Resenha Critica O Semeador e o Ladrilhador
Por: Ednelso245 • 18/10/2018 • 846 Palavras (4 Páginas) • 319 Visualizações
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Para Sérgio, o processo de aumento da população levou o navegador português a desejar romper os laços com o passado. A invenção e a imitação tomaram o lugar da tradição. Em nome da elegância, essa nova classe que vinha surgindo, os burgueses, pararam de andar a cavalo e não praticavam mais jogos e torneios. Essa nova elite, não se reconhecia como povo, queria se diferenciar, sentindo vergonha por ter começado como navegador. Era o homem cordial que agia mais pela emoção do que pela razão.
O catolicismo acompanhou a metrópole no relaxamento, mas eram os monarcas portugueses que exerciam o poder sobre os assuntos eclesiásticos.
Desta forma, o autor enaltece a colonização espanhola em detrimento da portuguesa. Porém devemos lembrar que a fúria centralizadora e codificadora de Castela vem de um povo internamente desunido e sob permanente ameaça de desagregação. Enquanto que Portugal, por esse aspecto, não tem problemas, já que sua unidade política ocorreu no século XIII, tendo uma forte administração interna, o que explicaria todo esse desleixo ao colonizar, ou uma preocupação menor em garantir a unidade. Portugal não foi desleixado, foi sagaz, como bem sugeriu Gilberto Freyre em sua obra Casa Grande e Senzala, que trata do mesmo assunto, usando a miscigenação, mobilidade e a adaptabilidade como grandes trunfos de uma colonização bem sucedida.
Referências Bibliográficas
- HOLANDA, Sérgio Buarque de., Raízes do Brasil, 26˚ ed., Editora Companhia das Letras, 1990.
- FREYRE, Gilberto, Casa-Grande e Senzala, 28˚ ed., Editora Record, 1992.
- PRADO, Caio Jr, Evolução Política do Brasil, 21˚ ed., Editora Brasiliense, 1994.
Rio das Ostras, 08 de novembro de 2016.
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