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Jogos e o desenvolvimento matematico

Por:   •  22/5/2018  •  2.493 Palavras (10 Páginas)  •  327 Visualizações

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Palavras-chave: Recursos Didáticos. Jogos. Interesse.

- 1 INTRODUÇÃO

Segundo Estrutura e Funcionamento do Ensino no Brasil (GRUPO UNIASSELVI, 2011, pág. 4) apud Buroski (2008) “a escola não é um espaço neutro, ela representa a ideologia de uma determinada classe social inserida em um determinado momento histórico”, o que quer dizer que cada sistema escolar precisa de um determinado planejamento e de determinada autonomia para buscar investir e obter o melhor para a classe social e a ideologia da comunidade inserida nela. Em algumas escolas, o jogo é pouco trabalhado por falta de interesse da classe social inserida no contexto escolar. Em outras, a cultura presente na comunidade é de que jogo é brincadeira, não ferramenta de aprendizado.

Segundo Educação Lúdica (Almeida, 1974, p. 11) “O ser humano, em todas as fazes da sua vida, está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas, por meio de contato com seus semelhantes e do domínio sobre o meio em que vive.”, ou seja, existem outros meios de aprendizados, fora o meio formal que conhecemos. Esse constante aprendizado nos leva desde a infância, quando começamos aprendendo por imitação, e somos levados aos jogos, escola, faculdade, conversas entre amigos, entre tantas outras formas, até chegarmos a uma idade avançada, onde a cada dia pode-se aprender com os mais jovens sobre coisas que não existiam a algum tempo atrás.

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- 2 HISTÓRICO DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO

Segundo a LDB (BRASIL, 1996, Art. 29):

“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

A família tem participação ativa na educação infantil, pois o educando precisa aprender não somente as matérias formais que o sistema escolar dispõe, mas também a ser cidadão, proteger o meio ambiente, respeito, em um aspecto geral, o educando precisa aprender a viver em sociedade de uma maneira correta. A sociedade tem também parte nessa educação, pois maus exemplos serão copiados pelo educando, que ainda aprende por imitação.

A criança desenvolve muitos desses aspectos enquanto joga. Segundo Educação Lúdica (Almeida, 1974, p. 19) “Na Grécia Antiga, um dos maiores pensadores, Platão (427 – 348), afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos”. Ainda segundo Amaral (1974), Platão aplicava provas lúdicas, com situações reais, para facilitar o aprendizado de seus alunos. O nascimento do cristianismo, que era totalmente contra os jogos e os taxava de imorais, dizendo que não tinham valor algum ao aprendizado. A igreja via os jogos como diversão, não como ferramenta de ensino aprendizado. Como a ascensão do cristianismo foi grande, os jogos foram perdendo força no meio educacional, e só voltou-se a pensar no valor deles como ferramenta educativa a partir do século XVI, pelos humanistas.

Segundo Educação Lúdica (Almeida, 1974, p. 22):

“Percebeu ainda que só se aprende a pensar se se exercitam os sentidos, instrumentos da inteligência, e para tirar todo o proveito possível é preciso que o corpo que os forneça seja robusto e são.”

Para se ter um corpo robusto e são, torna-se necessária a prática esportiva regular, porém com o objetivo primordial de divertir a criança, para que ela veja a diversão daquela prática como algo bom, e ao se divertir com um jogo educativo, associe a diversão do jogo e a da prática esportiva, e consiga aprender sem perceber.

Em uma pesquisa mais profunda, vemos que o jogo é uma ferramenta que existe antes da própria cultura existir, pois a cultura, para existir necessita da sociedade humana, e os animais já brincavam antes mesmo dos homens. Basta observarmos os animais, até mesmo os mais ferozes, como Leões, brincam com seus filhotes.

- 3 COMO INSERIR JOGOS NA EDUCAÇÃO

Segundo Froebel (1861) apud Educação Lúdica (Almeida, 1974, p.23) “A educação mais eficiente é aquela que proporciona atividade, auto expressão e participação social as crianças.”. É fundamental ao educando a atividade, a socialização e a auto expressão. Todos esses três fundamentos podem ser encontrados no jogo, que traz ao educando, ainda, uma experiência diferenciada com o conteúdo abordado em sala de aula.

Tem-se certa dificuldade em definir o jogo, pois ele tem uma gama alta de funções e uma alta variedade de finalidades. Jogos podem ser para divertir, mas para ao mesmo tempo ensinar, podem ser para apenas divertir, pois o jogador pode já dominar o assunto ao qual trata o jogo. Segundo Educação Lúdica (Almeida, 1974) muitas vezes o jogo é visto como expressão máxima de lazer, e não como forma de aprendizado. Essa visão de que o jogo é uma forma de diversão é muito superficial, pois ao se adentrar ao jogo, tem-se a visão total do que o jogo representa em questão de aprendizado. Por exemplo, banco imobiliário, é um jogo de compra e venda de propriedades, onde se podem construir casas, hotéis, cobrar aluguel, e tem como objetivo enriquecer e falir os adversários. Se olharmos superficialmente um grupo jogando esse jogo, vemos uma expressão de lazer, porém, se irmos a fundo ao estudo do aprendizado matemático que se tem com esse jogo, vemos que o jogo trabalha adição, subtração, multiplicação, divisão, mas, não deixando de levar em conta a sorte do jogador e sua perícia com o jogo.

Por muitas vezes, a mídia acaba taxando o jogo como forma de lazer, pela maneira com que os jogos são vendidos, com a intenção de arrecadar cada vez mais dinheiro para os cofres da empresa, mas sem prensar na imagem real que isso passa aos consumidores. Por isso devemos avaliar os jogos, para que possamos usá-los de forma consciente na educação infantil.

- 4 JOGOS E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Segundo Aprendizado na Prática Educacional (GRUPO UNIASSELVI, 2011, p.4) apud Tomelin e Siegel (2007), o conhecimento está na gênese do desenvolvimento humano. Ou seja, o conhecimento é inerente ao ser, não depende de nenhuma escolha, apenas existe. O desejo pelo conhecimento move o mundo, é mola propulsora de transformações na humanidade. Segundo Aprendizado na Prática Educacional (GRUPO UNIASSELVI, 2011, p. 5) “O conhecimento é a relação

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