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Resenha a arma escarlate

Por:   •  25/2/2018  •  1.292 Palavras (6 Páginas)  •  343 Visualizações

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escarlate. Hester, então, decide falar com Dimmesdale, e, para tal, o encontra de surpresa, já que o reverendo voltava de uma viagem. No encontro, Prynne revela toda verdade a reverendo, inclusive dizendo a identidade do seu marido, e o perigo dele destruir o clérigo. Em suma, Prynne convence Dimmesdale a partir com ela e Pearl para a Europa, e combina com um navio de transportá-los secretamente à Europa, dali há quatro dias.

O reverendo, após uma pregação de sermões, revela toda verdade à comunidade e, em seguida, morre, deixando todos perplexos. Na ocasião, estavam Hester, Pearl e Chillingworth.

Chillingworth, perdendo sua vontade de vingar-se, morre pouco tempo depois; e deixa para Pearl uma grande soma em dinheiro. É sugerido que Pearl usa isso para ir para a Europa, e direcionar sua vida. Vários anos depois, Hester volta para sua antiga casa, e passa a oferecer apoio para mulheres que sofressem a mesma situação que ela. Quando ela morre, é enterrada próxima ao túmulo de Dimmesdale, partilhando juntos a letra escarlate.

APRECIAÇÃO DA OBRA:

"O público tem um temperamento despótico, é capaz de renegar a simples justiça, quando esta é exigida com demasiado fervor, mas, com a mesma frequência, concede mais do que a justiça ao ouvir o apelo, tal como os déspotas que adoram ver tudo feito conforme a própria generosidade. Ninguém pode, por muito tempo, ter um rosto para si mesmo e outro para a multidão, sem no final confundir qual deles é o verdadeiro” – Prynne.

Não há como deixar de conectar o enredo, que retrata os preconceitos religiosos de uma época antiga, com a luta pelos direitos das mulheres, tão presente na atualidade. Conhecidas como ‘feministas’, as mulheres lutam por uma sociedade onde elas sejam vistas de igual para igual, em relação aos homens, quebrando visões tradicionais e preconceituosas, costumes arcaicos e temíveis, que as repreendem psicologicamente e às vezes fisicamente.

"A alma contempla seu rosto no espelho do instante que passa." Hester chega a ser usada de exemplo nos sermões da igreja, tornando a representação do pecado na Terra. É um absurdo a sociedade ter, ao longo dos anos, repreendido tanto a figura feminina.

A crítica o que Hawthorne expressa em sua obra é tocante e surpreendente. Ao expor o preconceito de uma sociedade que desconta no pecado alheio o horror aos próprios erros e o medo do julgamento divino, o autor consegue representar de maneira singular as falhas, angústias e misérias da alma humana. Impossível não se comover com a história da mulher da letra escarlate, que leva o leitor a diversas reflexões a respeito de uma religião opressora e uma época impiedosa. Afinal de contas, não há certa semelhança com o que ainda existe nos dias de hoje? Quem possui a moral de julgar o que realmente é certo ou errado nesse mundo?

Interessante observar como o coração de Hester era bom, lembrando que ela só seguiu uma paixão por achar que o marido tinha sido morto pelos índios. E é um exemplo para todos nós o exercício da alteridade que tem essa mulher, caridosa, que ajuda o seu próximo, lutando por uma sociedade mais justa, em todos os sentidos.

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