PROINTER II

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A empresa foi reestruturada com o objetivo de ser uma organização popular, atingindo todas as faixas de classe, com atendimento de excelência e produtos alimentares extremamente de qualidade, e com responsabilidade na armazenagem, distribuição e venda, evitando o desperdício para que não haja um desequilíbrio ambiental regional. Notamos que há pequenos passos nessa direção, mas não encontramos nenhum planejamento ou processos que direcionem a empresa ao público alvo.

Constatamos vários pontos fortes como o atendimento, a estocagem do produto, e uma ótima localização da empresa, se encontrando em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, mas apesar destes pontos positivos, faltava o comprometimento com administração estratégica da empresa, sem compromisso com organização com visão de futuro por parte dos seus colaboradores e gestores, sem planejamento estratégico, sem definição de metas futuras.

Há uma centralização organizacional, e nenhuma pesquisa de mapeamento ambiental, o sistema tecnológico de controle interno e atendimento precário, também não encontramos nenhum planejamento de gestão participativa ou motivação aos colaboradores. Apesar da boa vontade dos sócios, que estão abertos a mudanças, não há um modelo de gestão que integre ferramentas administrativas e responsabilidade socioambiental. Em relação à parte jurídica não encontramos nada que desabonasse a empresa, pois a mesma cumpre com rigor as leis municipais e estaduais, com licença para funcionamento e contrato social registrado.

OBJETIVOS E METAS

Ao final da pesquisa pretendemos demonstrar que é possível uma empresa se adequar ao mundo globalizado, onde as mudanças são rápidas, sem perder o conceito ético de competitividade, integrar todos os níveis hierárquicos com uma gestão participativa e valorização do colaborador e ter uma administração sustentável tanto internamente quanto externamente.

METODOLOGIA

Foi distribuído um questionário para ser respondida pelos colaboradores que atuam na organização, com perguntas abertas e fechadas para detectar o grau de satisfação dos seus colaboradores referente ao clima organizacional, liderança, satisfação em relação ao ambiente de trabalho e conhecimento sobre os fundamentos e principais serviços realizados.

Em um segundo momento foi realizado entrevista com os sócios da empresa para conhecer um pouco do histórico da organização, bem como os processos de gerenciamento e os pontos fortes e fracos na visão dos donos e o que deve ser melhorado e implantado na instituição. Por fim foi realizada pesquisa em artigos voltada para horticultura, pesquisas já publicadas, sites da internet com referência a modelos de gestão e livros que falam de administração.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o surgimento do mundo globalizado as organizações devem preparar-se para a mudança. De acordo com Chiavenato (2000, p.447) “mudança implica ruptura, transformação, perturbação e interrupção.” Ao realizar a mudança organizacional a organização modifica a ordem existente, para melhorar a eficiência da empresa e em geral afetam as linhas de autoridade, os níveis de responsabilidade de vários membros e as linhas de comunicação estabelecidas.

Para que sua atuação seja de sucesso, a empresa precisa equacionar os seguintes fatores, de acordo com Grayson e Hodges ( 2002, p. 42 ) “criação de riqueza e as necessidades dos empregados e o meio ambiente”. Riqueza não somente para a empresa, mas para a comunidade como um todo, para possibilitar melhores condições de vida e de preservação do meio ambiente, ou seja, proporcionar um bem ao maior número de pessoas.

Os recursos humanos é um ativo intangível de enorme valor para as organizações e toda empresa deveria ter conhecimento suficiente para alcançar seus objetivos e saber solucionar eventuais problemas.

O conhecimento organizacional é visto como know-how coletivo da organização, a sua expertise, uma competência expressa no conhecimento que essa organização coletivamente acumulou e nos problemas que ele efetivamente consegue resolver ( Vasconcelos, 2001, p.99).

Um conceito de gestão moderna é a gestão participativa, modelo atual e contemporâneo que enfatiza as pessoas, que fazem parte da organização. Segundo Maranaldo (1989, pg.60), “a gestão participativa é um conjunto harmônico de sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e incentivam a participação de todos no processo de administrar. Visando através dessa participação, o comprometimento com os resultados (eficiência, eficácia e qualidade) não deixando a organização apresentar desqualificação”.

A organização moderna e eficiente tem a visão de que para se obter lucro é preciso ter a consciência de uma política social e ambiental voltado para todos aqueles que influenciam e são influenciados pela empresa. Nidumolu, Prahalad e Rangaswani (2009,p. 63) ” afirmam que muitos líderes empresariais acreditam que modelos de negócios sustentáveis implicam em apenas repensar a proposta de valor para os seus clientes. Na prática, os modelos de negócios sustentáveis de sucesso são aqueles que incluem novos caminhos de se obter rentabilidade com foco no retorno social e ambiental evidenciado e legitimado pelos stakeholders.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS (DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO)

As organizações modernas estão sempre em constante mudança, consequentemente sempre aprendendo ou ensinando, processo esse em que todos os colaboradores fazem parte, e sendo assim, realizando um trabalho em equipe melhor. E na empresa Horti-Fruti Sam, não pode ser diferente e para se adaptar ao mundo moderno e se caracterizada como competitiva ética e sadia, integrada com a sociedade, valorizando o seu colaborador e mostrando preocupação e interesse sociais, ela deve mudar, realizando um novo modelo de gestão, onde contemple um sistema de comunicação direta, gestão participativa, interesse em processos que avaliem a sua qualidade e modelos gerenciais, voltada para análise de mercado de alimentação, usando ferramentas tecnológicas baseadas a participação do coletivo.

Toda mudança é viável e bem vinda, desde que haja interesse e foco dos colaboradores, participação intensiva da diretoria e dos gestores, objetivando o crescimento, tanto da empresa quanto dos seus funcionários, não deixando de lado a comunidade em volta da organização, sempre pensando no seu bem-estar e integração entre a organização