A IMPORTÂNCIA DA ESTERILIZAÇÃO DE MATÉRIAS ESTÉTICOS
Por: Hugo.bassi • 24/6/2018 • 2.584 Palavras (11 Páginas) • 503 Visualizações
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Conhecimento técnico, o uso de cosméticos de boa qualidade e procedência, atendimento personalizado são apena algumas características que fazem um profissional se destacar no mercado. É importante que o profissional da estética também dê prioridade aos cuidados primordiais de higiene, manuseio e preservação de produtos, materiais e equipamentos que constam no ambiente de trabalho.
Segundo consta no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, biossegurança significa:
Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente (ANVISA, 2016).
2.2 O AMBIENTE E A TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES
Conforme relata Rutala (2004), as áreas limpas e desinfetadas conseguem diminuir em media 99% o número de microrganismos e bactérias, enquanto as superfícies que foram somente limpas os reduzem somente em 80%.
A transmissão de fatores infecciosos pode ocorrer de forma direta, aquela resultante do contato físico ou indireta, que ocorre através de instrumentos contaminados ou pela infecção através de outros microrganismos de uma pessoa ou objeto para outra resultando em infecção (RAMOS, 2009).
As mãos dos profissionais de saúde podem ser agentes transportadores de infecções quando entram em contato com áreas, instrumentos ou produtos contaminados, posteriormente contaminando clientes ou outras superfícies. (ANSI/AAMI, 2006).
Conforme Garner (1996) e Oliveira (2005), outros fatores que favorecem a contaminação são manuseio de áreas úmidas ou molhadas, manuseio de regiões empoeiradas, situações instáveis de revestimentos e manuseio de matéria orgânica.
2.3 DESINFECÇÃO E HIGIENIZAÇÃO
2.3.1 Higienização das mãos
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. (...) O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos (ANVISA, 2016).
A ANVISA recomenda higienizar as mãos da seguinte forma:
- Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia;
- Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
- Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si;
- Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice-versa) entrelaçando os dedos;
- Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais;
Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem;
- Esfregue o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda (e vice-versa), utilizando movimento circular;
- Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha (e vice-versa), fazendo movimento circular;
- Esfregue o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita (e vice-versa), utilizando movimento circular;
- Enxágüe as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira;
- Seque as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
2.3.2 Higienização de instrumentos de trabalho
Seja qual for o ambiente, nos encontramos constantemente em contato com poeira e sujeiras em geral, originários do ar, solo e do próprio homem. Simultaneamente com elas estão diversos micro-organismos, tais como fungos, bactérias, vírus, etc. Se estes mesmos micro-organismos entrarem em contato com um cosmético, a água, os fragmentos e as matérias-primas existentes em sua estruturação podem auxiliar como de fonte de desenvolvimento para sua proliferação (BUONA VITA, 2016).
Sendo assim, deve-se evitar entrar em contato direto com o produto do recipiente. O correto é utilizar instrumentos devidamente limpos e assépticos ou descartáveis para retirar o produto da sua embalagem.
Dessa forma se vê necessário a limpeza de instrumentos e ambientes de trabalho removendo sujidades e matérias orgânicas, tais como micro-organismos de superfícies e objetos através de água, detergente e ação mecânica conforme relata Teixeira e Valle (1996), podendo ser realizada com o auxilio de escovas, esponjas e panos.
Segundo o Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfícies (2010), para uma limpeza e desinfecção adequadas de ambientes de trabalho, devem ser seguidas as seguintes orientações:
- Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó.
- Utilizar a varredura úmida, que pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos.
- Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar.
A ANVISA descreve que limpeza e higienização dos ambientes são:
Os procedimentos de limpeza e desinfecção (PLD) de superfícies e ambientes consistem na remoção das sujidades e aplicação de produtos saneantes domissanitários. Tais procedimentos visam garantir condições higiênico-sanitárias satisfatórias em portos, aeroportos, fronteiras e meios de transportes que circulam nestes locais, sendo sua orientação e fiscalização executadas pela autoridade sanitária federal (ANVISA, 2010).
O cosmético para ser eficaz não necessita ser totalmente livre de contaminantes, porém é indispensável que o ambiente esteja o mais higienizado e descontaminado possível, sendo imprescindível minimizar a quantidade microbiana, mas não eximido de micro-organismos. Para que isso ocorra, pode-se utilizar álcool 70% para assepsia de instrumentos, materiais ou da pele. Porém, este
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