas, serpentes, quelônios e jacarés), ou seja, todas as espécies foram avaliadas. A partir destas listas, um grupo de dez pesquisadores especialistas em répteis avaliou cuidadosamente cada uma das sugestões de inclusão ou exclusão de espécies e produziu a lista final, publicada em 2003.

Nesta nova lista, das mais de 640 espécies de répteis brasileiros, 20 (ou 3% do total) foram consideradas ameaçadas ou extintas (nas categorias de VU para cima), quatro foram consideradas na categoria NT e 16 foram enquadradas como DD. Dentre as 20 espécies consideradas ameaçadas ou extintas, nove são lagartos, cinco são serpentes e seis são quelônios, o que representa 4%, 1% e 19% da nossa fauna de cada um desses grupos, respectivamente. A pior situação é, de longe, a dos quelônios, pois praticamente uma em cada cinco espécies brasileiras desse grupo encontra-se ameaçada.

A lista internacional da IUCN mostra uma listagem de repteis ameaçados diferente da listagem brasileira, por exemplo, a tartaruga verde (Chelonia mydas) é considerada EN na lista da IUCN (2006) e VU na lista brasileira, isso acontece porque na lista da IUCN os pesquisadores veem de um modo geral e os pesquisadores brasileiros veem de um modo regional, por exemplo, a lista brasileira reflete nossa preocupação com as populações de tartarugas marinhas que desovam em nas praias ou visitam o litoral, ao passo que a lista global da IUCN reflete a preocupação com todas as populações de tartarugas marinhas que existem no mundo. Em consequência disso, uma espécie que esta bem protegida aqui, em outros lugares talvez ela não esteja e por isso ela aparece como mais ameaçada na lista da IUCN. Outro motivo para as listas estarem diferentes é que nós não temos pleno conhecimento de todas as espécies que vivem aqui no Brasil, por exemplo, na lista brasileira nenhuma anfisbênia é colocada como ameaçada, mas isso acontece por que temos pouco conhecimento sobre essa espécie.

Em geral, precisamos conhecer mais a nossa fauna, pois muitos dos animais que estão como DD na nossa lista poderiam não estar se soubéssemos mais sobre ele e sobre como cuidar dele para que fosse preservado, mas também poderia acontecer o contrário, pois se conhecêssemos melhor saberíamos sobre mais animais que estão correndo risco de extinção.

As principais causas que fazem mais animais estarem correndo riscos é a poluição, O desmatamento, a construção de casas e edifícios em lugares próximos as florestas etc. Poderíamos evitar algumas ocorrências se ao menos nos déssemos o trabalho de deixar a mata quieta, muitos empreendedores vão para o nosso litoral em busca de bons lugares para construir suas casas e prédios para a temporada de férias, mas não pensam em como isso prejudica algumas espécies. Outro caso também é o da jararaca da ilha de Alcatrazes, elas estão na lista das ameaçadas, mas poderiam não estar se o exército deixasse de jogar testes de tiros de canhões na ilha.

Lista de espécies ameaçadas:

(Livro vermelho da fauna brasileira Ameaçada de Extinção)

Heterodactylus lundii: Reinhardt & Lütken, 1862

NOME POPULAR: Briba; Cobrinha; Calango-que-vira-cobra; Cobra-de-vidro

FILO: Chordata

CLASSE: Lepidosauromorpha

ORDEM: Squamata

FAMÍLIA: Gymnophthalmidae

STATUS DE AMEAÇA

Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada

Estados Brasileiros: MG (VU)

INFORMAÇÕES GERAIS: Heterodactylus lundii é um lagarto pequeno, castanho, sem ouvido externo aparente, com membros muito reduzidos e corpo alongado, que não ultrapassa os 70 mm de comprimento rostro-anal. A cauda é cerca de duas vezes mais longa que o corpo, daí o seu nome popular. Tem hábitos subterrâneos, vivendo entre troncos, raízes, cupinzeiros, sob pedras ou sob o folhedo de paisagens abertas das regiões montanhosas de Minas Gerais. Como nas demais espécies da família, a ninhada é composta por apenas dois ovos. Os poucos indivíduos conhecidos foram coletados entre 900 e 1.300 m de altitude, em campos rupestres ou topos de chapadas recobertos por cerrados abertos. No topo da serra da Piedade, a espécie é relativamente abundante, mas é pouco conhecida no restante de sua área de ocorrência. Quando amostrada com métodos adequados para inventariar formas fossoriais, é possível que se releve mais abundante do que se admite atualmente. A espécie é endêmica das regiões de altitude do Estado de Minas Gerais. Atualmente, é conhecida de campos rupestres isolados entre 900 e 1.300 m de altitude.

PRINCIPAIS AMEAÇAS: o fogo e a destruição de seu habitat. Por ser uma espécie endêmica de lugares altos, os gases poluentes das cidades também podem afetar na sobrevivência desses animais.

ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO: por não conhecermos muito essa espécie não podemos dizer o que realmente seria bom para que ela não estivesse mais ameaçada, portanto a melhor estratégia é tentar capturar alguns desses animais e fazer pesquisas com eles, para assim poder ajudá-los.

ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO: Miguel T. U. Rodrigues (IBUSP); Cristiano Nogueira (CI).

REFERÊNCIAS: 96 e 133.

Autor: Miguel T. U. Rodrigues

Placosoma cipoense: Cunha, 1966

NOME POPULAR: Lagartinho-do-cipó

FILO: Chordata

CLASSE: Lepidosauromorpha

ORDEM: Squamata

FAMÍLIA: Gymnophthalmidae

STATUS DE AMEAÇA: Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada

Estados Brasileiros: MG (EN)

INFORMAÇÕES GERAIS: Placosoma cipoense é um pequeno lagarto restrito ao Estado de Minas Gerais, com comprimento rostro-cloacal não superior a 80 mm e cauda mais longa que o corpo. Conhece-se muito pouco

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