A antropologia no quilombo Rio dos Macacos
Por: Lidieisa • 1/5/2018 • 1.086 Palavras (5 Páginas) • 565 Visualizações
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Ao longo desses anos inúmeras casas foram queimadas, a estrada de acesso ao local foi fechada diversas vezes para impedir a entrada dos moradores, também há relatos de mulheres que sofreram abusos sexuais por parte dos oficias e até assassinatos que não tiveram a autoria identificada.
Por se tratar de uma ciência que se dedica ao estudo do homem em todas as suas dimensões, a antropologia será a base para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa para o nosso estudo de caso no Quilombo Rio dos Macacos.
Os métodos e técnicas utilizados para análise do caso em questão levarão em consideração todos os aspectos gerais da cultura da comunidade a ser estudada por isso a etnografia se constitui como método mais eficaz, pois se caracteriza pela análise direta, de cunho investigativo e descritivo dos costumes, praticas e crenças de determinada cultura. O método etnográfico se configura numa atuação pouco invasiva que nos possibilitará compreender as relações das pessoas com o local habitado sem deixa-las intimidadas ou constrangidas. O principal recurso material utilizado será o caderno de campo, que será essencial para o registro dos dados coletados por meio de observação bem como de entrevistas com membros do grupo, de preferência pessoas mais idosas da comunidade que vivem ali há diversas gerações e vivenciaram diversos acontecimentos.
As experiências resultantes da interação com as pessoas e a imersão nos hábitos e costumes delas nos possibilitou um maior aprofundamento esclarecimento de duvidas que foram surgindo ao longo do processo.
Ao analisar a situação através dos conceitos do etnodesenvolvimento é perceptível que vivemos em uma sociedade onde na maioria das vezes ocorre a supervalorização do desenvolvimento econômico em detrimento da cultura.
O que fica evidente no caso estudado é que não há por parte das autoridades locais o interesse na preservação da cultura local através de políticas publicas voltada para a preservação e manutenção desta.
Para o êxito no estudo do caso foi preciso uma analise relativista, livre de pré-julgamentos para a compreensão de que o estagio atual daquele povo se deu por uma construção histórica. São os elos entre os quilombolas e aquele local que possibilitaram o fechamento do estudo concluindo-se que existe sim veracidade na afirmação de que aquele território foi um quilombo, o que legitima o direito a propriedade bem como o respeito e proteção aos seus hábitos e costumes.
Através da elaboração deste trabalho foi possível uma maior compreensão sobre a importância da antropologia para o trabalho do assistente social e concluir que a etnografia é um método não etnocêntrico, pois busca o entendimento da cultura estudada a partir das explicações dos próprios nativos por isso o profissional de serviço social ao desenvolver um estudo etnográfico deve abrir mão de todos as suas concepções sejam elas favoráveis ou contrarias e adquirir uma visão relativista no estudo do caso,agindo de maneira interventiva para garantir que as políticas publicas existentes sejam utilizadas para a garantia dos direitos de todos os cidadãos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
http://almaprolixa.blogspot.com.br/2009/12/etnografia-estudo-de-caso-e-historia-de.html.Acesso em 14 de novembro de 2016.
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/11/incra-reconhece-area-da-comunidade-quilombola-rio-dos-macacos-na-ba.html. Acesso em 12 de novembro de 2016.
http://nabuska.blogspot.com.br/2011/08/1-ano-cultura-etnocentrismo-e.html.Acesso em 15 de novembro de 2016.
https://pt.globalvoices.org/2012/02/21/brasil-quilombo-rio-dos-macacos-em-vias-de-expulsao/.Acesso em 11 de novembro de 2016.
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