O Tratamento do Efluente Gerado na Produção do Biodiesel por Meio da Adsorção com Resíduo de Minério Serra Azul

Efluente

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Tratamento do Efluente Gerado na Produção do Biodiesel por Meio da Adsorção com Resíduo de Minério Serra Azul

1. INTRODUÇÃO

A adsorção é um meio de eliminar compostos orgânicos dissolvidos e poluentes químicos de efluentes de difícil degradação, sendo esse um método que tem se mostrado cada vez mais eficaz no tratamento de efluentes. Devido à grande quantidade de resíduos siderúrgicos produzida sem o reaproveitamento direto e ao grande teor de óxidos de ferro e carbono em sua composição, a adsorção de frações orgânicas por esses materiais é favorecida. Além disso, a utilização de resíduos siderúrgicos no tratamento de efluentes apresenta caráter inovador, sustentável e de elevada aplicabilidade.

1. OBJETIVO

Caracterizar o resíduo de minério serra azul, cedido por uma empresa siderúrgica regional, e o efluente gerado na produção do biodiesel, para ser avaliadas as condições ideais para a realização do estudo cinético e verificação da eficiência da adsorção no processo de tratamento de efluente.

1. METODOLOGIA

O pó de minério serra azul, cedido por uma empresa siderúrgica da região do Vale do Aço, foi caracterizado através da análise granulométrica, utilizando um agitador de peneiras da marca Solotest para ser definida a distribuição dos diâmetros das partículas. A partir desses dados, será analisado, por meio dos ensaios de adsorção, o diâmetro que fornecerá os melhores resultados no processo.

O efluente gerado na produção do biodiesel foi submetido a análises de caracterização através do método calorimétrico, obtendo os valores da demanda química e bioquímica de oxigênio (DQO e DBO), turbidez e pH.

1. RESULTADOS

A partir da análise granulométrica do pó de minério, ficou perceptível a diferença na variação do diâmetro dos resíduos. A maior fração retida obtida (aproximadamente 20% da massa total) apresentou diâmetro menor ou igual a 2,750 mm.

Através da lavagem do biodiesel, obteve-se um efluente branco e turvo. O mesmo apresentou demanda química de oxigênio (DQO) de 25666,67 mgO2/L e demanda bioquímica (DBO) de 282 mgO2/L, estando ambos de acordo com a literatura. O pH mostrou-se básico (valor de 9,31), provavelmente devido à base KOH empregada como catalisador na reação de transesterificação que foi neutralizada através da lavagem ácida com HCl e água. A turbidez obtida foi de 29.000 FAU e a condutividade foi igual a 1884 µS/cm.

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