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Resenha Inclusão Escolar

Por:   •  18/9/2018  •  3.905 Palavras (16 Páginas)  •  278 Visualizações

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Aguiar (2015) abre sua obra com uma consagração sobre a educação especial, esta sendo um delineamento de currículos funcionais, com objetivos de ensino e habilidades para o indivíduo, mas estes pensados por uma pessoa em particular.

Por este viés Freller, Ferrari e Sekkel (2011) partem de uma concepção sobre educação inclusiva como parte de práticas escolares excludentes no âmbito brasileiro.

Portanto, o primeiro capítulo da obra de Facion (2012) trata sobre a Exclusão: uma metacategoria nos estudos sobre educação, Facion cita que a contextualização do tema “exclusão na educação” se torna um pressuposto para a classificação humana, criando um perfil, em que Popkewitz e Lindblad (2001) citam esta para facilitar a inclusão/exclusão em relatórios estatísticos, classificando para excluir.

Complementando por Freller, Ferrari e Sekkel (2011), que a sociedade atual exclui significativamente: pobres, homossexuais, deficientes, negros, judeus, mulheres, obesos, entre outros, sendo alvos de preconceito e discriminação.

Em qualquer ação educativa, esta deverá responder ao fato diversidade ser positivo, que tem a ver com o direito de cada ser humano para ser diferentes, e a resposta negativa que gera discriminação ou desigualdade.

Deste modo, a exclusão se tornou uma metacategoria, onde Castel (1997) (apud Facion, 2012) definiu esta como uma nova perspectiva de compreensão para as áreas sociais, ainda mais as que tangenciam na área da pobreza, assim elevando a um patamar de vulnerabilidade.

Facion (2012) cita o exemplo do Estado do Rio de Janeiro, que em 2007 colocou fim nas classes de progressão, passando o ensino a ciclos de formação: 1º Ciclo: infância – 6 a 8 anos, 2º ciclo – pré adolescência – 9 a 11 anos e o 3º ciclo: adolescência – 12 a 14 anos, formaram-se uma organização por idade, mas que não houve a preocupação de sanar a defasagem escolar.

Porém, em contrapartida, quando perceberam que alunos no 3º ciclo ainda havia problemas de leitura e escrita, criaram um programa de aceleração da aprendizagem (Projeto Especial Adolescentes 2007), novamente não havendo uma preocupação com alunos de caráter inclusivo e decorrência às suas deficiências cognitivas.

Em detrimento ao estudo, compreende-se que a inclusão na educação deve ser construída a partir de espaços sociais comuns, onde todos possam viver e aprender, sendo útil para todos.

Neste âmbito, Freller, Ferrari e Sekkel (2011) citam que a inclusão em nível de 1ª infância, ocorreu em 1996, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, trazendo outro significado para as creches, que deixaram de ser considerado um segundo lar, mas sim um espaço de educação e cuidados, porém é visto atualmente que o acesso a este tipo de instituição é dificultoso, devido à escassez de vagas nesta modalidade educacional.

Deste modo, acerca de Facion, o autor traz uma clara percepção sobre como se dá a exclusão, devido ao viés socioeconômico, no qual existe a relação da pobreza à educação, onde desde os anos 90, não ocorreu uma forma de qualificar os processos de ensino e aprendizagem, demonstrados pelos baixos resultados dos desempenhos dos alunos, tendo como medidas paliativas, a criação dos subsídios, tais como: Educação para Todos, Bolsa-Escola, Bolsa-Família, Pro-Jovem, entre outros, onde o assistencialismo promulga uma inclusão na exclusão.

A partir desta afirmação, o conceito de “Educação para Todos”, tornou como ideal, um mundo em que todas as crianças tenham acesso, garantindo uma educação de qualidade, onde a escola inclusiva deve oferecer a todos os alunos as oportunidades educacionais e auxílio (em termos de currículo, pessoal, materiais) necessários para o seu progresso acadêmico e pessoal, como forma de desenvolver a sua autonomia.

Freller, Ferrari e Sekkel (2011) citam Rinaldo Voltolini, onde este parte que a questão ética da inclusão pressupõe a sustentação de uma igualdade que respeite as diferenças, ou seja, uma relação às políticas passadas de integração social, levando-se em conta um ponto de vista ético sobre o tema inclusão sem excluir.

Facion (2012) cita Marcelo Cortes Neri (2007), onde este coordenou o relatório da FGV (Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: o real de Lula), demonstrando que o Brasil havia atingindo pelo menos 2 a 8 ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) imposto pelas Organização das Nações Unidas em 1990.

Em outras palavras, num compilado geral, é visto que as políticas públicas para sanar os déficits educacionais, ainda estão muito longe de alavancar o Brasil a um ensino de qualidade, mesmo que os programas sociais de combate à pobreza, ou mesmo a revisão das propostas curriculares que visavam ao diminuição dos índices de analfabetismo, demonstraram que ainda deverão ser repensadas, por vivermos a égide do “analfabetismo funcional”, citado por Vera Masagão Ribeiro (apud Facion, 2012), em 2001, sendo pessoas que passaram pelo processo escolar e não foram capazes de aprender.

Mas para Freller, Ferrari e Sekkel (2011), as atitudes preconceituosas às crianças com deficiência mental partem de uma hierarquia intelectual, sendo rejeitadas por seus pares e até mesmo, por professores, neste âmbito, devido ao despreparo profissional, criando um ciclo de opressão.

Porém, a exclusão é uma herança social, mesmo que embora haja uma forte relação do baixo desempenho escolar com a classe social, Facion (2012) cita que a escola possibilita a transformação da realidade escolar para os alunos que ensinam, mas que de acordo com Haselbalg e Silva (2002), os recursos educacionais estão no processo de transmissão intergracional das desigualdades, ou seja, a exclusão está intrínseca sobre a exclusão sobre o caráter social e econômico.

Retomando sobre a inclusão e exclusão, se tratando de termos complexos, Freller, Ferrari e Sekkel (2011) analisam o artigo de Maria Letícia B. P. Nascimento, onde esta trata sobre o percurso da educação infantil para inclusão em creches, cuja realidade destas crianças é marcadas pela carência afetiva, alimentar, cultural ou cognitiva, demandadas de famílias de baixa renda, sendo marcadas pelas desigualdades sociais.

Para Scalon (1999) (apud Facion, 2012), o filho de profissionais tem 130 vezes mais de chances de permanecer no mesmo estrato qualificado, do que filhos de trabalhadores manuais. Esta comparação demonstra que naquele período, a educação não dava oportunidades para que filhos dos trabalhadores manuais pudessem mudar a sua realidade.

Mas a

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