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Centro de Referência de Assistência Social – CRAS -

Por:   •  26/12/2017  •  1.884 Palavras (8 Páginas)  •  418 Visualizações

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VI- REFERENCIAL TEÓRICO

A auto-estima por meio de praticas sociais

No contexto histórico, muitas mulheres brasileiras vem apresentando índices elevados de baixo auto-estima. A auto-estima pode ser definida como a visão que o individuo tem sobre si mesmo.

Segundo Moysés (2001) a autoestima é a percepção que o indivíduo possui de seu próprio valor e auto-conceito é a percepção que a pessoa possui de si própria. Marsh (1988, apud Belo e Almeida, 2002) acrescenta que o auto-conceito é o conceito que o indivíduo forma de si mesmo.

É visível na sociedade brasileira que as raízes da baixa autoestima esta inserida nas relações sociais e familiares, pois sabe-se que o meio social influencia no modo de ser do individuo.

Ainda pode se dizer que a baixa auto estima está presente em famílias de diversos níveis sociais, porem é nas famílias que apresentam uma condição econômica desfavorável se torna mais visível.

Segundo Humphreys (2000) a baixa auto-estima surge em famílias nas quais existem discrepâncias visíveis entre como seus membros se vêem e como os outros esperam que eles sejam. O nível de auto-estima dos pais pode estar intimamente relacionado com o desenvolvimento da auto-estima dos filhos.

Quanto à baixa auto-estima, Branden (1996) postula que significa o quanto inadequados à vida e errados como pessoas nós nos sentimos. A pessoa que possui uma baixa auto-estima poderá encontrar dificuldades para solucionar seus aspectos desfavoráveis e em lidar com as manifestações do meio externo (Souza, 2002).

Podemos dizer que a pessoa com baixa auto-estima alem de apresentar dificuldades em se relacionar no convívio social, se sente incapaz de realizar qualquer atividade onde tenha que se relacionar. Diante de oportunidades que surgem não se acha no direito de estar as recebendo.

Segundo Humphreys (2000) uma pessoa que possui baixa auto-estima possui também uma hipersensibilidade às mensagens provenientes do meio em que vive, ou seja, qualquer coisa que alguém diga sobre ela (seja bom ou ruim) terá grande valor para essa pessoa. As pessoas dependem da visão dos outros para formarem a visão de si mesmos. Quando as crianças recebem dos pais mensagens de desaprovação, de crítica ou ridicularizantes, como por exemplo, “você é um estúpido”, “feio”, “preguiçoso”, entre outros, elas começam a formar sua auto-imagem a partir dessas mensagens. Os pais também passam a exigir dos filhos a perfeição, que nem sempre é alcançada. Quando existe uma grande distância entre a auto-imagem dos filhos e o “filho perfeito” idealizado pelos pais, emerge um grave problema de auto-estima.

Como cita Ana Maria Braga em seu livro Viver Melhor, ter confiança em si é fundamental para descobrir o caminho do bem-estar físico e emocional, a força interna que é capaz de transformar a sua vida.

A baixa auto-estima pode estar relacionada com altos níveis de ansiedade, insegurança, instabilidade emocional, passividade, sensibilidade frente às críticas e baixo rendimento escolar (Amorim, 2002). Pode ser atribuída às pessoas envergonhadas, inibidas, temerosas, que não se interessam por “destaque”. Mas, também pode ser sinal de baixa auto-estima: querer sempre chamar a atenção para si; querer ganhar o tempo todo; ser extremamente perfeccionista; depender da aprovação do meio externo, entre outros (Vila e Jenichen, 2002).

Saber lidar com os obstáculos que a baixa auto estima ocasiona não é uma tarefa fácil, pois saber reagir os obstáculos que permeiam o seu cotidiano se torna um desafio impossível de ser realizado.

Branden (1996) ainda cita que quanto maior for a auto-estima lida-se melhor com os obstáculos que a vida oferece; tem-se maior probabilidade de obter sucesso; possui-se mais ambição para vivenciar as experiências, tanto emocionais, quanto criativas ou espirituais; mantêm-se relações interpessoais mais saudáveis; e, acima de tudo tem-se mais alegria, simplesmente pelo fato de ser. Uma auto-estima saudável é a pedra fundamental da capacidade de reagir positivamente e conscientemente às oportunidades que a vida oferece.

Ainda falando de auto estima:

A elevada auto-estima significa que a pessoa se respeita e se sente digna da estima dos outros, considerando-se bom, mas não melhor e nem pior do que as outras pessoas. As pessoas que possuem uma elevada auto-estima, apesar de suas limitações e deficiências, buscam o amadurecimento e o aperfeiçoamento, sem lamentar-se (Oliveira, 1984).

Mulher e sua posição na sociedade

Historicamente falando percebe-se que as mulheres sempre lutaram pela garantia de seus direitos.

Segundo o http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582005000200006

Quando se procura entender o papel da mulher na sociedade, há de se voltar o olhar para os primórdios da existência de nossa sociedade, dando ênfase à formação do sujeito, seus grupos e classes sociais.

Desde a colonização do Brasil, o papel da mulher brasileira perpassa por funções às vezes exóticas, ora degradantes e até desumanas. Elas foram admiradas, temidas como representantes de Satã e foram reduzidas a objetos de domínio e submissão por receberem um conceito de “não-função”, tendo sua real influência na evolução do ser humano, marginalizada e até aniquilada.

Um papel feminino estabelecido culturalmente, até a atualidade , é o da mulher como esposa. O aperfeiçoamento dos instrumentos de trabalho fabricados e manejados por homens, deu ao marido um motivo de acúmulo de bens. Isto levou à inversão da estrutura familiar, passando a mulher para o clã do marido. Da antiguidade à idade média, os casamentos eram combinados sem o consentimento da mulher e, a união, não consagrava o amor e sim um contrato entre o pai da noiva e a família do pretendente.

Percebe-se que as mulheres tem seu espaço na sociedade e seus direitos garantidos por meio de lutas e reivindicações, o contexto histórico nos mostra que antigamente as mulheres não tinham voz e vez, eram vistas como um sexo frágil, condenadas a viver para tomar conta de seus filhos e marido.

Nos dias atuais depois de serem descriminadas pela sociedade principalmente homens, as mulheres conquistam seu lugar na sociedade, porem ainda é notável que as mesmas sofrem violência domestica, tem seus salários menores que dos homens que executam muitas vezes

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