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Arenas Olimpiadas Rio

Por:   •  19/11/2018  •  2.384 Palavras (10 Páginas)  •  467 Visualizações

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Das instalações, quatro estão sob administração do governo federal: as arenas 1 e 2, o Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis. Em busca de dinheiro para a manutenção dos equipamentos esportivos, orçamento para treinamento de atletas, competições esportivas e até realização de shows, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) - responsável por essas unidades e vinculada ao Ministério do Esporte - tenta o apoio da iniciativa privada, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), que está sendo elaborada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), porém sem data para sair.

Segundo o ministro do Esporte, Leonardo Picciani:

“O nosso planejamento é fazer a concessão até o segundo semestre do ano que vem. Essa é a meta traçada com o BNDES”.

Para tanto são necessários R$ 45 milhões para custeio, manutenção, limpeza e segurança. De acordo com o ministro, os equipamentos têm sido usados para sediar eventos ligados a programas sociais, que atendem crianças e adolescentes.

Um fato ocorrido na madrugada do dia 30/07, foi um incêndio no Velódromo, que atingiu o teto da instalação. A unidade, que tinha programação agendada, precisou ser fechada para reparos. As causas do incêndio estão sendo investigadas, mas, a princípio pode ter sido provocado pela queda de um balão. Atualmente, são gastos R$ 11 milhões para a manutenção do local, incluindo a refrigeração necessária para a pista de madeira siberiana.

Segundo o do Esporte, Leonardo Picciani, rebatendo críticas de que o custo é alto:

“Qualifico como gasto necessário a ter um equipamento deste tipo. Temos hoje a pista mais veloz do mundo que atrai atenção de atletas do mundo inteiro. Então, creio que o custo é apropriado. O que nós temos que fazer é que o Velódromo funcione cada vez mais intenso, dê frutos ao esporte brasileiro cada vez mais consistentes e seja uma opção de lazer para prática esportivas de brasileiros”.

Segundo Picciani, o governo está em busca de contratos para realização de eventos e competições no local e, assim, reduzir as despesas. A Arena 3 está sob responsabilidade da prefeitura.

Do lado de fora do parque, também há queixas. Vinte famílias que vivem na Vila Autódromo - removida para construção do parque - reclamam de abandono do local. Elas rejeitaram indenização da prefeitura para deixar a área. Segundo os moradores, as casas entregues, antes da Olimpíada, estão repletas de problemas, com pisos caindo e muros com rachaduras. As famílias relatam que não receberam documentação dos imóveis e pretendem recorrer à Justiça.

As 300 famílias que entraram em acordo com a prefeitura e se mudaram para um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, o Parque Carioca, também pretendem ingressar com ação judicial por considerarem a negociação injusta. Em nota, a Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação diz não ter conhecimento sobre processos judiciais, informou que dados sobre indenizações são sigilosos e que as parcelas referentes aos apartamentos do Parque Carioca estão sendo pagas. A secretaria reconhece que alguns compromissos firmados com os remanescentes da Vila Autódromo não foram cumpridos.

- Arena do Futuro

Pelo projeto inicial, a estrutura da Arena do Futuro seria usada para a construção de quatro escolas da rede municipal. A desmontagem e transferência do material já deveria ter sido feita, porém não ocorreu por falta de recursos da prefeitura.

A administração municipal conseguiu com a concessionária Rio Mais, dona da área, prorrogação de até um ano para desmontar a arena. “Não houve destinação orçamentária também para a montagem das escolas previstas no projeto inicial. A outra, que viabilidade dessa iniciativa ainda está sendo avaliada. No momento, a prioridade da prefeitura, por meio da Secretaria municipal de Educação, está em conseguir recursos para a finalização de 30 escolas do amanhã e recuperar as antigas unidades que necessitam de reforma”, informou a prefeitura do Rio.

- Parque Aquático

No Parque Aquático, as piscinas foram retiradas pelo Exército em fevereiro deste ano. A piscina de três metros de profundidade foi doada para o Centro de Capacitação Física do Exército, no Forte São João, na Urca, zona sul do Rio. A outra, que era usada pelos atletas para aquecimento, está guardada, pelos militares, até que seu destino seja definido.

A retirada das arquibancadas e estrutura precisa ser feita pela prefeitura. A concessionária Rio Mais também prorrogou, por até um ano, o prazo para desmontagem do equipamento.

- Maracanã

Palco do encerramento dos jogos, o Complexo do Maracanã precisou passar por obras para atender às exigências do Comitê Olímpico Internacional. As obras começaram orçadas em R$ 705 milhões e terminaram custando mais de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. De lá para cá, o que seria um dos principais legados olímpicos, tem sido pouco usado pelo público e está envolto em um impasse jurídico entre a Odebrecht e o governo estadual.

Investigada na Operação Lava Jato, a concessionária Odebrecht, que detém 95% de participação no consórcio Maracanã S/A ganhador da licitação, tenta deixar a administração do estádio.

Em março, a empreiteira tentou repassar a concessão à empresa francesa Lagardère, mas devido ao impasse judicial, as negociações foram interrompidas. A Lagardère participou da primeira licitação do estádio e foi a única empresa a se interessar na compra da concessão.

Em abril deste ano, o secretário da Casa Civil, Marcelo Queiroz, informou que enquanto a Justiça não decidir, não é possível abrir nova licitação.

Em março do ano passado, o consórcio cedeu o estádio ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Após a devolução do local, o consórcio alegou que o estádio não estava nas mesmas condições em que foi cedido e quis anular o contrato. No entanto, em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou que a Odebrecht reassumisse a administração do estádio, que se encontrava abandonado e vinha sendo dilapidado por vândalos.

A assessoria do Comitê Rio 2016 informou que já fez todos os reparos exigidos na cessão para os Jogos, com custo de aproximadamente R$ 400 mil e que as obras foram concluídas há cerca de um mês.

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