Economia Política

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Segundo a revolução de outubro dirigida pelos Bolchequives em 1917 na Rússia que criou o primeiro Estado proletário atraiu a atenção das vanguardas e significou um grande golpe para os capitalistas, esse estado trazia um conjunto de promessas há muitos inscritos no imaginário dos trabalhadores. Nos países mais democráticos onde os trabalhadores não foram derrotados não houve alteração na forma de comando do Estado, porém nos países onde houve derrota os Estados continuaram antidemocráticos do capital levado ao extremo dos monopólios e com isso formou-se um regime adequado o fascismo. O principal responsável pelas ideias foi Keynes que atribuiu ao Estado o papel central do orçamento público. Segundo Keynes o capitalismo não dispõe espontânea e automaticamente da faculdade de utilizar inteiramente os recursos econômicos, seria preciso tal utilização plena que evitasse as crises e suas consequências e que o Estado operasse como um regulador dos investimentos privados através dos investimentos dos seus próprios gastos.

Entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a passagem dos anos sessenta e setenta, o capitalismo monopolista viveu uma fase única em sua história, fase que alguns economistas designam como o “anos dourados”. Foram quase trinta anos em que o sistema apresentou resultados econômicos nunca vistos, e que não se repetiram mais, as crises não foram suprimidas, mas seus impactos foram diminuídos pela regulação posta pela intervenção do Estado e, sobretudo, as taxas de crescimento mostraram-se muito significativas. Inicialmente implantada nas indústrias automobilista essa forma de organização conhecida como taylorismo – fordismo acabou por se tornar padrão para toda forma industrial e universalizar-se nos anos dourados do imperialismo. E teve como característica a produção da matéria prima dentro da própria fábrica para evitar desperdício de tempo. Nessa expansão o papel da indústria cultural foi relevante, pois uma das características dos anos dourados foi consolidar a dominação dos meios de comunicação para difundir as ideias do capital. Então o autor diz que nesse período três traços do capitalismo vão se estender e consolidar; o credito ao consumidor, a inflação e o crescimento do terceiro setor ou setor de serviços. Vimos então que o Estado passou a se inserir como empresário nos setores básicos não rentáveis, a assumir o controle de empresas capitalistas em dificuldades, a oferecer subsídios diretos aos monopólios e a lhes assegurar expressamente taxas de lucro.

Mas o capitalismo democrático não foi mais que um breve episódio no desenvolvimento, na passagem dos anos sessenta ao setenta do século XX, ele entrou em crise e mecanismos de reestruturação foram implementados pela burguesia monopolista, revertendo às conquistas sociais do Welfare State, instalou a terceira fase do capitalismo.