A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES MATEMÁTICO

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Deste modo, é importante valorizar o momento da brincadeira do educando, pois se observa que as mesmas contribuem de forma significativa na aquisição do conhecimento, auxiliando no processo de aprendizagem, como relata KRAMER (2005), “a historia vivida é preciosa, a teoria, os estudos, as discussões se misturam, se costuram aos conhecimentos vivenciais aos saberes que vem da prática”.

No mundo do brinquedo e dos jogos o educando aprende a ditar regras, comandar uma nova realidade, estabelecer normas, tornar-se criador, capaz de estabelecer múltiplas relações de forma significativa.

O jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, pois o espaço do jogo permite que a criança realize tudo quanto deseja, tornando-a protagonista do conhecimento adquirido. Constroem possibilidades, por meio das relações de interação estabelecida entre a criança com as outras pessoas e o mundo.

Assim, o ensino da matemática por meio de jogos deve priorizar o avanço do conhecimento perante situações significativas de aprendizagem, desenvolvendo habilidades nos eixos: números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. Além disso, os jogos proporcionam a interação social, permitindo a construção de opiniões e situações de confronto, onde conceitos e princípios irão se formar.

Desta forma, a utilização dos jogos em sala de aula e nas mais variadas situações estimula a convivência social e oferta a criança situações alfabetizadoras e de saberes matemáticos por meio das experiências vivenciadas. Conforme descreve ANTUNES (2001 p. 27 – 28), “é no lúdico que deve residir à maioria dos estímulos apresentados as crianças, sendo estes recursos a possibilidades de garantir um ensino de qualidade”.

3.2 PROVINHA BRASIL

A Provinha Brasil desde 2011 tem o objetivo de avaliar competências das áreas de português e matemática, com o intuito de observar o desempenho dos alunos na aquisição dos conhecimentos essenciais para uma educação básica de qualidade.

Esta avaliação ocorre em dois períodos distintos o primeiro no inicio do ano letivo em turmas de segundo ano, com o objetivo de diagnosticar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, bem como orientar e estruturar a organização do planejamento com estratégias significativas que permitam alcançar resultados positivos. A segunda etapa da avaliação ocorre no final do ano letivo, de modo a observar os conhecimentos quantitativos e qualitativos adquiridos no decorrer do processo de alfabetização e letramento.

Portanto, a avaliação é um método de reflexão e tomada de decisão sobre o processo educativo, visando à melhoria da aprendizagem das crianças. Sendo uma prática que traz a troca de experiências entre aluno/aluno e professor/aluno.

Ao observar dados referentes a Provinha Brasil aplicada em uma turma de segundo ano do município de Curitiba, vê-se a necessidade de inserir os jogos como instrumentos de apoio para melhor assimilação e compreensão do conteúdo trabalhado nos diversos eixos propostos pelas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de Curitiba, como cita TOLEDO e TOLEDO (2009), estes garantem aos educandos a oportunidade de “realizar experiências, descobrir propriedades, estabelecer relações, construir hipóteses e testa-las, chegando a determinado conceito”.

3.3 EXPLORANDO JOGOS MATEMÁTICOS

Com o intuito de trabalhar os conteúdos matemáticos, nota-se a importância da utilização de jogos no processo de ensino aprendizagem, como recurso necessário para o desenvolvimento do senso critico e do raciocínio lógico.

Observa-se, então, que o jogo proporciona aos alunos um olhar diferenciado sobre o ensino da matemática, como descreve BORIN (1996), “a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de reduzir bloqueios apresentados por muitos dos alunos que temem a matemática e percebem-se incapacitados para aprendê-la”.

3.3.1 Conhecimentos Prévios

Para tanto faz se necessário ao apresentar um jogo observar os conhecimentos prévios que as crianças possuem, fazendo de maneira prazerosa a passagem do senso comum ao conhecimento científico.

Como descreve JOSEPH, in KAMII (2005, p. 97), “temos de estimular as crianças a criar relações entre as coisas e a estar alertas e curiosas do começo ao fim do dia.” Desta forma, é importante que o jogo ofereça reflexões sobre o senso comum, transformando-o em conhecimento adquirido.

Observam-se estes aspectos no “jogo do mercado”, onde divididos em equipes as crianças precisam realizar uma compra em um supermercado fictício, conforme o valor monetário que possuem. Na primeira etapa é proposto que os alunos utilizem o valor total do montante recebido; nas etapas seguintes esta regra pode ser modificada de acordo com os interesses das crianças. Nota-se assim, que os educandos precisam utilizar conhecimentos prévios, vivenciados diariamente para realizar esta atividade, bem como, transformá-los em conhecimentos científicos, ao utilizar operações de adição e subtração, cálculo mental e relação número (valor) e quantidade.

3.3.2 Desenvolvimento e Habilidades

KAMII (2005 p. 41), diz que “quando as crianças se convencem de que a ideia de outra pessoa faz mais sentido do que a delas, elas mudam de ideia e corrigem a si próprias a partir do seu interior”, sendo assim a troca é fundamental para que as crianças construam seu pensamento, tornando-se um ser crítico e autônomo.

Deste modo, estas informações tornam-se fundamentais para que as crianças construam seu pensamento, visando inteirar esta ideia ao objetivo de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, tais como: criar estratégias de ação e compreender e seguir regras.

Notam-se estes aspectos ao desenvolver o “jogo dos conceitos”, onde as crianças observam diversos materiais dispostos de maneiras diferenciadas, com o objetivo de identificar, analisar, comparar e comprovar resultados por meio de experiências vivenciadas.

De acordo SMOLE, DINIZ e CÂNDIDO (2007), as habilidades se desenvolvem devido à oportunidade de experimentar diversas situações problemas, cujo é necessário investigar e criar estratégias para a resolução das mesmas deste modo o jogo oferece diversos processos de raciocínio por meio da troca de experiências da criança com as situações vivenciadas e com a outra criança.

Este jogo proporciona a