O SERVIÇO SOCIAL E OS DESDOBRAMENTOS DO CÓDIGO DE ÉTICA
Por: SonSolimar • 8/2/2018 • 1.167 Palavras (5 Páginas) • 332 Visualizações
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4 Código de ética de 1975 do serviço social e seus pressupostos
Os códigos se apoiaram nos pressupostos do neotomismo e do positivismo, com uma pequena alteração no Código de ética de 1975 que incluiu uma referência ao personalismo, mantendo as demais referências tradicionais, e acentuou a herança conservadora do serviço social. Nesse contexto, os valores adquirem um conteúdo universal abstrato: pertencem à natureza humana que emana de Deus. Assim, valores como pessoa humana, bem comum, perfectibilidade, autodeterminação da pessoa humana, justiça social são abstraídos de suas particularidades e determinações históricas, tornando-se referência para a concepção de humano genérico que não se articula com o indivíduo social em sua concretude histórica.
Entende-se porque no Serviço Social tradicional os pressupostos do neotomismo podem, coexistir com o positivismo e funcionalismo, oferecendo suporte para a afirmação de uma ética profissional aparentemente "neutra". O de (1975) supriu referências democrático-liberais do Código anterior, configurando-se como uma das expressões de reatualizarão do conservadorismo profissional.
5 Código de ética de 1986 do serviço social e seus pressupostos
A conjuntura dos anos 80 surge no Brasil em um momento em que a reconceituação já havia feito sua critica é uma expressão tardia da reconceituação. Neste momento ocorre à recusa a neutralidade da prática profissional, superação da perspectiva da anormalidade e o código de 1986 descaracterizou a tendência legalista do código, politizando a sua natureza de documento, há também a ruptura do conservadorismo.
A dimensão politica da profissão foi explicitada de forma objetiva, como processo que exigia uma nova ética e um comprometimento com as necessidades dos usuários do Serviço social à classe trabalhadora explicitada do caráter de classe dos usuários, alto desenvolvidos no conceito abstrato de pessoa humana. A partir de 1986 , o código de ética passa a se dirigir explicitamente ao compromisso profissional com a realização e as necessidades dos usuários. As transformações deste código marcam o processo de democratização do país .Ele expressa o amadurecimento teórico e o posicionamento ético da profissão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O código de ética é um instrumento específico de deveres e direitos profissionais, ou seja, é referente a uma necessidade formal de legislar sobre o comportamento dos profissionais. A ética precisa ser vista com a mediação entre a teoria e a prática profissional diante das demandas do cotidiano do assistente social, objetivando-se na coletividade e não na individualidade.
Ser ético não é dever apenas do serviço social, mas sim de todas as profissões, nós como futuros assistentes sociais temos quer ter a consciência que um dos deveres da nossa profissão é ser ético ,e não devemos usá-la somente enquanto profissional, mas sim fora e dentro da profissão ,pois temos que ter compromisso e responsabilidade social para com toda a sociedade.
BIBLIOGRAFIA
BARROCO. Maria Lúcia Arruda: TERRA, Sylvia Helena. Código ética do/a Assistente Social comentado. São Paulo: Cortez, 2012. p. 38-52
VINAGRE, Marilise; PEREIRA, Tania. Os Direitos Humanos e o Projeto Ético-Político do Serviço Social. In. : Ética e Direitos Humanos. Curso De Capacitação Para Agentes Multiplicadores. CFESS. 2003.p.21-49
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