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Dança - Educação Física - Resumo

Por:   •  2/7/2018  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  313 Visualizações

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Se o ritmo está vinculado ao equilíbrio e a harmonia individual, portanto internalizado, seria de fundamental importância, compreendermos como isso acontece e por que isso acontece em nosso cotidiano. Assim estaríamos nos descobrindo e também aprendendo a perceber o ritmo do outro, o qual pode ser diferente do meu.

Para dançarmos nem sempre será necessário nos preocuparmos com movimentos pré-estabelecidos, mas também é importante conhecer e experimentar esses movimentos pré-determinados, uma vez que também aprendemos a partir da reprodução de modelos. Esses modelos podem servir de referência para um aprendizado escolar, mas, acima de tudo, devem possibilitar uma reflexão, no sentido de ressignificá-los, e esta pode ser uma das formas de se fazer uma releitura e uma análise das representações estilizadas e simbólicas que são produzidas pela dança.

É preciso ter claro quais as finalidades da indústria cultural ao veicular determinadas danças e quais são os significados que ela representa na sociedade.

Ao executarmos um gesto por meio de contrações e expansões de movimento não significa que esteja se negando os aspectos sociais, históricos e culturais presentes nesses mesmos movimentos, e o inverso disso também é verdadeiro. Dessa forma, a dança pode significar tanto um movimento compreendido no campo biológico, como uma representação de um movimento culturalmente construído.

Nesse momento, ressaltaremos, de forma sucinta, os aspectos biológicos que podem ser estimulados pela dança, destacando que é possível sentirmos no próprio corpo os efeitos fisiológicos considerados benéficos a partir desta atividade. Esses efeitos são resultantes de um processo de adaptação do organismo, variam de indivíduo para indivíduo e podem levar minutos ou até mesmo horas para ocorrer, dependendo da intensidade do esforço realizado, dos objetivos que se busca com esse esforço, da regularidade que se está praticando, das condições de saúde e do estilo de vida que cada um tem.

Muitas vezes, a exposição do corpo frente ao grupo nos remete também a uma ideia de reforço da “incompetência” em relação à falta de coordenação perante os colegas, por não conseguirmos repetir perfeitamente os gestos. Dependendo da situação vivida, pode ser motivo de “gozação” dos colegas na escola, ou fora dela. E reconhecer as dificuldades, enfrentar o medo, a vergonha, a inibição, o machismo, e tantas outras questões, não é tarefa fácil para ninguém. Hoje, quem tem “coragem” para enfrentar esta situação? Pois se determinou socialmente que para “saber” dançar é preciso repetir os modelos pré-estabelecidos e padronizados de movimentos. Na escola, acabamos reproduzindo o que é estabelecido na sociedade.

Existe um aspecto ideológico ao não considerarmos importante a própria experiência com a dança, a descoberta de outros movimentos e até mesmo de novas possibilidades de cada pessoa, sem que esses movimentos estejam vinculados às coreografias intensamente divulgadas pela mídia.

É importante reconhecer, compreender e refletir sobre o universo simbólico que a dança representa. Além disso, torna-se necessário vivenciar no espaço escolar as mais diversas possibilidades de expressão corporal, desde a dança na sua forma mais simples, espontânea e livre até as danças mais elaboradas e formalizadas, onde o movimento consciente e expresso por meio do corpo se constituirá como “suporte da comunicação”.

É importante considerar que há possibilidade de realizarmos movimentos conforme a nossa própria história, deixando fluir os sentimentos, criando outros movimentos, a partir do que foi experienciado.

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