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A Tecnologia do Serviço Social

Por:   •  27/11/2018  •  4.030 Palavras (17 Páginas)  •  254 Visualizações

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Não foi diferente com a ascensão de tecnologias como a internet, computadores e, mais recentemente, smartphones. Eles mudaram completamente o ambiente onde foram inseridos: indústrias, governos, casas, relações sociais. Cedo ou tarde, obviamente, eles chegariam e transformariam, também, as escolas e a educação e, consequentemente, o modo como os professores ensinam e a forma como os alunos aprendem. O uso da rede integrada de computadores entre as pessoas e empresas, tornou-se algo indispensável nos dias atuais. É possível ter acesso a uma vasta rede de informações em tempo real e também trocar e cruzar dados a qualquer momento. Ao longo do tempo, a informação deixou ser um processo local para se apresentar em âmbito global. Reconfigurou o tempo e o espaço, acelerando as práticas e encurtando as distâncias. Tornou possível um novo tipo de interação social, em que a presença física já não é essencial para que haja uma relação, sendo possível interagir com quem quiser, a hora que quiser e ser participativo dentro da sociedade por meio de um espaço virtual.

Levando isso em conta, este trabalho busca responder, por meio da argumentação e análise de dados de pesquisa, questões levantadas em torno desse ponto. Busca, também, oportunizar aos alunos uma reflexão sobre os impactos do smartphone e da Internet no processo educacional e na obtenção de informações verdadeiras. Essa discussão se justifica pela relevância de conhecer os impactos dessas ferramentas na sociedade de forma geral e, principalmente, saber de que forma elas podem auxiliar o trabalho do Assistente Social.

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DESENVOLVIMENTO

Entre as décadas de 1940 e 1950, de acordo com Kohn e Moraes (2007, p. 4), “o desenvolvimento da televisão (nos Estados Unidos e Europa, especialmente Inglaterra), mostrou o potencial de impacto na sociedade moderna, revolucionando os sistemas de informação com a imagem em movimento”. Durante essa mesma época, o desenvolvimento do computador se iniciava, que consistia, basicamente, em programar informações para efetuar algumas operações independentes, ainda que, no início, as primeiras máquinas ocupassem uma sala inteira e pesassem várias toneladas.

Segundo Kohn e Moraes (2007, p. 4), “O Personal Computer (PC) foi desenvolvido para responder a uma interrogação: as pessoas usariam um computador em casa?” Ainda que na época muitas dúvidas ainda existissem a respeito dessa questão, o desenvolvimento da informática, com a entrada do PC, é acelerado e, pouco tempo depois, em 1984, é lançado o modelo compacto Macintosh 128, que influenciou, e até hoje influencia, o formato dos PCs e suas interfaces de programas operacionais.

A ascensão dessa tecnologia ocorreu, principalmente, por conta da ampliação das funcionalidades e a diminuição de tamanho, peso e custos de produção dos computadores. Todos esses fatores permitiram que cada vez mais pessoas pudessem adquirir seu próprio computador pessoal. Dessa forma, as tecnologias digitais possibilitaram uma nova dimensão dos produtos, da transmissão, arquivo, comunicação, comércio, entretenimento e acesso à informação, causando uma verdadeira revolução no cenário econômico, político e social mundial. Entretanto de acordo com Kohn e Moraes (2007), o aspecto mais importante do computador não é ele em si mesmo, mas a capacidade de interligação, de formação de redes de contatos. Essas redes integradas de computadores proporcionaram a agilização e facilitação de serviços, e uma redução da mão-de-obra em profissões que substituíram a força de trabalho humana; porém, apesar das perdas, elas abriram portas para novas profissões especializadas no ramo da informática.

O Brasil, obviamente, não ficou alheio a essas transformações. No país, conforme dados do IBGE ((Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ainda em 2015, aproximadamente 60% das pessoas tinham acesso à rede. Esse número, se comparado com dados de anos anteriores, evidencia um constante aumento de residências com acesso à internet, sendo esse acesso feito quase exclusivamente por meio de banda larga. Esse modo de conexão chega a expressivos 99,6% de todos os tipos de conexão nos lares brasileiros.

Outra importante mudança acontece com relação ao dispositivo usando para se conectar à internet. O IBGE diz que, desde 2014, o uso do computador como meio de acesso vem caindo no Brasil. A necessidade de maior mobilidade, flexibilidade e agilidade aliada ao avanço tecnológico dos celulares, viabilizando novas funções para esses aparelhos, levou à troca dos PC’S pelos smartphones como objeto de utilização para o acesso à internet. Considerando um período que vai de 2014 a 2015, segundo o IBGE, o número de brasileiros que utilizavam microcomputadores caiu de 76,6% para 70,1%; e de todos os acessos realizados por equipamentos diferentes do PC (como os Tablets e aparelhos de TV), 92,1% usavam o celular.

Em poucos anos, esse cenário se inverteu, como mostra um estudo feito pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos. Em 2017, considerando que 7 em cada 10 brasileiros têm acesso à internet, segundo esse mesmo estudo, 69% utilizavam seus aparelhos celulares para o acesso à rede.

Da mesma forma que as constantes evoluções e o barateamento do microcomputador permitiram que mais pessoas pudessem obter seu próprio computador pessoal, o desenvolvimento dos smartphones, com modelos novos sendo lançados a cada ano, possibilitou a disponibilidade dos aparelhos. Essa disponibilidade deu às pessoas opções variadas a preços variados e, com isso, a chance de mesmo pessoas consideradas de baixa renda obterem seu aparelho móvel e usufruírem de suas utilidades, aumentando, cada vez mais, a rede de contatos interligados pela web.

A popularização da internet, que em poucos anos invadiu cada setor da economia, da política e da sociedade, e, mais recentemente, a popularização dos aparelhos de celular é inegável. Entretanto, desde a ascensão dessas tecnologias, discute-se os impactos causados por elas à medida em que se inserem nas relações sociais e se tornam parte da vida das pessoas em diversos aspectos. Um desses aspectos, que é também um dos que mais suscita debates, é o educacional. O debate levanta questões sobre se a inserção da internet e dos celulares nas escolas é positiva ou negativa para a educação. Sobre isso, existem bons argumentos que defendem tanto um como o outro lado.

Como foi

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