A EXTENÇÃO RURAL

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Os serviços prestados pela ATER devem ser executados de maneira participativa, os agentes devem ouvir os agricultores familiares e estimula-los ao uso sustentável dos recursos da região, além de conscientiza-los sobre a importância da sustentabilidade. Para Paulo Freire a falta de diálogo dificulta a reflexão e a apropriação de conteúdo, tornando-se assim difícil transformar a informação em conhecimento útil para quem recebe. A intervenção dos agentes de ATER deve ocorrer deforma democrática, adotando metodologias participativas e uma pedagogia construtivista, tendo sempre como ponto de partida a realidade e o conhecimento local, trazendo como centro o fortalecimento da agricultura familiar através dos princípios da Agroecologia.

O profissional que atua na extensão rural, deve analisar os agrossistemas presentes na área, para garantir a sustentabilidade do manejo. Segundo Caporal e Costabeber (2004), a agroecologia nasceu como um novo enfoque científico, capaz de dar suporte a uma transição a estilos de agriculturas sustentáveis e, portanto, contribuir para o estabelecimento de processos de desenvolvimento rural sustentável.

A política de ATER voltada para a agricultura sustentável, tem como ponto de vista a agroecologia, que tem como base uma junção dos agroecossistemas, capazes de atender, de maneira integrada, os seguintes critérios: baixa dependência de insumos comerciais; utilização dos impactos benéficos ou benignos do meio ambiente local; aceitação e/ou tolerância das condições locais, antes que a dependência da intensa alteração ou tentativa de controle sobre o meio ambiente, ou seja , modificar ao mínimo o terreno; manutenção a longo prazo da capacidade produtiva; preservação da diversidade biológica e cultural; utilização do conhecimento e da cultura da população local; e produção de mercadorias para o consumo interno e para a exportação.