Evidenciamento das familias brasileiras

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A preocupação é a de que o Brasil siga o caminho dos Estados Unidos e da Europa, mergulhados em uma grave crise econômica desde 2008. As medidas tomadas pelo governo federal de estímulo ao consumo, por meio da facilitação do crédito e da desoneração tributária de alguns setores, foram corretas em um primeiro momento, mas não são sustentáveis.

O endividamento das famílias brasileiras mais que dobrou nos últimos sete anos e atingiu um nível recorde.

Um dos principais tipos de dívida é o cartão de crédito, seguido por carnês e financiamento de carros. Uma fatia cada vez maior da renda das famílias está comprometida com o pagamento de financiamentos, de parcelamento de cartão de crédito e de empréstimos. No caso do cartão de crédito os juros altíssimos do rotativo, quando o consumidor não consegue pagar integralmente a fatura, deixando um saldo para os meses seguintes, é criado um círculo vicioso quase impossível de sair.

É importante ressaltar que o endividamento nem sempre é apenas das classes mais baixas. Segundo a CNC (Confederação Nacional do comércio), dados de 2011, por faixa de renda, a pesquisa mostra que o aumento do endividamento foi mais expressivo nas famílias com ganhos acima de dez salários mínimos. Nesse grupo, o percentual de endividados, no mesmo período de comparação, passou de 52,9% para 57,7%.

Uma medida simples e que pode ser exercitada por qualquer cidadão ou família é que pode ajudar em muito na redução do endividamento é um bem elaborado orçamento doméstico, com clara descrição do quadro de receitas e despesas. Basta anotar até num papel, o que se ganha, o que é preciso desembolsar com os gastos fixos e com os gastos novos ou extras, e estabelecer as prioridades para não comprometer a renda.

O incentivo às compras, a inclusão de novas classes sociais na sociedade de consumo, a facilidade de crédito, a redução de taxas em muitos bens duráveis, a manutenção da geração de emprego e a confiança dos cidadãos na economia, provocam uma movimentação das pessoas em direção à aquisição de bens e serviços. O que preocupa é quando as famílias não são prudentes na hora do planejamento das compras, comprometendo sua renda mais do que seria possível ou recomendável.

Os incentivos dados ao consumo via redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e através da política monetária preocupam, pois quando o governo reduz, isenta ou faz uma alíquota igual à zero para IPI, a receita tributária diminui e a capacidade do governo de fazer obras de infraestrutura também diminui.

Os economistas criticaram as medidas tomadas pelo governo. Para eles as políticas monetária e fiscal vêm estimulando um mercado já aquecido, que é o imobiliário. Além disso, o governo deveria gastar melhor os recursos públicos.

CONCLUSÃO

Para evitar esse tipo de problema (inadimplência, endividamento) devemos ser cuidadosos com o que damos prioridade na hora de comprar nossos bens, temos que dar prioridade ao necessário e evitar compras a prazo.

Temos que saber se PRECISAMOS, DEVEMOS e PODEMOS antes de adquirir qualquer bem ou serviço. Isso já é um passo para evitar transtornos futuros e podermos viver de uma forma mais calma e saudável, pois o estresse também é uma doença que pode fazer muito mau e pode surgir de situações como essa, vindo da preocupação com as divididas.

A solução mais simples é um bom planejamento do orçamento doméstico e cuidados na hora das compras.

É de grande importância educar as pessoas sobre finanças pessoais, pois esse pode ser o caminho que pode evitar que os brasileiros endividem-se mais ainda. Segundo especialistas, é necessário que haja um melhor controle por parte do consumidor, como forma de evitar acúmulo de dívidas.

REFERÊNCIAS

Incentivo ao consumo preocupa economistas; governo rebate críticas. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/agencia/noticias/ECONOMIA/424712-INCENTIVO-AO-CONSUMO-PREOCUPA-ECONOMISTAS;-GOVERNO-REBATE-CRITICAS.html

Endividamento das famílias brasileiras cresce 59,8% em agosto. Disponível em: http://bandab.pron.com.br/jornalismo/endividamento-das-familias-brasileiras-cresce-598-em-agosto-42427/

Endividamento de famílias brasileiras é o maior em sete anos. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/06/endividamento-de-familias-brasileiras-e-o-maior-em-sete-anos.html

Palavra do Presidente. Endividamento. O que a família precisa saber. Disponível em: http://www.cndl.org.br/mostra_palavra.php?id=45

Nível de endividamento das famílias brasileiras caiu para 43,9% em julho, aponta Ipea. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-08-17/nivel-de-endividamento-das-familias-brasileiras-caiu-para-439-em-julho-aponta-ipea - Acesso em: 12 de novembro de 2012

Endividamento das famílias cresce em junho. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/51400-endividamento-das-familias-cresce-em-junho.shtml - Acesso em: 12 de novembro de 2012

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