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Trabalho acadêmico instrumentos e processos de trabalho do assistente social - CRAS

Por:   •  25/4/2018  •  2.629 Palavras (11 Páginas)  •  539 Visualizações

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O instrumental teórico passa a ser pensado ao nível da ação concreta, e do processo de formação, superando a perspectiva formal e puramente técnica, do instrumento como elemento de controle (Nogueira, 2002).

Este trabalho foi elaborado a partir de pesquisa de cunho documental e real, realizando uma visita ao Centro de Referência de Assistência Social CRAS de Amélia Rodrigues, onde foi realizada uma breve entrevista com o Assistente Social Responsável. Foram realizadas pesquisas, e leituras, além da entrevista, onde buscamos nos aprofundar, trazendo seu conteúdo o mais claro para o entendimento do assunto.

Tem como objetivos mostrar quais são os instrumentos e processos de trabalho utilizados pelo Assistente Social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), qual a importância destes instrumentos dentro da instituição, e como se dá a resolução destes em relação aos serviços ofertados e as demandas atendidas, relatando como se dá todo o desenvolvimento destes instrumentos dentro da instituição e como são utilizados na atuação do profissional de Serviço Social.

1 - INSTRUMENTOS E PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL

A instrumentalidade, alem de fazer referência a instrumentalização condiz com a propiedade que a profissão apresenta no ambito das relações socias, seja em seu processo objetivo ou subjetivo.Neste sentido como propiedade sócio-histórica, possibilita atender as demandas e o alcançe dos objetivos propostos numa condição de reconhecimento social (GUERRA, 2007).

Os instrumentos técnico-operativos, da forma com que se concebe, incidem em um conjunto de procedimentos técnicos necessários a realização das ações profissionais, o que possibilita identificar as diferentes expressões do objeto de intervenção. Em outras palavras eles sãoempregados para dar ação a uma determinada intervenção, buscando produzir mudanças no cotidiano da vida social dos usuarios.

De um modo geral, os Assistentes Sociais, no cumprimento das suas atribuições, trabalham com uma série de instrumentos para desenvolver a sua prática, os quais se diversificam conforme a natureza da política social executada nas instituições em que atuam.

A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator preponderante para o assistente social. Como todos os profissionais têm seus instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social um trabalhador inserido na divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional. Os instrumentais técnico-operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI, 1994 p. 137).

É notavel que para executar qualquer tipo de ação, torna-se indispensavel que o profissional utilize diferentes instrumentos para exercer a sua ação. A partir dai o assistente social busca transformar a natureza da realidade social apresentada pois adquiri novos conhecimentos, produzindo sua objetivação, e a partir dai o profissional atua conforme situação apresentada, buscando resultados não somente imediatistas, mais tambem a médio e longo prazo.

O uso dos instrumentais técnico-operativos pode ser visto como uma estratégia para a realização de uma ação na prática profissional, como nos revela MARTINELLI (2000), onde o instrumental e a técnica estão relacionados em uma “unidade dialética”, refletindo o uso criativo do instrumental com o uso da habilidade técnica. O instrumental “abrange não só o campo das técnicas como também dos conhecimentos e habilidades” (p. 138).

2 - IMPORTÃNCIA DOS SERVIÇOS OFERTADOS NO (CRAS) E OS INSTRUMENTOS E PROCESSOS UTILIZADOS DENTRO DA INSTITUIÇÃO

De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, são funções da Assistência Social: a proteção social hierarquizada entre básica e proteção especial, a vigilância social, entendida como produção e sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco social e a defesa dos direitos socioassistenciais (NOB SUAS, 2005, p.18).

Em suma, as ações de proteção social básica tendem a ser desenvolvidas com o foco voltado para a família, potencializando o acesso aos benefícios sociais, tais como os benefícios de transferência de renda, os eventuais e o beneficio de prestação continuada e aos serviços de outras políticas públicas. São executadas através do Centro de Referência Assistência Social – CRAS, ou através de outras unidades básicas e públicas da Assistência Social e indiretamente através de entidades e organizações da área de abrangência do CRAS (PNAS, 2004, p.29).

O Centro de Referência de Assistência Social-CRAS caracteriza-se enquanto unidade estatal responsável pela efetivação da proteção social básica, através de uma base territorial, compreendendo áreas de vulnerabilidade social. Deve os executa os serviços de proteção básica, bem como deve organizar a rede sócio assistencial do território, tendo como cargo chefe o serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família PAIF, serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (ENTREVISTADO)

Também conhecido como Casa das Famílias, os Centros de Referência da Assistência Social devem estar localizados em áreas de vulnerabilidade social e são responsáveis pela oferta de serviços, programas e projetos de Proteção Social Básica para famílias em situação de vulnerabilidade social decorrentes da “pobreza, privação e, ou, fragilização de vínculos afetivo-relacionais e de pertencimento social” (MDS, 2004, p.6-7) em seu território de abrangência.

Nesta perspectiva, é responsável pela execução do principal programa de Proteção Social Básica, o Programa de Atenção Integral à Família – PAIF – que desenvolve ações e serviços básicos continuados para famílias em situação de vulnerabilidade social, tendo como perspectivas a oferta dos serviços na perspectiva do direito, o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e o caráter preventivo de situações de risco no território de abrangência do CRAS (MDS, 2005).

Para tal, deve dispor de uma equipe técnica básica formada por coordenação, assistente social e psicólogo, os quais trabalham com famílias na perspectiva do fortalecimento do vínculo familiar e comunitário. É com esse ensejo, que parte do mapeamento da rede de serviços socioassistenciais do território e das

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