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TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS

Por:   •  28/5/2018  •  3.115 Palavras (13 Páginas)  •  382 Visualizações

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Havia uma curiosidade de analisar o atendimento do serviço social com as pessoas que sofriam transtornos metais. Surgiram vários questionamentos, que me fizeram prosseguir com esse tema e buscar mais conhecimento tendo como finalidade esclarecer melhor sobre o tema.

Desta forma o meu objetivo geral da pesquisa será: Analisar o trabalho do Assistente Social no Centro De Atenção Psicossocial, da Regional III. Tem como objetivos específicos: compreender a importância da Atuação do Assistente social no Centro de Atenção Psicossocial, Perceber os desafios que o Assistente Social tem dentro do centro de Atenção Psicossocial e Analisar a Politica de Saúde Mental no Centro De Atenção Psicossocial.

A metodologia usada para a realização dessa pesquisa abrange aspectos teóricos e práticos. Segundo Minayo (2010), metodologia é o caminho do pensamento e da prática da abordagem da realidade, ao mesmo tempo que inclui a teoria da abordagem, ou seja, inclui também os instrumentos de operacionalização.

Diante disso, a classificação da pesquisa será qualitativa, em que há estudos aprofundados dos usuários estudados durante a pesquisa. Este tipo de metodologia para Goldenberg (2009), consiste nas descrições detalhadas de situações que tem como objetivo compreender os indivíduos nos seus próprios termos. Terá uma pesquisa bibliográfica para melhor aprofundar os estudos utilizando obras de autores com referido tema. Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em materiais elaborados, constitui livros e artigos científicos.

A partir da pesquisa bibliográfica pude compreender as categorias do meu tema que são: Saúde Mental e Serviço Social.

A saúde mental faz parte do complexo psicológico do ser humano. Segundo Dr. Lorusso[1] esclarece:

Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro.(LORUSSO, 1997, p.1).

Segundo Iamamoto (2008), o serviço social é uma profissão inserida em um contexto sócio-histórico que tem como objeto de trabalho a questão social e suas múltiplas determinações. Essas expressões da questão social se manifesta conforme os espaços sócio ocupacionais do assistente social.

Será realizada uma pesquisa de campo, para vivenciar um pouco de perto a realidade. Segundo Fonseca (2002), a pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações, em que além da pesquisa bibliográfica e/ou documental se realiza coleta de dados juntos a pessoas com o recurso de diferentes tipos de pesquisa.

A técnica utilizada será entrevista semiestruturada com objetivo de coletar dados através de um roteiro elaborado. Segundo Bertucci (2013), o pesquisador tem flexibilidade para introduzir, alterar ou eliminar questões de acordo com as necessidades da pesquisa. Essa técnica é uma estratégia para aprofundar. Será realizada uma entrevista com assistentes sociais. Segundo Iamamoto (2009), é a base pra sua especialização no campo, além da entrevista os assistentes sociais desenvolvem ações assistenciais, socioeducativas e acolhimento.

Neste contexto enfatizarei cada capitulo após a introdução. No segundo capitulo apresentarei o contexto histórico da loucura ao longo dos tempos, a proposta desse capitulo é contextualizar a loucura e apresentar as diferentes formas de percebê-la no decorrer dos períodos históricos da humanidade, perpassando os acontecimentos que impulsionaram as transformações em relação á forma de compreendê-la e trata-la enfatizando o processo de institucionalização da loucura. Os autores citados serão: Foucault (1972), Ribeiro (1996) e Rocha (2008), dentre outros.

No terceiro capitulo, apresentarei o contexto da reforma psiquiátrica como marco no processo de desinstitucionalização, a criação da legislação de saúde mental, dos CAPS como novos equipamentos substitutivos e destacando também a inserção dos assistentes sociais na saúde mental. Os autores citados neste capitulo serão: Hirdes (2008), Pitta (2011), Brasil (2004), Resende (1994), Ribeiro e Farias (2011) e Acioly (2006), dentre outros autores.

No quarto e último capítulo, apresentarei uma breve história sobre CAPS Geral da Regional III e, posteriormente a análise da prática profissional a partir dos dados coletados em campo.

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Ribeiro (1996), na antiguidade as perturbações era atribuídas a demônios. Na idade média essas manifestações era praticadas, por feitiçaria, esse pensamento existiu ate século XVIII, em que pessoas eram torturadas.

Acreditava-se que a doença era castigo de Deus e que a violência seria o tratamento adequado á essas pessoas. A partir do século XX, se teve novas propostas e nova práticas de intervenção, tudo isso devido as idéias do médico Pinel. Segundo Ribeiro (1996), Pinel foi um grande médico Francês responsável em humanizar os tratamentos e remover as correntes e masmorras dessas pessoas.

A loucura na Europa teve-se avanços no século XVI, já no Brasil, a “loucura” passa a ser um tratamento público, pois na Europa há uma ruptura feudal emergencial do capitalismo e no Brasil se dá pela sociedade rural pré-capitalista.

Desse modo, apontamos para uma questão paradoxal. Ao mesmo tempo em que há características do contexto sócio-histórico brasileiro provoca o surgimento da loucura como um problema social, sendo um fator que diferencia a experiência brasileira europeia, podemos afirmar que as circunstâncias sociais e a ação desenvolvida para lidar com problema foram as mesmas; a inaptação á ordem social e a exclusão. (Heidrick, 2008, p.73)

Então no Brasil, a loucura passa a ser vista como uma perturbação social e um obstáculo. Tinha objetivo remover essas pessoas da ordem social.

Mais somente em 1970, com surgimento da reforma psiquiátrica, que a saúde mental toma novos rumos no Brasil. Essa reforma se deu a partir de uma luta de trabalhadores da saúde mental e da II Conferência De Saúde Mental, em 1987, em que os trabalhadores pediram prioridade nos serviços extra-hospitalares e multiprofissionais.

No ano de 1989, um ano após a criação do SUS- Sistema Único de

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