AS ESTRATÉGIAS NAS MEDIAÇÕES DE RELAÇÕES COMPLEXAS EM REDES
Por: Sara • 25/4/2018 • 1.251 Palavras (6 Páginas) • 304 Visualizações
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c) A dinâmica do trabalho das mediações e a construção das estratégias
As estratégias se constroem no campo das possibilidades que surgem, justamente, das contradições, redes e mediações. É na correlação de forças que vão abrir as possibilidades de ação, as oportunidades estratégicas de mudança. É na dinâmica complexa das pressões e contrapressões, dos tempos históricos e historicidades em conflito, da perda e aquisição de patrimônios, das rupturas e continuidades que se pode vislumbrar a superação das relações de fragilização, opressão, discriminação, exclusão, exploração.
A construção das estratégias vai favorecer, assim, o processo e o projeto de vida do sujeito, no sentido de buscar o que ele quer e o de construir a partir das forças de que dispõe, através da construção de apoios mobilizáveis na conjuntura, em confronto com as oportunidades e forças que o fragilizam.
-Quais as ideias centrais do texto?
Argumentos sobre alguns mecanismos de intervenção profissional no processo prático-operativo do Serviço Social;
Ruptura do paradigma da correlação de forças com as visões clínicas, tecnocráticas e mecanicistas da intervenção profissional;
Conhecimento teórico para o estabelecimento da ação profissional;
Estratégias nas mediações de relações complexas em rede;
Construção da cidadania e a institucionalização dos direitos sociais;
Mediações em jogo nas intervenções sociais;
Proposta de redes de trabalho integrado e articulado;
As redes sociais são construídas nas Ciências Sociais.
-Diante das ideias centrais do texto, exponha de forma crítica e analítica as colocações do grupo.
O trabalho do Assistente Social emerge no contexto de forças gerais do capitalismo e nas particularidades das relações institucionais, nas mediações do processo de fragilização/fortalecimento do usuário, do qual o profissional deve elaborar estratégias, técnicas e instrumentos de intervenção adequados, que exige uma profunda capacidade teórica, pois atua numa correlação particular de forças, sob a forma de institucionalização, que vincula os sujeitos em suas trajetórias/estratégicas. Por estas relações serem contraditórias, abre-se um vasto campo de possibilidades de intervenção, dentre elas: o autônomo, que possui um olhar diferenciado, com caráter educativo e mais individualizado; e o territorializado, controlado politicamente e que volta-se para uma população-alvo, porém, ambos condensam as forças sociais e mediações complexas.
As mediações estão relacionadas às questões que se apresentam como problemas individuais ou coletivos e que preocupam indivíduos ou grupos que os representam. É nesse processo que os profissionais precisam elaborar instrumentos dinâmicos de documentação para captar as relações em jogo, destacando-se a percepção dos usuários em contraposição àquelas das instituições e dos próprios técnicos.
Dentre as mediações fundamentais do fortalecimento de grupos e pessoas nas relações com o Estado, podem-se citar as políticas institucionais que são consideradas universais para inclusão na cidadania, que em sua operacionalização constatam-se inserções diferenciadas por classe, gênero, raça, idade que cria uma segunda zona de cidadania. Como a garantia dos direitos sociais só pode ser feita pelo Estado de direitos, através das políticas voltadas para as necessidades básicas, para o usuário obter acesso, atualmente, tem-se pelo menos três problemas a ser enfrentado, que são: a garantia do próprio acesso, a dependência da tutela, a inadequação à pluralidade de situações.
Em resumo, o texto apresenta de forma clara e explicita as formas de intervenção profissional. Cada caso tem-se uma forma de ação/estratégia, seja individual ou coletivo. São relações conflituosas, pois trabalha com processos de dominação/resistência, conflito/consenso, fundados em relações distintas de exploração e poder, ou seja, implica luta de interesses econômicos, raça, etnia, gênero, poder, etc. O conhecimento teórico também é de extrema importância para o estabelecimento da ação profissional, pois é este conhecimento que irá explicar as particularidades das conjunturas e situações, e que vai, de certa forma, por base em suas estratégias.
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