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ANÁLISE DE PRÁTICAS GERENCIAIS E AMBIENTAIS APLICADAS A UMA EMPRESA DO SETOR DE SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Por:   •  24/3/2018  •  4.774 Palavras (20 Páginas)  •  462 Visualizações

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de serviços elétricos, setor este que vem, na última década, passando por dificuldades estruturais e econômicas, fruto de decisões impensadas adotadas pelo Governo Federal, principalmente.

Cabe, portanto, a este trabalho, a aplicação dos conceitos citados acima a companhia estuda, considerando a instabilidade e o sucateamento do setor em que a mesma se encontra.

2. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS

É no momento do processo de privatização das companhias elétricas brasileiras, a partir do ano de 1998, combinado ao de terceirização dos setores-fins de companhias energéticas, como a Elektro, em 1999, que se iniciam os serviços da organização objeto deste estudo.

Fundada em cinco de novembro de 1999 no interior do estado de São Paulo, a empresa objeto de estudo consolidou-se como prestadora de serviços no setor elétrico. Além das divisões de manutenção e reforma de equipamentos para medição e distribuição de energia elétrica, executa, através de frota própria, a logística dos equipamentos.

Até o presente momento, com um quadro composto por cerca de duzentos colaboradores, a organização estudada tem como missão oferecer soluções integradas de manutenção em sistemas e equipamentos associados à energia elétrica. Sua visão consiste em ser uma empresa de referência no setor elétrico nacional pela qualidade, confiabilidade e inovação das soluções que oferece. Entre seus valores, a empresa destaca o respeito às “opiniões, ações, princípios, individualismo e diferenças como ferramentas essenciais ao crescimento”. A segurança no trabalho também é um valor por meio do qual se propõe a garantir a integridade física e moral do ser humano. Outro valor é a busca da qualidade, no sentido de atender as necessidades de prazo e atendimento aos, visando à sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental.

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A esta empresa, portanto, coube a aplicação dos conceitos que serão apresentados a seguir, visando identificar nas práticas ambientais adotadas o sucesso dos controles de resíduos por ela gerada, tal como a identificação de possibilidades de melhoria nos processos vigentes.

3. OBJETIVOS DE PESQUISA

Este estudo tem por finalidade a análise da aplicação dos conceitos de administração de recursos materiais e patrimoniais na empresa estudada, tal como a verificação aplicação de matemática aplicada nas rotinas financeiras e contábeis.

A tudo isso, leva-se em consideração os preceitos econômicos e de mercado para o setor de serviços, especificamente o setor de serviços de eletricidade.

Para a realização deste estudo, será apresentado, primeiramente, o referencial teórico que será considerado para a análise da empresa. Serão apresentados no referido tópico apenas as teorias que encontram aplicabilidade na empresa, de modo a cumprir com as normas do Projeto Integrado Multidisciplinar II.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Economia e mercado

4.1.1. O setor de serviços

O setor de serviços apresentou, no Brasil, até o início do segundo trimestre de 2012, crescimento do faturamento entre taxas de 1% a 6%, empregando até 3% a mais de força de trabalho que no mesmo período do ano anterior1, segundo pesquisa realizada pelo CEBRASSE (Central Brasileira do Setor de Serviço).

Em termos internacionais, o crescimento do setor de serviços tem sido destacado por estudiosos das mais variadas áreas. Em meados da década de 1950, a quantidade de trabalhadores neste setor representava menos de um terço da mão-de-obra em países desenvolvidos, contrastando os quatro quintos nestas mesmas

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nações no final da década de 1970 (PICELLI, 2012), demonstrando o acelerado ritmo de crescimento da economia de serviços e a sua representatividade na estrutura socioeconômica dos países.

Mesmo diante de tal expansão, a definição do termo “serviço” ainda parece não apresentar consenso. Por este motivo, considera-se importante abordar a evolução da concepção do termo.

A visão dos clássicos, diga-se Adam Smith e Marx Webber, quanto ao termo “serviço”, está baseada em suas teorias de valor-trabalho. Para Smith o valor só pode ser estabelecido pela materialidade do produto (assim sendo, a realização de serviços é improdutiva e pouco rentável). Marx vê a tangibilidade como um fator não

determinante para a produtividade ou rentabilidade, já que a compra e venda se dão

com base em uma relação social. A esse respeito ela afirma que “’um serviço nada

mais é que o efeito útil de um valor de uso, seja da mercadoria, seja do trabalho” (Marx, 1867, apud MEIRELLES, 2006).

Com a terminologia de “serviço” ganhando força a partir do ano de 1930, dois estudiosos da área econômica, Fisher e Clark, propuseram a primeira denominação a este setor, fragmentando a produção econômica em três grandes blocos:

1) Setor Primário, com foco no extrativismo;

2) Setor Secundário, focado na manufatura e;

3) Setor Terciário, que reúne a produção de serviços.

O termo “terciário” proposto por Fisher em 1935 (KON, 1999), carregava em sua essência, no contexto econômico daquele período, o sentido de uma atividade econômica de menor relevância em relação ao extrativismo e à manufatura, mercados intensos naquele momento. Posteriormente, somou a este sentido a diversificação proporcionada por este tipo de setor, caracterizada, fortemente, pelos serviços.

4.1.2. De setor de serviços elétricos

Financiado pelo Governo, e acompanhando as taxas de crescimento econômico brasileiro entre as décadas de 1950 a 1980, estava o setor elétrico, formado por grandes empresas verticalizadas responsáveis pela geração, transmissão e distribuição da energia elétrica (SAUER, 2002).

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Foi, no entanto, com a crise econômica que atingiu o Brasil nos anos 1980 que as empresas de eletricidade foram postas em xeque. Com o investimento do Estado limitado e reduzido e com a impossibilidade de geração de energia barata, como acontecia na década de 1970, o padrão estatal de distribuição de energia passou a requerer um aumento de sua eficiência econômica. Necessitava, para tal, incentivar a competição entre seus segmentos.

Essa competição só se daria com a privatização dos

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