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Resumo Konga

Por:   •  20/12/2017  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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e recife, segundo dados do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ou do IBGE, ou ainda o mapa da vulnerabilidade social da Região Metropolitana de São Paulo expressa os caracteres populacionais e de domicilio resultantes das desigualdades sociais e econômicas vivenciadas pelos seus moradores.

Na região Centro-Oeste, segundo a autora citada acima, registra-se uma baixa densidade populacional, porém com forte concentração nas áreas urbanas, com frente migratória considerável e composta por pessoas diversificadas e oriundas de distintas partes do país. Nestas regiões surgem e se consolidam áreas periféricas ou micronúcleos urbanos constituídos próximos às rodovias. Isto é, trata-se de bairros periféricos e núcleos com acanhados comércios e que servem de habitação para as famílias.

A autora supramencionada aponta que nas áreas metropolitanas, têm ao mesmo tempo, o maior potencial de desenvolvimento econômico do país, mas por outro lado os mais graves problemas sociais. Observando-se que enquanto 20% da população do Brasil reside em mais de 4000 municípios com menos de 20000 habitantes, iguais 20% residem em 15 metrópoles onde residem mais de 1 milhão de habitantes.

Políticas Sociais em especial a Política de Assistência (CRAS)

Koga (2008) citando a política de assistência social, e questionando qual seria o verdadeiro significado do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) no contexto das metrópoles, dada sua própria dinâmica socioterritorial complexa. Indagando que embora o CRAS foi arquitetado na perspectiva da proteção social básica, sua função no cotidiano pode facilmente ser extrapolada na metrópole para atendimento às situações sociais que constituem como de proteção social especial, exigindo para isso um desenho espacial, técnico e profissional diferente.

O CRAS, segundo Koga (2008) em uma cidade como São Paulo, por exemplo, com mais de 10 milhões de habitantes ou ainda em Belo Horizonte com mais de 2 milhões de moradores, pelas suas próprias dinâmicas de metrópole deparam-se no cotidiano nos seus diferentes territórios não somente com dinâmicas sociais das mais complexas ou de violação de direitos, mas com variados graus de acesso à cidade igualmente complexos, onde se depende de meios de transporte, ou de uma rede de solidariedade, ou seja, nestes contextos, CRAS e CREAS terminam fundindo-se e complexificando a distinção até onde vai o atendimento da proteção básica ou a proteção social especial.

Considerações Finais

Telles apud Koga (2008), no contexto atual, sabemos mais e melhor sobre a escala dos problemas sociais e a dinâmica das cidades e seus territórios. Mas mesmo assim corremos o risco do confinamento da análise imediata ou imediatista, que contribui para se definir tipologias como “lugares mais violentos”, ou “população mais perigosa”, ou “lugar de melhor qualidade de vida”. Para não incorrermos neste engano, a autora aponta que faz-se necessário associar para além dos números outros olhares sobre os territórios capazes de compreender as conexões, interações, desconexões e fraturas que compõe as relações sociais destes territórios.

Koga (2008) exemplifica as formas de moradia e sua localização dentro do tecido urbano, que para além dos indicadores de maior ou menor precariedade habitacional, traduzem tempos coletivos e trajetórias urbanas que interagem com diversificadas dinâmicas familiares e formas de composição da vida doméstica, tudo isso concorrendo na constituição de uma topografia da cidade para além dos seus aspectos físicos. Ou seja, significa considerar não somente uma configuração da parte administrativa caracterizada por um determinado aglomerado de municípios com localização próxima a grandes centros urbanos. Mas é essencial compreender a dinâmica das relações sociais, econômicas, políticas e culturais que são estabelecidos dentro destes territórios.

Segundo Milton Santos apud Koga (2008), o conceito de território, não se trata de um conceito que se encerra em si, pois para o autor o território só se torna um conceito utilizável para a análise social quando é considerado a partir do seu uso, a partir do momento que pensamos o território juntamente com os atores sociais que o utilizam. Ou seja, aqui se dimensiona a relação do território a partir da vivencia destes atores dentro do próprio território, da sua utilização no cotidiano.

Para Koga (2008) como considerações finais, coloca-se um desafio estratégico para se pensar em como as políticas sociais podem contribuir em áreas vulneráveis, reconhecendo os territórios para além de sua aparência física, mas também pelas suas diferentes dinâmicas. O território tem que ser entendido como o território usado, não como território em si.

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