Especialização em Educação do Campo e Agroecologia
Por: Kleber.Oliveira • 16/10/2018 • 2.216 Palavras (9 Páginas) • 370 Visualizações
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3- PROBLEMA:
-Quantas famílias encontram- se em pobreza e vulnerabilidade na localidade da Vila Saicã- 3º Distrito de Cacequi- RS, e quais as possíveis causas?
4- OBJETIVO GERAL:
_ Conhecer e quantificar famílias que se encontram em pobreza e vulnerabilidade na localidade de Vila Saicã- 3º Distrito de Cacequi- RS e possíveis causas;
5- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
_Verificar a quantidade de famílias desta localidade que se encontram em pobreza e vulnerabilidade;
_ Analisar as possíveis causas da pobreza e vulnerabilidade;
_ Destacar as principais causas da pobreza na localidade;
6- REFERÊNCIAL TEÓRICO:
Como refletir sobre o tema da pobreza na área rural de um município sem considerar as significativas disparidades sociais existentes em nosso país? Seria impossível sem antes compararmos as desigualdades que estão explícitas para todos nós em nossa sociedade. Apesar de que a pobreza seja facilmente identificável pelo senso comum, e principalmente porque se convive com ela em várias situações cotidianas, para entendê-la e explicá-la é necessário que se estabeleçam alguns critérios de ordem metodológica e teórica. Na bibliografia especializada, a pobreza tem sido descrita como um fenômeno complexo de significados multivariados para pessoas, instituições ou países, que pode ser identificada através de indicadores de renda, saúde, habitação, educação, entre outros (Corrêa,1998). Corrêa refere-se às causas que geram a pobreza, que podem ser variadas, e que para sabermos se realmente é uma situação vulnerabilidade teremos que saber identifica-las.
Henriques aponta que
“é fundamental reconhecer a desigualdade como principal fator explicativo do excessivo nível de pobreza no Brasil”. O autor relaciona não apenas a desigualdade de renda, mas considera também necessárias a superação da desigualdade educacional, pois, considera que “a enorme heterogeneidade entre os níveis de escolaridade dos indivíduos representa a principal fonte de desigualdade salarial brasileira”. (2003, p. 68)
A educação ainda é uma forma de evitar a desigualdade social, pois quanto menos estudo, mais difícil torna-se para trabalhar, mesmo na área rural atualmente é necessário que se tenha um nível de escolaridade, que se busque por mais conhecimento e com isto gerar melhor renda, a educação é um dos fatores que leva a pobreza. È necessário identificar as causas que geram a pobreza na área rural, para que possamos elaborar metas para erradicar este problema e trazer aos moradores do campo, subsídios para continuarem no campo, evitando assim o deslocamento para cidades e o êxodo rural;
Conforme dados obtidos no site Carta Maior publicado em 20/12/2013, no o Rio Grande do Sul, estado com 11 milhões de habitantes, existem 150 mil famílias rurais em condições de pobreza, segundo informações de Lino de David, presidente da Emater. No estado cerca de 450 mil famílias recebem recursos dos programas federais. Mas 22 mil famílias em extrema pobreza não recebem nenhum tipo de apoio dos programas sociais. (carta maior-2013).
Existem famílias nas áreas rurais que vivem em casas precárias, sem saneamento básico, sem luz, sem assistência médica e até mesmo nem documentos possuem as crianças em alguns casos não tem acesso à escola, dependendo da localidade não tem nenhum apoio dos serviços sociais. Por mais que no decorrer do tempo pesquisas apontem que a pobreza está diminuindo e que surgiram vários programas para ajudar as famílias do campo, como por exemplo, o RS- Rural no Rio Grande do Sul e vários programas que vêm sendo financiados pelo próprio Banco Mundial por todo Brasil, ainda hoje encontramos vários casos de pobreza tanto na área rural quanto na urbana.
Lino de David presidente da Emater diz:
O nosso desafio é enfrentar a desigualdade social no estado. No RS a definição jurídica de assistência técnica e extensão rural inclui o social, que é a parte mais difícil. É muito simples receber a Bolsa Família, o difícil é formar um cidadão, incluindo todas as dimensões da sua vida – econômica, cultural, social e ambiental. É um trabalho longo, demorado e com resultados lentos. Ainda precisamos romper com preconceitos, que enfrentamos até hoje, na própria sociedade, porque estamos trabalhando com pobres.(carta maior- 2013)
7- METODOLOGIA:
Neste projeto foi inserida uma abordagem qualitativa, sendo esta pesquisa é definida por Minayo (2001) comoa que trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Ela é usada inicialmente em estudos de Antropologia e Sociologia. A pesquisa qualitativa é criticada por seu empirismo, pela subjetividade e pelo envolvimento emocional do pesquisador (MINAYO, 2001, p. 14) e a de estudo de campo, que é definida por Gil como:
Tipicamente o estudo de campo focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. Basicamente, a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo.Esses procedimentos são geralmente conjugados com muitos outros, tais como a análise de documentos,filmagem e fotografias.(Gil,2002,p.53)
Com isto iremos investigar e quantificar famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade na área rural, a fim de chegarmos as suas prováveis causas. Para fazerem parte deste projeto às famílias e demais pessoas deverão assinar o termo de consentimento,
A primeira etapa consiste em uma coleta de dados com Secretaria de Assistência Social de Cacequi e com os Agentes de Saúde da localidade, após faremos uma reunião com todas as famílias selecionadas e colocaremos para elas o que o projeto visa e com isto veremos se eles querem participar, logo passaremos os termos de consentimento para serem assinados pelos responsáveis;
Roteiro a ser seguido:
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