Analise das Demonstrações Financeiras
Por: Carolina234 • 2/5/2018 • 2.187 Palavras (9 Páginas) • 293 Visualizações
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II - Críticas a análise de balanço
Como resumo a análise de balanço deve ser entendida a partir da responsabilidade básica da empresa em remunerar o capital de seus sócios, ou seja, a empresa deve gerar valor econômico e retornar o capital dos acionistas acima do valor de oportunidade do mercado garantindo a continuidade do negócio. Esse é um dos principais focos deste tipo de análise.
No entanto a análise de balanço, que se dá em sua maioria por cálculos, não é uma atividade que se encerra em si. Garantir, através de índices, a rentabilidade de um negócio é uma tarefa muito simplista. A análise de balanço deve ser crítica e incorporar uma visão mais ampla que a descrita nos relatórios contábeis. Como pressuposto esta análise requer que se conheça a empresa, as oportunidades de crescimento e ameaças, bem como suas estratégias e modelos de gestão, sua política de preços e outros aspectos da conjuntura e do mercado de atuação da empresa.
A maior complexidade de uma análise de balanço reside na indispensável necessidade de ser apurada toda sorte de informações e sintetizá-las em decisões a serem tomadas e/ou medidas a serem ministradas.
Essa complexidade pode ser entendida a partir da ideia de que uma análise de balanço pode exprimir uma gama de informações e direcionar os analistas a apurar uma série de indicadores que podem ou não ter correlação. Enquanto que ao utilizarem uma quantidade limitada e direcionada de índices apurados período a período e compará-los com os padrões de mercado atual e concorrentes pode expressar quais são os reais problemas merecedores de atenção especial.
A análise de balanço é uma ferramenta, que se bem manuseada pode se constituir em um excelente ‘painel de controle’ da administração permitindo uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como o diagnóstico do empreendimento revelando pontos críticos e facilitando a visualização de um esboço das prioridades para a solução de problemas.
É de importante utilização, também, para as pessoas que se relacionam ou pretendem relacionar se com a empresa, sejam eles usuários internos ou externos das informações financeira uma vez que uma análise de balanço pode trazer resultados bastante precisos quanto a situação da empresa.
III – EBITDA, EVA E MVA
EBITDA que é basicamente o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização é um dos indicadores financeiros para avaliação de desempenho financeiro de uma empresa. O EBITDA ganhou muitas críticas pois muitas vezes é definido como medida de geração de caixa da empresa, mas não é. O EBITDA é um bom indicador para avaliarmos a performance, mas não pode ser confundido com fluxo de caixa.
O EBITDA nada mais é do que o lucro líquido somado com os juros financeiros, impostos sobre renda, depreciação do período e amortização. Esse indicador serve como base para comparação entre empresas pois elimina de certa forma os efeitos do financiamento e decisões contábeis.
Depreciação e amortização são duas “despesas não caixa”, ou seja, mesmo registradas como despesa, não ocorre nenhuma saída de dinheiro. A decisão de como depreciar um ativo pode ser diferente de uma empresa para outra. O EBITDA elimina essa diferença pois a depreciação e a amortização são somadas de volta. A maior vantagem do EBITDA é que ele é muito fácil de calcular e é um indicador-chave de desempenho bastante utilizado por gestores. Porém, o EBITDA não pode servir como estimativa de geração de caixa da empresa, pois não considera variações no capital de giro nem investimento em ativo imobilizado. Sem considerar estes dois itens, não podemos enxergar o fluxo de caixa verdadeiro da empresa e o EBITDA fornecerá um resultado incorreto
O EBITDA ainda é um dos indicadores mais utilizados no mercado, provavelmente pela simplicidade do cálculo, ele é um indicador importante na comparação entre o desempenho de duas empresas com estrutura diferente de capital, porém não e pode esquecer suas limitações.
O MVA compara o valor de mercado de uma empresa, de capital aberto, com o quanto ela possui de capital investido no próprio negócio. Portanto, esse índice indica o quanto uma empresa gerou para seus investidores. Se o saldo for positivo, o acionista agregou valor ao seu investimento, ou seja, a diferença entre o valor de mercado da empresa e o capital próprio maximizado, valorizando suas ações; caso contrário, suas ações foram depreciadas.
O EVA avalia o retorno econômico gerado pela empresa. O índice corresponde ao saldo do lucro operacional após a dedução do custo de capital investido na empresa. Um resultado positivo demonstra que a empresa teve um retorno econômico positivo. Caso esse retorno tenha sido negativo, o índice também será menor do que zero.
IV – Aplicação dos indicadores questionados na etapa 1 com parecer sobre a viabilidade financeira da empresa analisada.
Empresa escolhida para análise: Arezzo indústria e comercio S.A.
[pic 1]
Balanço Patrimonial - Ativo*[pic 2]
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Balanço Patrimonial - Passivo*[pic 4]
*Informação disponível na página, aos investidores, da empresa. www.arezzoco.com.br / demonstrações financeiras
Índices de liquidez
Corrente:
A análise corrente nos permite observar que a empresa, em 2014, tinha para cada R$1,00 em dívidas, R$4,90 em ativos para pagar; enquanto que em 2015 para cada R$1,00 a pagar a empresa tinha R$2,81, o que representa uma redução na capacidade da empresa em honrar seu passivo circulante, porém sendo ainda um resultado muito positivo.[pic 5][pic 6]
Seca:
[pic 7][pic 8]
De acordo com a análise seca podemos afirmar que se fosse necessário que a empresa pague suas dívidas utilizando seu ativo circulante, e excluindo o estoque, ela teria em 2014 R$ 3,79 para pagar cada R$ 1,00 de passivo exigível; e em 2015 teria R$ 2.58 para o mesmo fim. Mantendo, ainda, um bom resultado.
Imediata:
[pic 9]
[pic 10]
De acordo com a liquidez imediata,
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