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PROJETO DE AÇÃO INTERDISCIPLINAR PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Por:   •  25/3/2018  •  2.985 Palavras (12 Páginas)  •  490 Visualizações

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4. OBJETIVOS

4.1 Geral

- Identificar as Serpentes Peçonhentas de Rondônia.

4.2 Específicos

- Demonstrar as Principais Famílias das Serpentes Peçonhentas de Rondônia.

- Especificar as Principais Diferenças Entre as Serpentes Peçonhentas de Rondônia.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As serpentes ou ofídios são popularmente conhecidos no Brasil como “cobras”, suas origens, provavelmente remontam ao Período Cretáceo (há cerca de 125 milhões de anos) e o desenvolvimento da maior parte das serpentes deve ter ocorrido no Cenozóico (MELGAREJO, 2009). São, portanto, relativamente recentes, sobretudo levando-se em conta que os primeiros répteis datam de 260 milhões de anos atrás (MELGAREJO, 2009).

Estas continuam com o passar dos anos, causando grande admiração e medo entre as pessoas que não tem conhecimento sobre estes animais (BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. pag. 09).

As “cobras” estão entre os animais mais temidos e odiados pelas pessoas em geral, pois existem algumas espécies, que podem envenenar o homem através de sua picada (BERNARDE, 2012).

Além da importância ecológica das serpentes, seus venenos representam grande potencial medicinal a ser explorado (LIMA-VERDE apud BERNADE, 2012. Pag. 9), como exemplo, o anti-hipertensivo Captopril, isolado do veneno da jararaca (Bothopoides jararaca) na década de 1960.

A etnozoologia é o ramo que estuda o conhecimento tradicional do homem sobre os animais, possui enfoque nos processos de interação de cada sociedade com sua fauna local (MOURA, et al. 2010 apud BEGOSSI, et al. 2002).

A destruição dos habitats é a principal causa da ameaças de extinção de répteis no Brasil, além dos ricos tráficos de animais silvestres e a introdução de espécies exóticas (RODRIGUES, 2005; ETEROVIC & DUARTE 2002).

Durante um trabalho em campo é falado sobre a importância desses animais, assim, fazendo educação ambiental, podemos desmistificar crendices e medos exagerados sobre esses animais (BERNARDE, 2012).

Conhecer o básico sobre as diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas, pode ser fundamental para a prevenção contra acidentes ofídicos e também para a preservação destes animais, uma vez que as pessoas matam “todas” as serpentes que vêem pela frente, por não saberem diferenciá-las e acham que todas são “venenosas”. “Os diferentes tipos de dentição que as serpentes possuem são importantes para o reconhecimento de serpentes peçonhentas e também suas famílias” (BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. Pag.12).

De acordo com (BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. Pag.13.),

São quatro tipos básicos de dentição: Áglifas: não apresentam dentes inoculadores de veneno, ex: Jibóias (Boa constrictor), Sucuri (Eunectes murinus), Caninana (Spilotes pullatus). Opstóglifas: apresentam dentes sulcados inoculadores de veneno localizado na região posterior da maxila superior, ex: Cobra–verde (Philodryas olfersii), Mulçurana (Clelia clélia). Proterógliflas: apresentam dentes sulcados (pequenos e móveis) inoculadores de veneno na região anterior da boca, ex: Corais-verdadeiras (Micrurus lemniscatus). Solenóglifas: apresentam dentes inoculadores de veneno ocos localizados anteriormente e que se projetam para frente na hora do bote, ex: Jararaca (Bothrops atrox), Surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta) e Cascavel (Crotalus durissus).

Ao “dardejar” capturam com a língua, moléculas odoríferas no ar, (de cheiro) e as leva até o órgão de Jacobson (olfato), que pode mostrar a presença de presas, predadores e até parceiros sexuais (MARQUES, et al. 2001).

As serpentes não apresentam uma visão boa, sendo mais desenvolvido nas espécies que possuem hábitos arborícolas (que apresentam atividade sobre a vegetação), o olho apresenta pálpebras soldadas e transparentes e é reduzido nas espécies de hábitos fossoriais (subterrâneos), em geral as serpentes com a pupila do olho redonda apresentam atividade diurna e as com pupila vertical ou elíptica são noturnas BERNARDE; ALBUQUERQUE; TURCI. (2012. pag.14).

Nestes répteis o típano e o ouvido são ausentes, tendo assim a audição pouco desenvolvida, por isso as cobras são chamadas de “surdas”, contudo podem capturar vibrações no substrato BERNARDE; ALBUQUERQUE; TURCI. (2012. pag.14).

As fossetas labiais (depressões nas escamas labiais) de alguns boídeos e a fosseta loreal (orifício localizado entre o olho e a narina) dos viperídeos, são órgãos que permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas (da ordem de 0,003ºC), auxiliando na localização de presas endotérmicas (ex. roedores) durante a noite BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. (2012. pag.14).

Quanto a forma de seu habitat, durante a atividades como caçar, as cobras podem ser aquáticas, semi-aquáticas, fossoriais, criptozóicas, terrícolas, subarborícolas e arborícolas BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. (2012. pag.16).

Todas as cobras são carnívoras predando vários tipos de animais (GREENE 1997. apud BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. pag.14).

Roedores (ratos e camundongos), lagartos (calangos e lagartixas) e anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas), são os principais tipos de presa (BERNARDE, 2012).

“Cada espécie de cobra tem um tipo de dieta, (preferência alimentar), sendo algumas especialistas e outras generalistas” (GREENE, 1997 apud BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. pag.19). Dentre outros répteis, se destacam, pois tem o corpo alongado, sem patas, o osso externo é ausente e as maxilas ligadas fracamente lhes permitem a grande abertura da boca e engolir presas maiores que sua cabeça (GREENE, 1997 apud BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012 pag.19).

Serpentes da família Boidae (Jibóias e Sucuris), e Viperidae (Jararacas e Surucucus), podem matar a presa por envenenamento, por constricção ou ingerir a presa viva, dependendo da espécie (BERNARDE; ALBUQUERQUE & TURCI. 2012. pag.19). “As serpentes podem ser vivíparas (parem seus filhotes já formados) ou ovíparas (põe ovos com casca, de onde eclodem os filhotes” (MARQUES, et al. 2001). Para re alizarem a cópula, o macho insere seu hemipênis na cloaca da fêmea, isso pode durar horas dependendo da espécie, após a cópula os dois se dispersam

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