DERRAMAMENTO DE OLEO BAIA DE GUANABARA 2000
Por: Hugo.bassi • 12/2/2018 • 1.980 Palavras (8 Páginas) • 588 Visualizações
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São considerados os acidentes que mais causaram danos ambientais e a população o acidente com o navio N/T TARINK IBN ZYIAD em 1957 ( estima-se que mais de 6 milhões de litros de óleo caíram ao mar), e o mais recente no ano de 2000 causado por falhas na tubulação da Petrobrás.
3. O ACIDENTE ECOLÓGICO NA BAÍA DE GUANABARA
No ano de 2000, um acidente ecológico marcou o Brasil: o derramamento de cerca de 1,3 milhões de litros de óleo cru pela empresa Petrobrás, o acidente ocorreu devido a problemas nas tubulações da Refinaria Duque de Caxias.
Esse acidente é considerado o segundo maior acidente marítimo ocorrido no Rio de Janeiro, perdendo somente para o acidente ocorrido com o navio TARIK em 1975. O acidente causou profundos impactos no ecossistema que, segundo especialistas, só voltarão a ter condições normais daqui a alguns anos.
A mancha de óleo que havia no mar se espalhou por cerca de 50 km², e acabou atingindo e contaminando o manguezal e as praias que são banhadas pela Baía de Guanabara, toda a fauna e aflora da região foi gravemente afetada, além disso, este acidente provocou grandes agravos de ordem social, econômica e populacional.
A população que tirava seu sustento ou dependia, de alguma forma das águas da Baía de Guanabara, através da pesca, e do turismo, por exemplo, foram muito prejudicadas (na pesca, por exemplo, houve a contaminação de peixes e crustáceos).
Henri Phillipe Reichstul, presidente da Petrobrás admitiu a existência de falha no projeto de instalação do oleoduto PE-2, fato este que acarretou no vazamento de óleo e que causou a contaminação do espelho d’água da Baía de Guanabara, com reflexos na fauna nectônica e plantônica; a contaminação das areias, costões rochosos, muros de contenção, pedras, lajes e muretas das Ilhas do Governador e de Paquetá; danos à vegetação de mangue existente no entorno da Ilha do Governador; danos a avifauna; danos à comunidade bentônica em função da sedimentação do óleo no fundo da Baía; prejuízo às atividades pesqueiras; drástica redução das atividades turísticas da Ilha de Paquetá; entre outros.
O vazamento atingiu também o manguezal, que fica sobre a proteção ambiental de Guapimirim, o que acabou afetando negativamente o ecossistema e associado à Mata Atlântica.
O derramamento de óleo faz com que surja um tipo de película que envolve as raízes do mangue, fazendo com que as plantas não consigam absorver oxigênio por suas raízes e fique ao mesmo tempo envenenada. Depois disso, o óleo desce para o fundo do mar e intoxicam faunas e floras, o óleo também mata caranguejos, peixes, moluscos e etc. A morte dessas espécies causa desequilíbrio tanto no ecossistema quanto na cadeia alimentar.
O presidente da Petrobrás admitiu a culpa e diz que irá tomar as medidas necessárias para que haja a recuperação total do ecossistema (CIOTTI, ET AL).
4. DANOS E ATITUDES TOMADAS PARA A RECUPERAÇÃO DA ARÉA
O vazamento de óleo na Baía de Guanabara afetou milhares de famílias que viviam da pesca e de outras atividades ligadas ao recurso hídrico da Baía, além de afetar várias espécies da fauna e flora local.
O óleo quando misturado com a areia formam-se pelotas que caem nas profundezas do oceano, já o óleo que é visto pela superfície quando exposto ao sol pode se decompor, a sua evaporação pode causar o aumento do efeito estufa.
Os animais em contato com o óleo, alguns morrem instantaneamente e outros sofrem com a falta de oxigênio na água, os peixes que são contaminados e outros animais que vivem no mesmo ambiente marinho sofrem com o envenenamento do óleo. As aves que pousam no ambiente afetado têm suas penas cobertas pelo óleo, podendo não conseguir voar mais e ter alteração da temperatura corporal.
Na pescaria ocorreu a queda de 70% de peixes pescados, pois o óleo atingiu a profundeza. As famílias que sobreviviam pela pesca enfrentam dificuldades até nos dias de hoje. As atividades turísticas que ocorriam pelas ilhas da baía obtiveram uma drástica queda.
A Petrobrás foi multada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) devido ao vazamento em R$35 milhões de reais, e destinou R$15 milhões para revitalização da baía, já 21 mil pescadores entraram na justiça buscando uma indenização, sendo a Feperj (Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro) a representante de 12 mil pescadores, buscava um ressarcimento em um período de 10 anos, porém a Petrobrás questionou e o número de indenizados foi de 120 pescadores.
A Petrobrás não pagou a indenização dos pescadores e utilizou o dinheiro cobrado para pagar os materiais utilizados pelos pescadores, que tiveram seu ambiente de lucro afetado pelo óleo. O Ministério Público Estadual também pediu um inquérito por crime ambiental segundo a lei, o custo da multa foi de R$5 mil por animais mortos.
O óleo que era visível na superfície da Baía foi limpo, porém grande parte do óleo foi para o fundo do mar. Já o grande número de aves e arvores como pau-brasil e cedro, que eram comuns na região, foram diminuídos assim como as árvores frutíferas e os peixes da Baía.
5. SITUAÇÃO ATUAL DA BAIA DE GUANABARA APÓS O VAZAMENTO DE 2000
O vazamento de petróleo que aconteceu em 2000 na baia de Guanabara, teve grande impacto sobre o meio ambiente e também aos pescadores que utilizavam o local como um meio de sobrevivência (pesca e turismo), onde foi prometida pela própria Petrobras a indenização aos mesmo que ainda não ocorreu devidamente, nenhum dos acusados como responsáveis pela catástrofe ambiental foi penalizado judicialmente.
Desde a época da catástrofe houve diversas intervenções de ONGs a fim de restaurar o que foi perdido da baia de Guanabara com retiradas dos lixos e replantação dos manguezais atingidos, mesmo assim a área não foi 100% restaurada, apesar da retirada do óleo superficial.
6. CONCLUSÃO
De acordo com estudos em sala, foi proposto um trabalho no qual será necessário escolher um tema relacionado ao que foi estudado ao longo do primeiro bimestre, este tema deve abordar assuntos relacionados ao meio ambiente.
O tema abordado foi o vazamento da baia de Guanabara, que aconteceu em 18/01/2000 devido uma falha na
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