MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM AS POLÍTICAS SOCIAIS: • PERÍODO DE 1945 A 1988

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Em 1963, ainda no governo de João Goulart, é deflagada a greve dos operários em São Paulo. Esse evento foi considerado pela história do Brasil como uma das maiores greves, mobilizando 700 mil trabalhadores e abrangendo todas as categorias profissionais, em especial os metalúrgicos, trabalhadores das indústrias têxteis, gráficos, marceneiros, químicos e operários. A luta desses trabalhadores era estabelecer novas relações entre trabalhadores e patrões (COUTO; 2008; MONTAÑO; DURIGUETO, 2010).

No período de 1946 a 1964, o que mais se destaca em questão das politicas sociais do periodo são: os aperfeiçoamentos institucionais, como a fundação da Casa Popular em 1946, a implantação do Programa de Alimentação de Gestante e o Programa de Alimentação Escolar, o desmembramento do Ministério da Saúde e Educação, a unificação das Caixas Aposentadorias e Pensão para os intitutos de Aposentadorias e Pensão, todos no ano de 1953, a criação do Departamento de Endemias Rurais em 1956, a Promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Conselho Federal de Educação.

O periodo foi marcado por muita instabilidade política – desde o suicício de Vargas (1954), a rénuncia de Jánio Quadros (1961) e o golpe militar. Essas situações dificultaram o consenso em torno de um projeto nacional que íncluia a proposta da politica social. A ditadura militar permaneceu por 21 aos e inaugurou um novo momento de modernização conservadora no Brasil, com impactos para as politicas sociais.

A partir da década de 70, Os movimentos sociais no Brasil passou a se intensificar-se, com fortes movimentos de oposição ao regime militar se encontrava em vigência, resistindo a ditadura e autoritarismo estatal. A organização dos movimentos estudantis e da classe operária prevaleceu, ganhando forças para participação em demais setores que sofrian as consequencias governamentais.

Em 1983, o movimento das “Diretas Já” mobilizou o país para as eleições diretas presidenciais em oposição ao regime ditatorial.

Montaño e Durigueto (2010) lembram que as lutas e mobilizações sociais desse periodo provocaram uma intensa mobilição dos trabalhadores tanto urbano quanto rural.

Com o período da Ditadura Militar está interligada aos movimentos sociais resultou em um periodo vantanjoso para a efervescência dos movimentos sociais, onde dentro do contexto de aprendizagem propiciou um pensamento mais crítico visando uma interpretação mais ampla a realidade, onde os estudantes forma uma massa de combate organizada junto q indignação dos demais que não aceitava o governo ditatorial.

O fato inegável é que os movimentos sociais dos anos 1970/1980, no Brasil, contribuíram decisivamente, via demandas e pressões organizadas, para a conquista de vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova Constituição Federal de 1988 (GOHN, 2011, p.23)

Os movimentos de oposição tinha um conceito inteirado em defesa de valores do Estado democrático e autorismo estatal. O modelo de governamentação foi quebrado, porém era sempre forma de repressão, tortura, vigorado em 1968 a 1979.

A gestão da pobreza ocorreu de forma territorial já que as pessoas que necessitavam da assistência deveriam manter-se em seu território de origem. Considerando que as comunidades organizavam para o cuidado dos seus e os estrageiros eram repelidos, e assim restringia a mobilidade das pessoas.

A partir da Constituição Federal de 1988 foram incorporadas inúmeras demandas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, resultantes das mobilizações populares, nas décadas de 1970 e 80, como a posição contra o direito absoluto da propriedade privada agrícola entre outras lutas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os movimentos sociais são procuradores de sua própria conduta e história. O que traz as dimensões culturais na definição da conduta dos agentes sociais e na articulação dos autores. Os mesmos ganhou espaço, porém atráves de grandes lutas e embates realizados contra governos autoritários buscando e lutando pela liberdade e democracia. A conceituação dos movimentos sociais se deparou com uma forte questão de analise a partir da analíse do senso comum, pois conforme foram se apresentando os avanços dos estudos das lutas sociais e o poder de transformação dessas manifestações, bem como suas potencialidades.

CONCLUSÃO

As políticas sociais foram delineadas, que visou agir instrumentalizando no controle dos movimentos sociais, com estratégias de prever algumas demandas, em favor de grupos, agindo também em favor de profissionais de influência política, em detrimento de legitimidade das lideranças organizadas para a reivindicações sociais. Com o compromisso e atitudes gerados pelas manifestações populares com objetivos claros de superação da pobreza, melhores condições de trabalho, vida digna entre outros objetivos ampliados se faz necessário entender a ser perseguido para a transformação da condição de empobrecimento social e político em condição digna e satisfatória de vida. A partir da construção coletiva, de lutas e conquistas de grupos de trabalhadores que vivenciaram as desigualdades social e exploração diversas, obtiveram a garantia dos direitos humanos.

BIOGRAFIA

BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e História . São Paulo: Cortez, 2006.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e luta pela moradia. Sao Paulo: Edições Loyola, 1991.

MARX, Karl. Para a critíca da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

BRASL. Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 2001.

MONTAÑO;