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MODERAÇÃO COM VISUALIZAÇÃO EM TARJETAS COMO FERRAMENTA FACILITADORA DE PLANEJAMENTO ESTRATEGICO SITUACIONAL

Por:   •  26/9/2018  •  12.169 Palavras (49 Páginas)  •  353 Visualizações

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Na Moderação de processos grupais com visualização em tarjetas, não há hierarquia nas discussões, as tarjetas fomentam a comunicação de forma horizontal e multissetorial, a participação é garantida mesmo para aquele não costuma opinar por timidez. As ideias e propostas são consensuada pelo grupo, e tornam-se responsabilidade dele. Suas técnicas serão descritas no decorrer do trabalho que apresenta os conceitos e concepções, além do primordial papel do moderador.

Como consequência o vínculo da Moderação como Ferramenta Facilitadora do Planejamento Estratégico Situacional – PES, entendendo-o como um processo que demanda discussão grupal de forma participativa e transparente, como já fundamentado, exige um acompanhamento, a reflexão do que verdadeiramente não é superfulo, e ainda traz o ator como a fugura principal do processo.

Enfim, este estudo foi realizado com intuito de afirmar que a Moderação com Visualiação em Tarjetas é a ferramenta mais indicada como instrumento facilitador na organização do processo de construção do Planejamento Estratégico Situacional – PES, de forma participativa, horizontal onde todos os atores atuam de foma igualitária em opiniões e assumindo responsabilidades no processo, conforme registrado, exposto após ser consensuado por todos nas tarjetas, elaborando-se um plano de ação factivel de acordo com a visão da realidade.

2.0 DESENVOLVIMENTO

Para falarmos em Moderação com Visualização em Tarjetas como Ferramenta Facilitadora do Planejamento Estratégico Situacional, se faz necessário entendermos o que é o próprio Planejamento Estratégico Situacional – PES e em seguida falarmos da Moderação com Visualização em Tarjetas, como funciona, suas regras e o que proporciona e vantagens da sua aplicação no Planejamento Estratégico Situacional – PES.

O Planejamento Estratégico e Situacional se trata do que queremos, quais caminhos devemos seguir para chegar ao que queremos e o que é necessário. Dizemos então que o Planejamento Estratégico Situacional – PES é gestão de governo. Percebemos que temos um problema a ser resolvido planejadamente. Analisado de forma estratégica, planejamento é a ciência e a arte de criar métodos viabilize maior governabilidade enquanto pessoas, países ou organizações.

MATUS[1] (1996) diz em sua obra Adeus, Senhor Presidente – governantes e governados, que o processo de planejamento engloba teoria, metodologia e técnicas de grupo que podem ser utilizadas em qualquer organização social que demanda um objetivo, que persegue uma mudança situacional futura. O planejamento não trata apenas das decisões sobre o futuro, mas questiona principalmente qual é o futuro de nossas decisões.

TONI (2004)[2] ao explicar o que é Planejamento Estratégico Situacional – PES, cita MATUS, que resume que o PES diz respeito à gestão de governo, à arte de governar.

Ainda de acordo com TONI (2004) iniciamos o debate sobre as questões do planejamento, quando fazemos as seguintes perguntas:

- Estamos no caminho certo?

- Estamos fazendo o necessário?

O autor responde que a maior questão incide em ter-se conhecimento ou não, de estarmos centralizando nossas forças numa direção certa e se estamos cientes de onde vamos chegar, a partir do fato de concluirmos que realmente somos levados pelas ocorrências diárias de nossas vidas.

O planejamento visto estrategicamente, não é outra coisa senão a ciência e a arte de construir maior governabilidade aos nossos destinos, enquanto pessoas, organizações ou países. O processo de planejamento, portanto diz respeito a um conjunto de princípios teóricos, procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que podem ser aplicados a qualquer tipo de organização social que demanda um objetivo, que persegue uma mudança situacional futura.

(TONI, 2004, p.1)

TONI (2004) afirma ainda que o Planejamento Estratégico Situacional – PES não trata apenas de deliberações sobre o futuro, o mesmo indaga principalmente, como seria o futuro de nossas decisões, pois ao arriscarmos infligir o ritmo com que os fatos acontecem à vontade humana, necessitamos prontamente refletir que administrar em circunstâncias complicadas estabelece desempenhar o método do planejamento estratégico até seu estágio final.

Para alcançar este objetivo torna-se indispensável compreender e exceder quatro “pré-conceitos” relacionados à atividade de planejamento, por acontecerem algumas imprecisões no que diz respeito a conceito e prática, que são segundo TONI (2004, p. 2):

- “Planejar é uma coisa, fazer é outra...”: Com certa frequência usa-se esta frase para tornar mínimo ou brincar com o esforço que todo planejamento demanda. Geralmente, esta visão aparece em argumentos com pouco ou nenhum planejamento e objeta ações que se supõe desfavoráveis, mas, fazem parte de um momento inusitado, sendo que será na ação sólida que o plano comprovará sua real importância. Métodos tradicionais de planejamento, ao desconhecer os artifícios variáveis, fecharam o caminho entre a gestão e o plano, que vem a ser uma relação definitivamente indispensável para unir “planejar” + “fazer”.

- “Planejamento engessa a organização...”: O planejamento deve ser visto como um treinamento metódico de visão do futuro e intenso em gestão, por esse motivo ele não deve ser decidido por sorteio ou intuição. Critérios, metas, objetivos e diretrizes em longo prazo, devem ser estabelecidos a partir da administração diária.

- “O Planejamento é um rito formal, falado em código e desprovido de substância...”: O elitismo intelectual que o planejamento tradicional e seus seguidores ergueram por décadas, reverenciando modelos ultrapassados associa-se ao item citado acima. Dentro deste ponto de vista, acredita-se que o planejamento burocrático e formal, não deve ser bem aceito nas organizações, pois ao surgirem novas técnicas, acredita-se que surgirão também conteúdos práticos.

- “O planejamento é obra de pura técnica, deve ser neutro...”: Os planejadores devem ter conhecimentos mínimos a respeito de tudo o que e planejado, pois a partir destes conhecimentos, que devem ser estudados uniformemente, pois os mesmos vêm sendo acumulados durante anos em todos os campos do conhecimento humano. Através do simples fato de que planejando é possível resolver e priorizar problemas chega-se a conclusão de que não existe planejamento neutro, pois o mesmo deverá determinar uma

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