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OS VÍNCULOS AFETIVOS FORTALECIDOS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA FAMÍLIA

Por:   •  16/1/2018  •  4.130 Palavras (17 Páginas)  •  415 Visualizações

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Keywords: Family, Affective Ties, Vulnerability.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como principal tema questionar: “Quais são os benefícios dos vínculos afetivos fortalecidos na família?”. Na ausência deles, sejam quais forem as causas, a família se desorganiza em diversas áreas de vivência, seja em casa, no trabalho, escola, no relacionamento com outras pessoas, havendo perda de confiança, medos, revoltas, solidão, desafeto, entre outros malefícios e vulnerabilidades sociais que dificultam um relacionamento familiar e social equilibrado e harmonioso.

Considerando as mudanças ocorridas no âmbito social e na estrutura e funcionamento das famílias nos últimos tempos, bem como o papel fundamental que a instituição familiar continua exercendo no processo de desenvolvimento dos indivíduos, os estudos apresentados direcionam no sentido de acumular relatos acerca de tais transformações que estão na base de diversos problemas psicológicos e sociais na atualidade. A leitura acrescenta no entendimento frente às informações sobre os relacionamentos familiares e sua influência na convivência em sociedade relacionada às situações de vulnerabilidade social, observando o comportamento de crianças e adolescentes bem como de seus familiares diante dos conflitos vividos, no esforço ou resistência para resolvê-los, e as alternativas para melhorar os relacionamentos, comportamentos e a estruturação familiar.

A motivação para o desenvolvimento do presente artigo iniciou com a realização do Estágio Supervisionado do Curso de Serviço Social em uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Três Coroas/RS, onde a acadêmica acompanhou crianças e adolescentes participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos em diversas situações de vulnerabilidade e a partir desta participação e experiência despertou o interesse em entender como eles, mesmo enfrentando situações de negligência e riscos conseguem buscar alternativas, adaptar-se e desenvolver.

O profissional do Serviço Social é um agente que programa as políticas sociais e públicas, atuando na relação direta com a população usuária e suas demandas apresentadas promovendo os direitos com prioridade nas famílias e focando-se principalmente nas crianças e adolescentes em situação de risco. (CFESS, Brasília, 2009).

Este artigo está organizado em três blocos distintos. O primeiro bloco apresenta um referencial teórico sobre o tema vínculos afetivo, sua evolução, conceitos e contribuições dos principais autores. O segundo bloco expõe o método de pesquisa, fornecendo informações para que o leitor compreenda os elementos básicos utilizados para a evolução da pesquisa e análise de resultados. Ao final, é apresentado um resumo da conclusão, causas e possíveis ações de intervenção do tema.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As pesquisas abordam a importância da construção dos relacionamentos saudáveis e apresentam formas adotadas para um bom convívio no âmbito social apresentando a opinião de conceituados autores e analisando diversos artigos publicados sobre a educação familiar e sua importância para a formação psicossocial.

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) tem a atribuição de desenvolver o principal serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) cuja função é oferecer a Proteção Social Básica ou Especial dependendo do caso. De acordo com o Plano Nacional de Assistência Social (PNAS) a proteção social básica tem com objetivos:

prevenir situações de risco por meio de desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se a população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, entre outros) e ou fragilização de vínculos afetivos - relacionais de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras) (PNAS, 2004), p.27).

Este Plano constitui um marco nas políticas públicas no Brasil, ao romper com a cultura da institucionalização das crianças e adolescentes e ao fortalecer o paradigma da proteção integral e da preservação dos vínculos familiares e comunitários preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Como o presente artigo trata da importância dos vínculos afetivos fortalecidos entre crianças e adolescentes na família, pesquisamos o que diz respeito no Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA (Lei nº 8.069/1990) que é considerado referencial na proteção da infância e adolescência e tem como base a doutrina de proteção integral, reforçando a ideia de "prioridade absoluta" da Constituição, garantindo que todas as crianças e adolescentes, independentemente de cor, etnia ou classe social, sejam tratados como pessoas que precisam de atenção, proteção e cuidados especiais para se desenvolverem e se tornarem adultos saudáveis. Tal preceito reconhece que a criança e o adolescente são indivíduos portadores de necessidades peculiares, encontrando-se em fase de desenvolvimento psíquico e físico, condição que os coloca em posição de merecedores de especial atenção por parte do Estado, da sociedade e dos pais ou responsáveis. O estatuto é de suma importância para que possamos estar atualizados do ponto de vista da legislação específica para melhor entender os direitos e deveres que as crianças e adolescentes possuem instruindo-nos conforme suas necessidades nos casos específicos.

Segundo o texto “Adolescentes querem compreensão”, (SCIELO, adolescentes) é exatamente na adolescência que se somam grandes desafios, os do presente e do futuro. Isto vem fazer da adolescência uma fase difícil de ser enfrentada pelo pós-pubere, como também compreendida pelos adultos. O propósito desta matéria não é apenas o de ajudar o adolescente a enfrentar com maturidade esta fase, mas também proporcionar ao adulto uma visão mais clara dos conflitos da adolescência e ajudar o jovem a trabalhar na construção de sua identidade durante essa experiência.

A situação de risco anunciada em relação à criança e ao adolescente, relatada no Artigo pesquisado “Limites entre a proteção e o respeito à convivência familiar” (IGT, psc.) leva em conta o direito à convivência familiar, e como é importante olharmos para a “negligência”, assim como para qualquer tipo de violência familiar contra crianças e adolescente de forma contextual

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