O Projeto Integrador
Por: Sara • 20/3/2018 • 3.062 Palavras (13 Páginas) • 558 Visualizações
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Resgatando a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem, compreendendo a importância da formação integral do aluno analisando o relacionamento afetivo entre professor e aluno.
- Afetividade
Afetividade define a qualidade que abrange todos os fenômenos afetivos. É um termo que deriva da palavra afetivo e afeto.
A afetividade tem um papel fundamental no processo de aprendizagem do ser humano, porque está presente em todas as áreas da vida, influenciando profundamente o crescimento cognitivo.
A afetividade induz o ser humano a revelar os seus sentimentos em relação a outros seres e objetos. Através da afetividade, as pessoas conseguem criar laços de amizade entre elas e até mesmo com animais irracionais, isto porque os animais também são capazes de demonstrar afetividade uns com os outros e com os seres humanos.
O psicólogo francês Henri Wallon foi um dos grandes pensadores que abordou o conceito de afetividade. Segundo Wallon, a inteligência não é o elemento mais importante do desenvolvimento humano, mas esse desenvolvimento dependia de três vertentes: a motora, a afetiva e a cognitiva. Assim, a dimensão biológica e social eram indissociáveis, porque se complementam mutuamente. A evolução de um indivíduo não depende somente da capacidade intelectual garantida pelo caráter biológico, mas também do meio ambiente que também vai condicionar a evolução, permitindo ou impedindo que determinadas potencialidades sejam desenvolvidas. A afetividade surge nesse meio e tem uma grande importância na educação.
Jean Piaget, Henri Wallon e Lev Vygotsky, famosos autores e especialistas na área da educação, concederam à afetividade uma elevada relevância no processo pedagógico.
De acordo com Piaget e Wallon, o desenvolvimento ocorre através de vários estágios, e nesses estágios, a inteligência e a afetividade vão alternando em termos de importância. No primeiro ano de vida de uma pessoa, a afetividade é predominante, pois o bebê se usa dela para se exprimir e interatuar com o mundo envolvente.
No entanto, a afetividade não é importante apenas nessa fase. A afetividade determinará o tipo de relacionamento entre o professor e aluno, o que terá um grande impacto na forma como o aluno adquire novos conhecimentos.
Durante muitos anos, o aspecto cognitivo tem sido o principal alvo da atenção, e a evolução da área afetiva é frequentemente esquecida, o que impede o aluno de atingir o seu máximo potencial.
- Aprendizagem
Aprendizagem é um método relacionado com o ato ou efeito de aprender. A aprendizagem estabelece ligações entre certos estímulos e respostas equivalentes, causando um aumento da adaptação de um ser vivo ao seu meio envolvente.
Sendo um fenômeno que faz parte da pedagogia, a aprendizagem é uma modificação do comportamento do indivíduo em função da experiência. A aprendizagem escolar se distingue pelo caráter sistemático e intencional e pela organização das atividades (estímulos) que a desencadeiam, atividades que se inserem em um quadro de finalidades e exigências determinadas pela instituição escolar.
A investigação psicológica sobre a aprendizagem e as teorias que daí surgiram, tiveram forte repercussão na pedagogia, contribuindo para a decadência do ensino tradicional. O ponto central do processo de ensino-aprendizagem passou a ser a atividade do aluno enquanto agente da sua aprendizagem, deixando, assim, de ser o agente passivo do ensino ministrado pelo professor.
As dificuldades de aprendizagem resultam tanto de um funcionamento deficiente da escola como são devidas a fatores de ordem psicológica ou sócio afetivos. As deficiências sensoriais e físicas (visual, auditiva, motora) e as perturbações fisiológicas originam tipos específicos de dificuldades na aprendizagem.
A possibilidade ou disposição de aprendizagem depende do nível de desenvolvimento desses mecanismos e é determinada pelo número de neurônios disponíveis.
Jean Piaget apresentou uma distinção entre aprendizagem e desenvolvimento, afirmando que muitas pessoas confundem os dois conceitos. De acordo com o epistemólogo suíço, o desenvolvimento está relacionado não só ao desenvolvimento físico, mas também se refere ao sistema nervoso e às funções mentais, estando relacionado com a embriogênese e às estruturas do conhecimento.
O conceito de aprendizagem é mais simples, pois acontece através de um intermediário (professor), sendo um processo limitado a uma estrutura mais simples que o desenvolvimento.
Educar não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho a trilhar que o professor julga ser o certo. Educar é ajudar o aluno a tomar consciência de si mesmo, dos outros, da sociedade em que vive e o seu papel dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar ao outro com seus defeitos e qualidades.
Muitos autores vêm, ao longo da história, defendendo que o afeto é indispensável para o ato de ensinar. Embora os fenômenos afetivos sejam de natureza subjetiva, isso não os torna independentes da ação do meio sociocultural, pois pode-se afirmar que estão diretamente relacionados com a qualidade das interações e relações entre sujeitos, enquanto experiências vivenciadas.
Rubem Alves (2000) enfatiza que o professor, aquele que ensina com alegria, que ama sua profissão, não morre jamais. Ele diz:
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” (ALVES, 2000 p.5)
Em sala de aula tenta-se descobrir qual é o papel do professor, direcionando o olhar para a relação que se desenvolve entre professor e aluno.
As interações em sala de aula são construídas por um conjunto de variadas formas de atuação, que se estabelecem entre partes envolvidas, a mediação do professor em sala de aula, seu trabalho pedagógico, sua relação com os alunos, tudo faz parte desse papel. A afetividade não se limita a carinho físico, muitas vezes se dá em forma de elogios superficiais, ouvir o aluno, dar importância às suas idéias. É importante destacar essa forma de afetividade, pois às vezes nem percebemos que pequenos gestos e palavras são maneiras de comunicação afetiva.
SILVA (2001) enfatiza a importância do professor para que os alunos sintam-se mais seguros,
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