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A MULHER AMAPAENSE CHEFE DE FAMILIA

Por:   •  22/12/2017  •  5.001 Palavras (21 Páginas)  •  309 Visualizações

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Nessa perspectiva, muitas são as necessidades e a priorização se faz necessária. Mais que isso, nessas circunstâncias, o trabalho passa a ser encarado como uma necessidade extrema, um sacrifício necessário para guiar e manter a unidade familiar.

Esse tema foi escolhido por ser um dos campos em que atua o serviço social e para contribuirmos para o enriquecimento do nosso saber, discutindo sobre uma realidade que em nosso país se faz tão necessária, em virtude do numero de famílias que crescem sendo chefiadas por mulheres que exercem dupla jornada de trabalho, acumulando a função de mãe e pai. O objetivo geral deste trabalho é investigar a prática da mulher provedora de família e as suas dificuldades diárias, relacionando-se com o desenvolvimento recente da mulher no mercado de trabalho e com a formação social dos papeis tradicionais definidos para homens e mulheres.

Apesar de as mulheres vierem alcançando, gradativamente, espaço mais qualificados no mercado de trabalho, algumas áreas permanecem bem menos favoráveis para elas. Tal fato parece refletir a persistências de padrões de comportamento na sociedade que envolvem discriminação contra a mulher nos cargos de maior poder e decisão e maior dificuldade em compatibilizar as atribuições familiares, que continuam a ser predominantemente femininas, ao exercício deste tipo de profissão, que normalmente requer maior comprometimento devido a jornadas mais longas, viagens cursos, etc...

Essas questões dificultam a aceitação da mulheres nesses postos por parte dos contratantes. Isso também pode ser considerada a entrada relativamente recente das mulheres no mercado de trabalho, o que acarreta diferenças de tempo de experiências e qualificação das mulheres em relação aos homens. Uma das características mais notáveis desse movimento é o aumento de ocupações que envolvem maior escolaridade, responsabilidade e salários.

O presente trabalho esta organizado da seguinte forma: um pouco da história, a evolução da mulher no mercado de trabalho, a busca da qualificação profissional e a desigualdade em relação a rendimentos (salários) e vários dados estatísticos em relação da mulher assumindo o papel de provedor.

No desenvolvimento do trabalho tivemos a oportunidade de conhecer de perto a prática da mulher provedora de família e compreender melhor suas dificuldades diárias, comparar o processo de evolução da mulher no mercado de trabalho. Estas realidades, conhecidas por intermédio de uma abordagem qualitativa tivemos a chance de ter visão da disparidade de realidades, que passaram a fazer parte de nossa vida.

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2 A EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Esta pesquisa tem o objetivo de recuperar a presença da mulher na história, traçando um esboço de sua condição e de suas lutas. Ao acompanhar a evolução feminina no mercado de trabalho nos séculos passados, constata-se que houve profunda mudança. As mulheres deram um salto importante rumo ao sucesso, o que oportunizou uma série de conquistas sociais, políticas, econômicas e até mesmo pessoais.

No decorrer da história um fator histórico que impulsionou a entrada das mulheres no mercado de trabalho foi as I e II Guerras Mundiais, quando os homens foram para as frentes de batalha e as mulheres passaram a assumir os negócios da família e os cargos masculinos no mercado de trabalho. A atuação da mulher no campo social é marcada pelo silêncio e discriminação que se concretizou em diferentes formas: nas atividades profissionais, na educação, pela família, nas responsabilidades sociais e na sexualidade.

Na maioria dos casos, as funções femininas eram cuidar da casa, do marido e reproduzir. Somente mulheres de condição social superior aprendiam a ler e escrever, já o homem executava todas as outras funções.

Mas a guerra acabou. E com ela a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.

As convenções do início do século ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para trás a partir da década de 70 quando as mulheres foram conquistando um espaço

maior no mercado de trabalho.(PITANGY,1991 apud ALVES)

Com a consolidação do sistema capitalista no século XIX, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Mesmo com estas conquistas algumas explorações continuaram a existir. Através da evolução dos tempos modernos as mulheres conquistaram seu espaço. As estatísticas apontam que há mais mulheres do que homens no Brasil. Mostram também que elas vêm conseguindo emprego com mais facilidades e que seus rendimentos crescem a um ritmo mais acelerado que os homens. Com todas estas evoluções da mulher no mercado de trabalho, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continua existindo muito preconceito e discriminação, mas principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Hoje, a presença das mulheres nesse mercado é expressiva e um contingente significativo de mulheres sustenta a casa, os filhos e, às vezes, também os maridos, embora sofram muitas discriminações se comparadas aos homens. Mudanças recentes na legislação civil permitem que as mulheres sejam reconhecidas como “chefes de família”, designação antes reservada somente aos homens. (CARRARA ET AL, 2009)

Com todas estas evoluções da mulher no mercado de trabalho, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continua existindo muito preconceito e discriminação, mas principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Nem tudo é fácil no mercado laboral e, por isso as mulheres ainda precisam lidar com alguns desafios diários. Elas enfrentam algumas barreiras adicionais para ascender a cargos mais elevados, ou seja, a dura realidade exige outras qualidades nas mulheres trabalhadoras.

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