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Resenha administração escolar

Por:   •  9/4/2018  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  260 Visualizações

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Assim, a luta pela democratização da gestão defendida pelos movimentos sociais, na proposital confusão de que todos falam a mesma língua e lutando pelos mesmos ideais, é ajustada pelo discurso com descaramento e atitudes inconsequentes que estão afetando o caráter público da educação como um direito de cidadania, o debate e as experiências exitosas de democratização da gestão, a qualidade e a inclusão social que precisam ser propiciadas pela escola pública.

As interfaces da gestão educacional: dores e cores do “retrato da escola

“o perfil da escola brasileira” tópico referente a “planejamento e gestão” dois aspectos no chama a atenção: primeiro pelo fato de as análises estarem focadas em quantificar, na gestão escolar, o peso da questões pedagógicas e das questões administrativas, separadamente. Segundo, porque a abordagem restringe-se a conceito de gestão participativa e colaboração do Conselho Escolar como elementos importantes “no papel que a escola desempenha na formação de cidadãos conscientes da necessidade de participar dos diversos níveis de representação de uma sociedade democrática”.

O “retrato da escola” revela dados acerca da gestão da escola e do sistema educacional, um campo de contradições e de disputa de projetos. Mesmo havendo fortes referências à existência de processos de gestão democrática e de implementação do projeto político pedagógico, ao mesmo tempo que permanecem o clientelismo político e o autoritarismo na gestão. Indica ainda a demora, ausência ou desvio no repasse de recursos financeiros para a escola; a falta de prestação de contas das verbas recebidas e aplicadas; professores trabalhando sem a formação exigida; excesso de alunos por sala de aula, o que dificulta a aprendizagem, pois fica difícil o professor atender as necessidades de cada aluno, deixando a desejar.

Essas ligações entre o sistema da educação, formação de professores, organização interna da escola, empiricamente consultadas e diagnosticadas, através de questionário aplicado pela CNTE, são objetos de pesquisa científica realizada pelo laboratório de psicologia do trabalho.

Portanto, se é na escola que a gestão educacional tem o seu campo primordial de repercussão, considerando ser nesta instituição que se materializam as políticas e programas governamentais para a educação, dela retornando para a sociedade, não podemos conceber que tais políticas e programas continuem a ser gestados em gabinetes, ouvindo apenas as imposições do Banco Mundial e longe de construir uma escola pública de qualidade, com profissionais valorizados e gestão democrática, tendo como perspectiva o direito, a cidadania e a inclusão social.

Os indicadores de gestão que queremos construir

O incentivo de que o indivíduo, sozinho, é capaz de “vencer e alcançar o sucesso”, desde que o mesmo tenha competência, são valores postos na sociedade pelo neoliberalismo. É necessário rejeitar essa ideia para que se possa fortalecer o sujeito coletivo, que trabalhe em conjunto buscando novas identidades e competências político-pedagógicas. Temos que mudar a realidade das escolas torna-la mais humana, solidária e promotora de felicidade.

Para que a mudança aconteça, deve-se levar em consideração fatores como a autonomia escolar, que possa ser levada em consideração a capacidade da mesma de traduzirem e construírem suas alternativas, baseadas em sua realidade (realidade e necessidade de seu público) sistematizadas no projeto-político-pedagógico coletivo. O segundo passo seria a descentralização do poder, que possa haver trabalho coletivo, divisão de atribuições e responsabilidades, rompendo com a hierarquização. A representatividade social dos conselhos e colegiados, é o terceiro passo, pois a mesma cancela o papel de simplesmente legitimar as ações do poder público, que venha a ter uma representatividade social verdadeira, com poder de intervenção na formulação das políticas, com espaços assegurados para apresentar e defender propostas. O passo seguinte é o controle social da gestão educacional, resultante dos mecanismos de representatividade social; tem-se uma necessidade de acompanhamento e avaliação das políticas e programas, que a sociedade acompanhe de perto não só pela formalidade das prestações de contas e relatórios, como também pela plenitude de seu funcionamento. A escolha dos dirigentes escolares por processo de eleição, a importância das eleições não finda em si, mas no conjunto de elementos que elas mobilizam, tematizam, questionam, trazendo à tona passagens do cotidiano da escola em um contexto importante para o seu dimensionamento, por último temos a inclusão de todos os segmentos da comunidade escolar, não apenas com a formalidade do Conselho Escolar que representa os pais, alunos e trabalhadores em educação, mas principalmente criar espaços e abrir possibilidades de incluir a todos no projeto político-pedagógico da escola, desde sua concepção e elaboração até sua implementação no dia-a-dia escolar.

Os desafios a serem enfrentados são muitos, mas devemos superá-los pois nascemos para ser feliz, a democratização da sociedade é algo a ser conquistado todos os dias, se faz uma luta constante, pois nossa gestão ainda se faz frágil e desestruturada, altas taxas de desemprego, fome e miséria. Este nosso desafio é de dar um salto em direção de superar tal realidade. Ter nosso olhar voltado para a educação, pois a mesma se faz um importante instrumento de transformação social, e isso só é possível com o agir coletivamente, em conjunto, com o compromisso de fazer a diferença.

GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO: resinificando conceitos e possibilidades

A escola é o lugar onde acontece a formação e a instrumentalização para a vida em sociedade. Indiscutivelmente a instituição escolar forma o homem em sua ampla dimensão, pessoal e profissional, oferecendo-lhes uma formação diferenciada dos demais lugares; possui um papel de socializar o saber sistematizado para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a esse saber; essa formação abrange as dimensões científica, técnico, ética, e humana que se constituem de elementos cognitivos (aprendizagem, ensino, habilidades, conhecimentos, capacitação, qualificação) e elementos atitudinais (socialização, disciplina, conduta, disposições); o êxito ou fracasso acadêmicos, têm influências relevante sobre o acesso às oportunidades sociais da vida em sociedade. Da formação que a escola propiciar e administrar, dependerá a vida futura de todos que

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