A TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO
Por: Carolina234 • 13/8/2018 • 2.118 Palavras (9 Páginas) • 473 Visualizações
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Inspiração: habilitação concedida por Deus aos escritores que produziram os livros da Bíblia. Significa a atuação do Espírito de Deus no espírito de homens idôneos escolhidos especialmente para esse fim.
Diferença entre revelação e a êxtase grega:
- Para os gregos, o espírito deixava o corpo e vagava...
- Não há nas Escrituras um profeta extasiado e fora de si (no caso, não pode ser considerado o relato de Paulo em 2 Coríntios 12.3-4, pois já tinha sofrido muita modificação o conceito de vida após a morte em seu tempo).
= AUTORIDADE DAS ESCRITURAS HEBRAICAS (Cabtree, p. 53).
1. É a autoridade da verdade moral e religiosa, que transcende a esfera científica.
2. Certas partes não têm autoridade universal, mas serviram para orientar o povo do concerto em relação às outras nações, no período formativo de treinamento para receberem a revelação divina, livres das inferências das superstições e idolatrias dos povos vizinhos.
- Não fazem parte das verdades eternas e imutáveis das Escrituras. Essas partes tiveram autoridade limitada e temporária.
Exemplos: I. Temporárias: Lv. 16:8; 12:1-6 (ver Lv. 17:7; 20:27).
II. Imutáveis: Os dez mandamentos,
Alguns conceitos importantes:
TEOGONIA: doutrina do nascimento das divindades
Revelação para Israel – os Israelitas
O conhecimento de Deus nas Escrituras antecede a Lei de Moisés (Gn 35.7)
- Conhecimento de Deus = conduta ética. Um entendimento intelectual, um relacionamento pessoal e emocional. Obediência à Sua Aliança e Mandamentos Ver Jó (Jó 42 - conhecia só de ouvir. Ver ainda Jeremias 22.15-16)
- Deus jamais é totalmente visível ou completamente conhecido, principalmente no AT Só alguns ancestrais, profetas e poetas perceberam a proximidade de Deus. Iniciou-se, dessa forma, a mediação do desvendar de Deus.
ANTINOMIAS: Declarações aparentemente contraditórias, que, apresentadas juntas, explicam-se a sim mesmas.
1) Deus não pode ser conhecido
2) Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor
(Moisés - Êx. 33.20 – Os 6.3, Jr 30.21)
Arrepender
- Nm. 23:19, 1 Sm 15.29
- 1 Sm 15.11
III. TEOLOGIA BÍBLICA DE DEUS
1. Conhecimento de Deus
A Bíblia não explica em que sentido Deus pode ou não ser conhecido (Cabtree, 60).
Os homens do AT não presumiram conhecer Deus em Sua transcendência, nem especularam a respeito. Para os hebreus o conhecimento de Deus era o reconhecimento e entendimento dos planos e propósitos divinos e a obediência aos mandamentos.
Texto que confronta o dualismo: Dt 4.39 - “O Senhor é Deus em cima no céu e embaixo na terra; nenhum outro há.”
O ESPÍRITO DO SENHOR:
O conceito aparentemente passou por um processo de transformação no AT (Assopro: 2 Sm 22.16)
- Ruah Javé: 2 Sm 22.16 (vento nas narinas), Jó 4.9 (assopro de Deus); Sl 18.15 – inspira e controla os profetas.
- Ruah – aparece 87 vezes no AT, 37 vezes como agente de Deus, sempre forte, violento e às vezes destrutivo.
Deus cria o vento (Am 4.13) e o controla (Jó 28.25).
- Espírito de Deus – 2 Cr. 15.1; 24.20
- Espírito (teu) – Ne 9.20, 30
- Habilita – Jz 3.10; 6.34; 11.29
2. A Essência e os Atributos Naturais de Deus
1. A essência do Deus Vivo: O AT não se ocupa em definir Deus, mas apresenta várias características que lhe são peculiares.
a) Deus é Espírito (contrapondo-se aos ídolos, que têm corpo, forma) - Is 31.3; Êx 20.4, Gn 2.7; Sl 139.7-10; Sl 51.10-13.
b) Para o judeu, a presença do Espírito de Deus é a presença de Deus mesmo.
c) Deus vivo:
I. Sempre em contraposição aos deuses das nações (Js 3.10, 2 Rs 19.16-19, Os 1.10, 1 Sm 17.26; Jr 10.10
II. Como fonte de vida para os homens (Sl 84.1-2, Sl 42.1-2, Is 41.8-10).
3 – Os atributos naturais de Deus
a) Deus é Espírito – Vivo (Ex 20.4; Gn. 2.7; Jo 4.24; Is 31.3; Jr 10.10; 1 Sm 17.26, 36; Os 1.10)
b) Deus é Eterno (Sl 90.2; Is 57.15; Sl 102.27)
c) Deus é Imutável (Sl 102.25-27; Ml 3.6,2; Tm 2.13; Tg 1.17)
(A palavra arrependimento não pode ser aplicada a Deus no sentido que é aplicada aos homens, pois significaria um desconhecimento das consequências de um ato praticado. É melhor quando interpretado como uma antropopatia – atribuição de sentimento humano a Deus).
d) Os nomes de Deus (אלֹהִ֑ים Gen 1:1)
“Fá-lo-ei chegar-se, e ele se chegará a mim. Pois quem de sim mesmo ousaria se aproximar?”
“Seu caráter distinto reside em que a divindade não aparece relacionada com determinados lugares de culto, mas, sim, com pessoas que foram as primeiras a vivenciá-lo”
I - O nome é estritamente pessoal. Denota o caráter de seu possuidor e gera maior intimidade (Êx 6.3: “Fui conhecido como El Shaddai, mas pelo meu nome Yahweh não fui conhecido”).
II - Ao se revelar pelo Nome, Deus escolhe ser descrito como “O Definível”, “O Indivíduo”. Isso leva a fé israelita a opor-se ao conceito abstrato de divindade. Os equívocos místicos são rejeitados.
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