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Projeto de consutoria

Por:   •  14/2/2018  •  3.843 Palavras (16 Páginas)  •  279 Visualizações

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REFERENCIAL TEÓRICO

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Gestão de Custos e sua Influência Econômica

A Gestão de uma empresa no Brasil é dificultada pela carência de informações detalhadas, por isso é frequente a utilização de modelos matemáticos simplificados ou ferramentas de software desenvolvidas no exterior. Dessa forma a realidade da empresa não é representada adequadamente interferindo na comparação dos resultados gerados com as decisões gerenciais tomadas pela organização.

Para a Gestão de Custos, tal situação é ainda mais crítica, uma vez que as poucas informações encontradas tratam basicamente do planejamento fiscal. Diversas empresas já se ergueram, faliram, transferiram fábricas e centros de distribuição levando em consideração os benefícios fiscais que poderiam capturar (Amaral, 2004).

Segundo Yoshizaki (2011), especula-se que os benefícios fiscais brasileiros não serão completamente eliminados após a Reforma Tributária proposta pelo Governo Federal, devido à existência de grandes diferenças econômicas no país. Elas impõem a alguns estados a necessidade de oferecer benefícios fiscais para atrair empresas e, consequentemente, gerar empregos e fomentar a economia local.

Por isso há a pressão de grandes corporações que já se estabeleceram em locais onde existe a incidência de benefícios fiscais. Com a mudança nesse cenário, tais corporações tenderiam a abandonar suas instalações e se mover para estados mais competitivos e/ou mais próximos de sua demanda. Essa movimentação traria sérias consequências à comunidade local, que teria sua economia fortemente afetada (Netto, 2003).

Outro ponto a ser observado é que a matriz de transporte brasileira utiliza fundamentalmente o transporte rodoviário mesmo para longas. Segundo Coelho (2010), isso faz com que os custos de transportes sejam muito elevados, independente dos benefícios fiscais alocados, influenciando o custo final dos produtos e a competitividade de nossas empresas.

Assim, Coelho (2010) pontua que o custo logístico é composto por custos fixos e variáveis. Os fixos incluem depreciação da frota, salários, manutenção e incentivos fiscais. Os variáveis incluem: combustíveis, pneus, lubrificantes, dentre outros. Caso o transporte seja terceirizado, então todo o custo é pago na forma de frete.

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Conceituação de Custo Total

O Custo Total, em resumo, é a quantia total gasta pela firma ao comprar e utilizar insumos de produção, visando viabilizar a quantidade produzida. MANKIW (2009) completa definindo-o como sendo o conjunto de custos fixos e variáveis a ser imputado a uma ou mais atividades, variando diretamente a partir das quantidades utilizadas nos fatores de produção. Por isso é fundamental conhecer as características de tais custos para entender os fatores que influenciam sua variação.

Grass (2011) explica que os Custos Fixos não são alterados por conta do volume produzido em determinado período, ao contrário dos Variáveis que variam de acordo com a relação Tempo x Volume Produzido. São exemplos de Custos Fixos aluguel, mão de obra direta, taxas municipais e federais dentre outros. E energia elétrica utilizada na produção, matéria prima e impostos sobre vendas são alguns exemplos de Custos Variáveis.

As variações podem ocorrer em diversos setores, mas geralmente, os custos de transportes alcançam cifras consideráveis e esse cenário pouco varia quando comparado há décadas atrás. Tal afirmação fica evidente quando Bertaglia (2003) contabiliza que em quase todas as empresas, esse custo incide de 1 a 2% sobre o faturamento total e dependendo dos produtos ou clientes, chega-se a 7%. Esse custo geralmente dá origem às despesas com frete que estão incluídas no preço.

Todas as despesas relacionadas à movimentação de materiais fora da empresa podem ser consideradas custos com transportes. Ballou (2001) explica que nesse caso, enquadram-se os custos com a depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, manutenção, etc. Bertaglia (2003) completa pontuando que os custos de transportes representam 59% dos custos logísticos, seguido pelos custos gerais (juros, impostos, obsolescência, depreciação, seguros), com 28%, e outros custos (armazenagem, despacho, administração), de 13%.

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Métodos para análise de Sistemas Logísticos

Segundo Schwartz (2009), a utilização de plataformas logísticas, como macro unidades de negócio e terminais especializados, como micro unidades de negócio, surge como uma opção de resposta à economia moderna. Pelo fato de exigirem maior velocidade de reação e desempenho, diante da diversidade de exigências da demanda, elas operam agregando valor ao produto, por meio de uma grande variedade de serviços.

Plataformas logísticas são definidas, segundo a terminologia adotada pela Comissão Econômica para a Europa, como uma concentração geográfica de organismos e empresas independentes, relacionadas com transporte de mercadorias e de serviços auxiliares possuindo, pelo menos, um terminal. São exemplos de transporte de mercadorias: despachantes de carga, exportadores, operadores logísticos, serviços de aduana. Já o transporte de serviços é exemplificado pela armazenagem, manutenção e conserto de equipamentos.

Os terminais especializados variam de acordo com a área de determinada empresa. Goes (2011) explica que se trata de Centros de Distribuição que têm como finalidade atender clientes de diferentes setores. As atividades do terminal podem ser dividas entre armazenagem e gestão de inventário, etiquetagem, embalagem e montagem de kits, distribuição e logística reversa e definição do negócio de “macro” ou “micro” varia de acordo com o tamanho e capacidade de cada terminal.

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Principais Parâmetros do Custo Logístico

No caso dos serviços de transportes, uma maneira de se obter parâmetros para a economia de escala, segundo Jara-Diaz & Cortés (1996), é por meio da soma dos coeficientes das elasticidades dos parâmetros de funções de custo de transporte. Outra maneira de se obter estes parâmetros é demonstrada por Cann (2001), que deduz que o frete como dado por: ti = vi / Q. Sendo:

ti = valor do frete em relação à quantidade transportada pela

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