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A SAÚDE MENTAL COMO UM ESPAÇO SÓCIO OCUPACIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL

Por:   •  20/6/2018  •  11.915 Palavras (48 Páginas)  •  460 Visualizações

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- CARACTERIZAÇÃO DA SAÚDE MENTAL.......................................11

- REFORMA PSIQUIÁTRICA...............................................................14

- POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE MENTAL NO BRASIL...............16

CAPÍTULO II: A CONSTRUÇÃO E O FORTALECIMENTO DOS ASPECTOS SOCIAIS EM RELAÇÃO A SAÚDE MENTAL..........................................................18

2.1. A REGULAMENTAÇÃO DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL............................,....................................................................18

2.2. UMA BREVE RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL.................................................................................................20

CAPÍTULO III: A RELAÇÃO ENTRE O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL COM A SAÚDE MENTAL: SEUS DESAFIOS E SUPERAÇÕES.............................24

3.1. CONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM A REFORMA PSIQUIÁTRICA.......................................................................................24

3.2. A SAÚDE MENTAL COMO UM CAMPO DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL..............................................................................................28

CONCLUSÃO...........................................................................................................37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................38

INTRODUÇÃO

A discussão acerca do trabalho do assistente social na saúde mental é recente, bem como o devido destaque sobre a importância da intersetorialidade e da integralidade no atendimento ao seu usuário por parte dos profissionais e da própria sociedade.

Pois, cada vez mais, a saúde mental vem sendo entendida como uma problemática que necessita de atenção e de políticas que visem o acesso a uma melhor qualidade de serviço oferecida a essa categoria. Já é possível observar que existem ações governamentais e sociais, que potencializam o poder curativo de ações das próprias comunidades e pessoas.

A doença mental é um mau funcionamento das atividades psíquicas, sendo esta, portanto própria ao individuo, porém que pode ser influenciada de alguma maneira pelo meio em que este se insere, bem como pelas circunstâncias emocional ou social as quais este se encontra submetido.

A psiquiatria clássica considera os sintomas do distúrbio mental como sinal de um distúrbio orgânico. Isto é, doença mental é igual à doença cerebral. Sua origem é endógena, dentro do organismo, e refere-se a alguma lesão de natureza anatômica ou distúrbio fisiológico cerebral.

É importante destacar a evolução que se analisa a respeito do tema. Sob uma breve perspectiva histórica é observável que e principio a questão da saúde mental, no período do renascimento, por exemplo, eram raras as internações entre os doentes mentis em hospitais, e quando estas ocorriam estes pacientes recebiam o mesmo tratamento dispensado aos demais doentes, com sangrias, purgações, ventosas.

Nos séculos XVII e XVIII, a designação de louco não dependia de uma ciência médica. Era atribuída à percepção de instituições como a igreja, a justiça e a família que tinham com relação ao indivíduo e os critérios referiam-se à transgressão da lei e da moralidade.

É no inicio da modernidade que se inicia reflexões médicas e filosóficas as quais situavam a loucura como algo que ocorria no interior do próprio homem e passam a ser construídos espaços para separarem os loucos dos demais pacientes, e o medico se estabelece como autoridade máxima para resolver os assuntos ligados a esse mal, e uma de suas atribuições seria a recuperação deste louco, a partir da medicação, com autoridade que lhe era conferida, mais tarde desencadeia a psiquiatria, como sendo uma especialidade designada a esse tipo de tratamento.

Mas o que muito se comenta e se busca é que tudo que foi reivindicado durante a reforma psiquiátrica e as conferências em saúdeé que o sistema tenta afastar-se do modelo assistencialista e hospitalocêntrico, e qualificando os indivíduos e famílias, grupos de moradores entrelaçados por laços de vizinhança, pessoas antigamente estigmatizadas como doentes mentais, na recuperação da autoestima e do pertencimento social, da recuperação da autoimagem, a memória e a história de vida.

No novo modelo, a atenção hospitalar deixa de ser o centro, como era antes, tornando-se complementar. Trata-se de mudança fundamental na concepção e na forma como deve se dar o cuidado: mais próximo da rede familiar, social e cultural do paciente, para que seja possível a reapropriação de sua história de vida e de seu processo de saúde/adoecimento.

Aliado a isso, adota-se a concepção de que a produção de saúde é também produção de sujeitos. Os saberes e práticas não somente técnicos devem se articular à construção de um processo de valorização da subjetividade, onde os serviços de saúde possam se tornar mais acolhedores, com possibilidades de criação de vínculos.

A Política Nacional de Saúde Mental do SUS tem como diretriz principal a redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações. Ao mesmo tempo, prioriza a implantação e implementação de uma rede diversificada de serviços de Saúde Mental de base comunitária eficaz, capaz de atender com resolutividade aos pacientes que necessitem de cuidado.Além da criação de uma série de dispositivos assistenciais em Saúde Mental, a desinstitucionalização pressupõe também transformações culturais e subjetivas na sociedade.

Diante de tudo isso, busca-se a partir desse trabalho objetivamente conhecer eApontar a relação do assistente social e a política pública de saúde, em especial a saúde mental.

Para compor este trabalho monográfico dividiu-se o mesmo em três capítulos, onde o primeiro irá abordar um breve histórico sobre a caracterização da saúde mental e como se deu a reforma psiquiátrica, além de considerar as políticas públicas de saúde no Brasil.

O segundo capítulo irá discorrer sobre a construção e o fortalecimento dos aspectos sociais em relação a saúde mental. Uma vez que será abordada também a regulamentação da atenção psicossocial

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