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Origem e características dos efluentes industriais

Por:   •  5/9/2018  •  1.827 Palavras (8 Páginas)  •  352 Visualizações

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Como funciona o tratamento de efluentes industriais, os tratamentos são indicados de acordo com o ramo de cada empresa e seus agentes contaminantes. Só as pessoais especializadas podem avaliar e realizar a coleta de amostra para identificar a carga orgânica e a carga toxica dos efluentes.

As características físicas, químicas e biológicas do efluente industrial são variáveis com o tipo de indústria, com o período de operação, com a matéria-prima utilizada, com a reutilização de água etc. Com isso, o efluente líquido pode ser solúvel ou com sólidos em suspensão, com ou sem coloração, orgânico ou inorgânico, com temperatura baixa ou elevada. Entre as determinações mais comuns para caracterizar a massa líquida estão as determinações físicas (temperatura, cor, turbidez, sólidos etc.), as químicas (pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, metais etc.) e as biológicas (bactérias, protozoários, vírus etc.).

O conhecimento da vazão e da composição do efluente industrial possibilita a determinação das cargas de poluição / contaminação, o que é fundamental para definir o tipo de tratamento, avaliar o enquadramento na legislação ambiental e estimar a capacidade de autodepuração do corpo receptor. Desse modo, é preciso quantificar e caracterizar os efluentes, para evitar danos ambientais, demandas legais e prejuízos para a imagem da indústria junto à sociedade.

Os efluentes em sua em sua maioria estão subdivididos em efluentes industriais e domésticos, porém existem outras divisões desses resíduos.

Efluentes gasosos

Chaminés industriais são os maiores emissores deste tipo. Seus níveis de emissão foram determinados pelo famoso "Protocolo de Kioto". Os efluentes gasosos são liberados em maiores quantidades em áreas urbanas industriais devido à ação, principalmente, da indústria e da liberação de gases pelos veículos automotores.

Efluentes líquidos

Este tipo de efluente tem origem em diversas fontes. Abaixo algumas dessas.

Domésticos: São caracterizados por portarem uma grande quantidade de material orgânico, pois são compostos de fezes, resto de comida, etc. Trazem ainda uma carga poluente por virem contendo produtos químicos como os de limpeza;

Industriais: Sua composição varia de acordo com o ramo da indústria que o libera. Por exemplo, indústrias agrícolas e alimentícias são ricas em matéria orgânica. Por outro lado, outros ramos da indústria produzem efluentes ricos em diversos compostos químico-tóxicos;

Agrícolas: Decorrem das atividades agrícolas. Ricos em nitrogênio, fósforo e enxofre, por conta dos adubos e agrotóxicos utilizados em plantações.

De duas formas principais, os poluentes agrícolas atingem as águas: penetrando no solo e alcançando o lençol freático e quando levado pelas águas da chuva que lavam os solos contaminados por tais;

Pluviais urbanos: Possuem mecanismo fácil de ser entendido. A água das chuvas que ocorrem nos centros urbanos lava o ambiente das cidades, trazendo consigo os poluentes presentes nestas. Poluentes estes como fuligem, compostos de carbono liberados por carros, dentre outros;

Depósitos de resíduos sólidos: Os lixões, como são popularmente conhecidos os depósitos urbanos de resíduos sólidos, produzem um composto concentrado de matéria orgânica e com grande potencial poluente: o chorume.

Algumas técnicas podem ser usadas para o tratamento de efluentes, com o intuito de diminuir seu teor poluente. Entre elas seguem algumas.

Gradeamento: separação, por meio de grades, do material efluente mais grosseiro;

Sedimentação: também, uma separação do material, porém orientada pela diferença de densidade existente entre eles (os mais "pesados" concentram-se no fundo, uma vez que os mais "leves", na superfície);

Equalização e correção do Ph: equilibra-se o Ph do efluente antes dele ser liberado numa massa de água ou esgoto;

Flotação: remoção de substâncias coloides.

Processos de tratamento

Os processos de tratamento utilizados são classificados de acordo com princípios físicos, químicos e biológicos:

Processos físicos: dependem das propriedades físicas do contaminante tais como, tamanho de partícula, peso específico, viscosidade, etc. Exemplos: gradeamento, sedimentação, filtração, flotação, regularização/equalização, etc.

Processos químicos: dependem das propriedades químicas dos contaminantes o das propriedades químicas dos reagentes incorporados. Exemplos: coagulação, precipitação, troca iônica, oxidação, neutralização, osmose reversa, ultra filtração.

Processos biológicos: utilizam reações bioquímicas para a eliminação dos contaminantes solúveis ou coloidais. Podem ser anaeróbicos ou aeróbicos. Exemplo: lodos ativados, lagoas aeradas, biodiscos (RBC), filtro percolador, valas de oxidação, reatores sequenciais discontinuos (SBR).

O tratamento físico-químico apresenta maiores custos, em razão da necessidade de aquisição, transporte, armazenamento e aplicação dos produtos químicos. No entanto, é a opção mais indicada nas indústrias que geram resíduos líquidos tóxicos, inorgânicos ou orgânicos não biodegradáveis.

Normalmente, o tratamento biológico é menos dispendioso, baseando-se na ação metabólica de microrganismos, especialmente bactérias, que estabilizam o material orgânico biodegradável em reatores compactos e com ambiente controlado. No ambiente aeróbio são utilizados equipamentos eletromecânicos para fornecimento de oxigênio utilizado pelos microrganismos, o que não é preciso quando o tratamento ocorre em ambiente anaeróbio.

Apesar da maior eficiência dos processos aeróbios em relação aos processos anaeróbios, o consumo de energia elétrica, o maior número de unidades, a maior produção de lodo e a operação mais trabalhosa justificam, cada vez mais, a utilização de processos anaeróbios. Assim, em algumas estações de tratamento de resíduos líquidos industriais estão sendo implantadas as seguintes combinações:

- Unidades anaeróbias seguidas por unidades aeróbias;

- Unidades anaeróbias seguidas de unidades físico-químicas.

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