Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

O Instrumento de intervenção pedagógica

Por:   •  12/12/2018  •  2.651 Palavras (11 Páginas)  •  239 Visualizações

Página 1 de 11

...

Os intérpretes têm o direito de serem auxiliados pelo professor através da preparação e revisão das aulas, garantindo assim a qualidade de sua atuação tendo a oportunidade de se preparar. A avaliação é de responsabilidade do professor, mas o intérprete deve acompanhar a correção para que o aluno não seja prejudicado. O fato de ter intérprete na sala é reconhecido pelos surdos mas por outro lado eles sofrem com a qualidade de interpretação e muitas vezes acabam sendo prejudicados porque além da carência de profissionais intérpretes falta habilidade e domínio da língua.

De acordo com a pesquisa realizada por Quadros (2001) ficou concluído que ocorrem muitos problemas na tradução simultânea, os problemas encontrados foram muitos dentre eles grande perda de informação durante o processo, distorção da informação em vários momentos, escolha lexicais inadequadas, acréscimos de informações, dentre outras; Evidenciando assim a falta de habilidade em realizar a tradução e de domínio das línguas utilizadas pelos intérpretes, nessa mesma pesquisa ficou constatado que o domínio da língua não garante a qualidade de interpretação, e que é necessário pensar nessa situação do intérprete dentro da sala de aula, pois é uma responsabilidade enorme que exige qualificação especifica na área de interpretação e nas áreas de conhecimento envolvidos.

Logo se chega à conclusão de que há uma carência na qualidade de interpretação que acaba prejudicando a aprendizagem, onde a necessidade de qualificação técnica é urgente.

Referencias: O Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa

PROPOSTA DE MUDANÇA

Procurar saber se o aluno já está inserido em um Centro de Habilitação Infantil, onde da auxilio as famílias e atende crianças, para garantir uma educação permanente de profissionais de diversas áreas, no caso do aluno não estar inserido encaminha-lo, para que ele faça um trabalho paralelo. Seu comportamento se torna inadequado pois ele dispersa a atenção na sala de aula com isso ele levanta, anda na sala a procura de algo que ele possa fazer parte, tirando a atenção do resto dos alunos, por não sentir parte do grupo.

Para que se tenha um reforço satisfatório trabalharemos com a ludicidade.

De acordo com a autora Kishimoto (2008, p37):

“O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre, que engloba uma significação. É de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos. ”

O trabalho seria feito com jogos e brincadeiras e ir evoluindo seu grau de dificuldade conforme os resultados obtidos.

Existe inúmeros jogos, mas no caso de não ter um interprete de início é trabalhar com o estimulo visual, com imagens positivas. Exemplo:

- Utilizar imagem sem escrita e verbalizar;

- Utilizar imagem sem escrita e interpretar;

- Utilizar imagem com escrita, verbalizar e interpreta;

Após o termino da etapa anterior é trabalhar com imagens da rotina da criança (arvore, casa, carro, ônibus, etc.), iniciaremos conforme o exemplo anterior, mas nessa colocaremos em silabas, dissílabas, trissílabas, polissílaba e comemorar a cada conquista do aluno.

De acordo com o texto de Behaviorismo (cap.3), encontrado no livro Psicologias uma introdução ao estudo da psicologia, construiremos o comportamento operante para assim termos adquirido o reforço positivo, com isso garantindo que o aluno tenha os reforços primários, secundários e generalizados.

Sendo assim espera-se a mudança de comportamento do educando, pela criação de vínculo com seu professor e do sentimento de pertencimento ao grupo/classe ao qual está inserido.

DIFERENÇAS METODOLÓGICAS

De acordo com a doutoranda Sueli Fátima Fernandes (2003) a metodologia de ensino para ouvintes é através da oralidade, já para as crianças surdas é a educação bilíngue.

Na grande maioria, os alunos surdos estarem inseridos nas escolas comuns, onde a atuação dos professores intérpretes está se estruturando, fazendo a intermediação da língua de sinais com a língua português. Embora a atuação do intérprete seja um direito garantido por leis aos alunos, ainda existe uma carência desse profissional nas escolas.

A grande diferença é que a criança surda vem com a língua de sinais como língua materna e a língua portuguesa como sua segunda linguagem. Conforme Skliar (1998), a implantação do bilinguismo traz algumas varáveis que vão além dos mecanismos históricos, políticos, regionais e culturais específicos. Um conjunto de medidas devem ser tomadas para garantir o sucesso do bilinguismo nas escolas, como tecnologias e recursos visuais, professores habilitados, maio participação da comunidade surda na gestão pedagógica. De acordo com Fernandes (1998):

"Não é apenas a mudança na língua que se transmite o conteúdo, mas critérios justos para as diferenças linguísticas que os surdos apresentam, o que garante uma nova abordagem curricular e a compreensão do sujeito surdo em sua totalidade sócio-histórico-cultural ".

As crianças ouvintes têm pais que falam a mesma língua, assim como sua comunidade, então não apresentam maiores dificuldades para aprender sua língua materna; já a criança surda nasce de pais ouvintes, que recorrem a Libras de imediato para se comunicar com seu filho e propiciar um ambiente mais acessível a ele (Sanchez 1990). A grande dificuldade do surdo na escola é que o Português é apresentado a ele, numa sala com crianças ouvintes, num método oralista, criando uma desigualdade de escolarização, e é nessa situação que vemos cada vez mais a necessidade da intervenção do bilinguismo na metodologia de ensino do aluno surdo.

O aluno surdo dentro da sala de aula não significa que esteja incluso, é necessário a interação com o professor e os demais alunos ouvintes. Para isso, o conhecimento da condição do aluno aos demais colegas de sala é importante, trazer atividades

...

Baixar como  txt (18.1 Kb)   pdf (65.9 Kb)   docx (19.8 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no Essays.club