A Produção de Conhecimento
Por: Salezio.Francisco • 5/12/2017 • 1.462 Palavras (6 Páginas) • 317 Visualizações
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A competência intercultural pressupõe o respeito às pessoas pertencentes a outras filiações culturais em seus direitos humanos inalienáveis, considerando sempre a dignidade e igualdade de todas as pessoas.
Entretanto, há limites éticos sobre o respeito que deve ser dada às ações. As atitudes que violam os princípios fundamentais dos direitos humanos, tais como a democracia e o estado de direito, não devem ser aceitas em nome da diferença cultural.
Design instrucional
São comuns dúvidas, indefinições ou imprecisões quando muitos tentam encontrar caminhos ou respostas para problemas dessa natureza.
A concepção e implementação de processos de design instrucional (DI) apresenta respostas para questões dessa natureza quando disponibiliza modelos de referência com etapas bem definidas para projetar e implementar ações em estratégias de ensino- aprendizagem.
No entanto, como as modalidades educacionais (blended learning, educação a distância ou presencial) podem apresentar diferentes interlocutores em diferentes momentos de preparação de cursos ou estratégias educacionais, com base na observação da prática de processo de DI, iremos destacar algumas contribuições de
Filatro (2008) sobre modelos de DI.
A definição de um processo de DI é denominado como fixo ou fechado quando as atividades de concepção (design) e execução (implementação) são visivelmente separadas e quando se observa a necessidade de um planejamento criterioso, que necessariamente não precisa ser executado por um mesmo profissional. Exemplo: um profissional DI poderia conceber um determinado curso, antecedendo a ação de ensino-aprendizagem que será realizada por outros profissionais (professores, tutores) em outro momento.
Sobre esse modelo, no qual as etapas são bem definidas, normalmente o profissional de DI é que irá tomar decisões a respeito das estratégias de aprendizagem e dos fluxos que serão implementados. Ele próprio irá interagir com os objetivos do curso, o público-alvo, os professores e a equipe pedagógica a fim de desenvolver processos de instrução programada ou projetar uma solução pré-elaborada, que não será alterada pelos executores no momento de sua disponibilização.
Uma das frequentes aplicações do modelo de DI fixo é quando temos a necessidade de desenvolvimento de cursos para grandes massas populacionais; porém, para que esse processo aconteça de forma eficiente, é necessário um alto investimento inicial em conteúdos muito bem elaborados e instruções programadas com os melhores recursos possíveis e, preferencialmente, de forma a explorar de maneira eficiente as faculdades e os recursos que nos apresentam as TICs.
De outro modo, observamos também processos de DI mais livres ou abertos
– DI aberto, no momento em que se admite que o design possibilita que a ação de concepção aconteça durante o processo educacional. Nesse sentido, é possível que educadores, durante o processo de ensino-aprendizagem, venham a elaborar os próprios artefatos, de forma a não necessitar de uma pré-elaborarão de todo o processo com antecedência e valorizando as ações que acontecem durante o processo educacional.
Ao final, o equilíbrio entre as etapas de concepção, implementação e execução permite a combinação dos dois modelos anteriores, de forma a possibilitar a oferta de cursos que tenham um processo de planejamento mais sólido na sua concepção e elaboração, mas que tenham flexibilidade de alterações durante o processo educacional, o que iremos considerar como um processo de DI contextualizado.
Nas instituições educacionais, observamos geralmente que o planejamento não é uma realidade de muitos projetos, o que muitas vezes encarece a concepção do projeto do ponto de vista de sua gestão e nem sempre apresenta as melhores alternativas pedagógicas. Dessa forma, independentemente da estratégia a ser utilizada, é necessário o mínimo de planejamento, o que em muitas soluções justifica um processo de design instrucional contextualizado (DIC).
Dessa forma, é interessante também destacarmos que a escolha do melhor modelo de DI dependerá dos objetivos do processo de formação explícitos normalmente em projetos pedagógicos ou outras fontes de informação, como metas estratégicas de capacitação, muito utilizadas em contextos de educação corporativa.
Uma das primeiras orientações, nesse sentido, é que o orientador acadêmico venha a conhecer a proposta pedagógica do curso em que será inserido.
A proposta pedagógica deverá revelar aspectos importantes no contexto da atividade de orientação, incluindo a postura do orientador na etapa de execução da solução educacional em questão.
Baseada na análise da proposta pedagógica, a atividade de tutoria ou orientação acadêmica poderá ser mais intensa, no sentido de acompanhamento dos aprendizes ou, até mesmo, com atividades adicionais.
No sentido de atividades de acompanhamento, iremos novamente resgatar as contribuições de Neder (2009) sobre a atividade de tutoria ou orientação acadêmica.
O orientador ou tutor deverá:
a) auxiliar o aluno em seu processo de estudo, orientando-o individualmente ou em pequenos grupos;
b) estimular o aluno a ampliar o seu universo
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