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INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: RECURSOS TECNOLÓGICOS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  27/8/2018  •  4.850 Palavras (20 Páginas)  •  452 Visualizações

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Segundo FLORES (1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.”

Entendendo essa dinâmica, serão abordados nesse trabalho os recursos tecnológicos de forma geral, ampliando ideias acerca da influência da informática no contexto educacional, analisando o papel do professor nesse processo.

Tal pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo exploratória que tem como objetivo principal compreender o uso da informática no processo de ensino, avaliando o rendimento dos alunos. E como objetivos específicos, identificar softwares educativos capazes de auxiliar no desenvolvimento intelectual dos alunos; discutir sobre a utilização da informática como instrumento motivador para as aulas; observar a postura dos professores quanto ao uso das tecnologias digitais; apontar as dificuldades e possibilidades encontradas no processo de utilização dos recursos tecnológicos nas escolas e analisar as principais contribuições e melhorias da informática no desenvolvimento dos alunos.

Como metodologia será utilizada a pesquisa bibliográfica recorrendo a autores e materiais disponíveis sobre o assunto, pesquisa de campo com observação participante verificando o interesse dos alunos pela proposta tecnológica, aplicação de questionários aos docentes e alunos envolvidos no processo, identificando contribuições, dificuldades e possibilidades apontadas pelos mesmos, leitura de documentos e leis que fundamentem os fatos e análise dos resultados.

Para isso este artigo, será dividido em quatro capítulos distintos. No primeiro capitulo se dará a contextualização histórica da informática e sua utilização no ambiente escolar, que servirá de base para análise e discussão que acontecerá no segundo capitulo sobre o computador como ferramenta de ensinar e os softwares ligados à educação. Já no terceiro capitulo analisarei o papel do professor na integração da informática e os desafios do uso tecnológico em sala de aula. No quarto e último capitulo apontarei os resultados da pesquisa e uma visão geral sobre as contribuições apontadas e analisadas pelos profissionais sobre a investigação realizada.

E então, finalizarei com algumas considerações a cerca dessa importante ferramenta no desenvolvimento do processo educativo.

- HISTÓRIA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL

O início de um caminho para informatizar a educação no Brasil foi em 1971, quando foi discutido pela primeira vez o uso de computadores no ensino de Física na Universidade de São Carlos – UFSCAR. Daí em diante algumas experiências começaram a ser desenvolvidas em outras universidades, usando computadores de grande porte como recurso auxiliar do professor para ensino e avaliação em Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e desenvolvimento de software educativo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

A Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, em 1975, iniciou cooperação técnica - ainda existente - com o Media Lab LAB do Massachussets Institute of Technology - MIT, criando um grupo interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores com linguagem LOGO na educação de crianças, resultando, nos anos seguintes, no surgimento de métodos, técnicas e softwares educacionais voltados à realidade nacional que utilizavam tais contribuições.

No final de 1981 houve subsídios do governo para a Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação. Tal programa recomendava que as iniciativas nacionais devessem estar centradas nas universidades e não diretamente nas Secretarias de Educação. O desenvolvimento de softwares educativos, demarcados por valores culturais, sociopolíticos e pedagógicos da realidade brasileira e a formação de recursos humanos eram ações do programa.

Em 1982, visto que a informática na educação seria um processo fundamental

para a informatização da sociedade, o MEC assumiu o compromisso de implantar

projetos que investigassem esta área, criando o III Plano Setorial de Educação e Cultura, relevando a importância das tecnologias educacionais, do uso do computador para a qualidade da educação e o estudo continuado destes agentes.

Propunha-se que o computador deveria submeter-se aos fins da educação e não os determinar, reforçando dessa maneira a idéia de que o computador deveria auxiliar o desenvolvimento da inteligência do aluno e as habilidades intelectuais específicas requeridas pelos diferentes conteúdos. (BRASIL, 2007, p. 17).

Nas décadas de 80 e 90, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) começa também a se preocupar com o uso de programas que associassem educação e informática. Nesse contexto, cita-se um evento importante que foi realizado em 1987 na Universidade de Brasília o I Seminário Nacional de Informática na Educação, que contou com a participação de especialistas nacionais e internacionais, constituindo-se no primeiro fórum a pesquisar o uso do computador como ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Moraes, a partir de todas essas iniciativas foi estabelecida uma sólida base para a criação de um Programa Nacional de Informática Educativa - PRONINFE, o que foi efetivado em outubro de 1989, através da Portaria Ministerial nº 549/GM. O PRONINFE tinha por finalidade:

"Desenvolver a informática educativa no Brasil, através de projetos e atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos". (MORAES, 1997, p.11).

Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais e concebê-la como apenas mais uma ferramenta é ignorar sua grande atuação em nossas vidas. Baseado nisso MORAN (2000, p.139) afirma que “não é a tecnologia que vai resolver ou solucionar o problema educacional do Brasil, poderá colaborar, no entanto, se for usada adequadamente, para o desenvolvimento educacional de nossos estudantes”.

O crescimento acelerado das tecnologias da informação e comunicação impulsiona o processo de mudança comportamental no país e com isso, a população acaba sendo “obrigada” a se adaptar. As novas tecnologias produzem ferramentas que nos auxiliam na organização e disseminação do conhecimento através

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