1º PEÇA - Primeira instrução

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O Companheiro maçom deve elevar seus pensamentos para além do individual e se compreender não como uma gota no oceano, mas como o oceano inteiro, ou seja, não somos parte da sociedade, nós somos a sociedade toda: nem os limites de nossa pele, nem os limites do templo, ou dos templos maçônicos, devem nos separar, ou mediar nossas relações com o que está a nossa volta. Se em algum momento nós fechamos no templo para realizarmos nossos trabalhos, é para voltarmos fortalecidos para o lugar do qual nunca saímos, pois se éramos livres e de bons costumes, continuamos a sê-lo.

Daí pode vir a pergunta daqueles que ainda não compreenderam o que estamos tratando aqui: “mas então o que mudou”? Fomos iniciados e elevados; deixamos muitas vezes nossos lares e nossos familiares participar de inúmeras sessões das mais diversas naturezas, sempre obedecendo a sua ritualística prenhe de ensinamentos; tudo isso para continuarmos buscando nosso desenvolvimento.

Se retomarmos o que dissemos acima sobre o que o caminho maçônico nos ensina, ou seja, que nós não somos indivíduos que fazem parte do todo e sim somos o todo, o desenvolvimento que alcançamos não é para nós individualmente, nem para nossa loja, ou para a Maçonaria e sim para toda a humanidade. Desta forma, podemos continuar respondendo a pergunta sobre o que mudou dizendo: aprendemos a ser discretos e a valorizar nossa liberdade, pois nossos pensamentos e nossas ações não são somente bens pessoais, mas antes de tudo o reflexo de uma construção coletiva árdua, cotidiana e discreta que entre irmãos, durante a realização de nossos trabalhos, aprimoramos para emaná-la em todos os outros papéis sociais que cumprimos: pai, filho, amigo, colega de trabalho, cidadão, homem e etc.

Ap∴ M∴ Alan Pinho da Silva.